
Instrumentista (pianista).
Conviveu desde menino com a música. Sua mãe enchia a casa com peças de Bach, Beethoven, Brahms e Chopin, entre outros, tocadas ao piano. Quando se mudou com a família para o subúrbio carioca, agregou o samba às suas referências musicais, o que mais tarde o faria optar pelo popular e o jazz. Aos 17 anos, apresentava-se tocando em bailes e festas da região. Mas, pressionado pela família, teve que cursar a faculdade de Economia, até que um dia, ao passear os dedos pelas teclas de um piano, em Teresópolis, região serrana do Rio, teve como ouvinte espontâneo o músico Luiz Eça, que o incentivou a estudar. Foi aluno de Guerra Peixe, Esther Scliar e, posteriormente, João Carlos Assis Brasil.
Em 1966, passou a integrar o quinteto de Vitor Assis Brasil e tocou com Moacir Silva, Zé Kéti, Paul Winter e Edison Machado, além de participar das jam sessions do Little Club e do Bottles Bar.
No ano seguinte, foi para a França e morou alguns meses no interior do país. Em Paris, tocou com Slide Hampton, Philly Joe Jones, Hank Mobley, Joe Handerson e Baden Powell, entre outros. Sob o selo de Pierre Barrouh, gravou o disco “Trio Camará”, com Edu Lobo e Nélson Serra. Gravou também com o quinteto Eddy Louis, o quarteto Gracham Moncur III, Christiane Legrand e o grupo Les Masques, formado por ex-integrantes do conjunto vocal Les Doubles Six de Paris. Ainda na França, apresentou-se em diversos programas de televisão, inclusive como convidado de Sacha Distel. Participou dos festivais de Liege, em 1971, e do de Munique, no ano seguinte. Com o Trio Camará, percorreu todas as casas de cultura da França.
Em 1975, voltou ao Brasil e passou a acompanhar vários cantores de MPB.
Participou da trilha sonora do longa-metragem “O homem do pau-brasil”, de Joaquim Pedro de Andrade.
Fez parceria com Nei Lopes. Com Maurício Einhorn, Paulo Russo e Paulo Lajão, integrou o Quarteto 4 de Jazz, com o qual se apresentou no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e na série de televisão “Concertos para a juventude”, da Rede Globo.
Participou do Projeto Pixinguinha e do Festival de Jazz de São Paulo, em 1978, com Vitor Assis Brasil. Gravou no penúltimo disco de Vitor Assis Brasil, no “Chama”, de Hélio Delmiro, e no “Autonomia”, de Rildo Hora.