Fidélis do Acordeom

Iniciou sua carreira artística em sua cidade natal, tocando em “latadas”, como eram chamadas as festas de casamento e batizado realizadas em locais de terra batida, à luz de lamparinas. Na década de 1970, mudou-se para o Rio de Janeiro, e em 1978, conheceu o cantor e compositor Chico Mota, que o convidou a tocar na banda do Forró do Tio Pedro, que se apresentava no Largo da Barra. Atuou com essa banda durante quatro anos. Pouco depois, passou a atuar no programa do radialista Paulo Bob, acompanhando diferentes artistas, entre os quais, Luiz Wanderlei, Rouxinol, Kojak do Forró e Carlos Maia. Através desse último, conheceu, em 1982, o cantor Manhoso e dele recebeu o convite para integrar o Trio Capim Canela, com o qual realizou shows pelo Brasil até 1998. Durante esse período, fez apresentações nos programas de TV “Perdidos na noite”, “Raul Gil”, “Bolinha”, “Domingão do Faustão” e outros. Atuou ainda na banda Pura Malícia e tocou com o cantor paraibano Beto Brito. Em 2000, juntamente com Robson e Perpétuo, formou o Trio Pé de Serra. Em 2005, foi convidado pelos produtores Sonja Ragradel e Clebel Oliveira para tocar no grupo de dança contemporânea no espetáculo “Tudo que se espera”, baseado no livro de Graciliano Ramos “Vidas Secas”. Nessa oportunidade, fez apresentações em vários teatros do Brasil. Participou ainda em gravações de programas da TV Globo como Zorra Total, Sítio do Pica Pau Amarelo, e a minissérie Amazônia entre outros. A partir de 2007, passou a intergrar o quarteto Sotaque do Nordeste, com o qual se apresentou em diversos locais no Rio de Janeiro, como o Lapa 40 graus, a casa Asa Branca, Restaurante A Mineira, Estrela da Lapa, Gafieira Elite, e outros além de realizar apresentações em cidades do interior do Rio de Janeiro como Mendes e Itaipava. Em 2010, acompanhou o cantor e apresentador Sergival em eventos na Rádio Nacional (RJ), entre outras apresentações, inclusive em dueto com Severo do Acordeom. Em 2012, apresentou-se, como cantor, na Academia Brasileira de Letras, na série “MPB na ABL”, apresentada pelo crítico e pesquisador Ricardo Cravo Albin. Na ocasião, em homenagem ao centenário do nascimento de Luiz Gonzaga, foi acompanhado por Kiko Horta & Quinteto. Em 2013, apresentou-se com seu grupo, Sotaque do Nordeste, na inauguração de uma exposição em homenagem ao centenário do nascimento de Luiz Gonzaga, no Instituto Cultural Cravo Albin, Na ocasião, cantou e tocou na sanfona músicas emblemáticas do Rei do Baião.

Em 2019, tocou acordeom em um dos vagões da segunda edição do evento anual “Trem do Forró”, no Rio de Janeiro (RJ), que saiu da estação Central do Brasil em direção à estação de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense com apresentações de vários artistas ligados ao universo do forró. Na cidade de Nova Iguaçu, após a chegada do Trem do Forró, apresentou-se com o grupo Sotaque do Nordeste. O evento foi considerado uma referência em termos de reunião de artistas ligados ao forró no calendário do gênero na cidade e região.