Cantora. Compositora, Bailarina. Pesquisador musical. Produtora. Empresária. Diretora.
Com nove anos entrou para o balé e começou a participar de corais e festivais de música na escola em que estudava.
Aos 17 anos prestou vestibular e cursou três anos de Sociologia na PUC-Rio.
Quando faltava apenas um ano para se formar, abandonou os estudos para se dedicar à música.
Em 2021 foi inaugurada a Biblioteca Fernanda Abreu, no Morro do Faz Quem-Quer, em Rocha Miranda, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro.
Iniciou a carreira em 1981, quando ingressou como back vocal do grupo carioca Blitz, nele permanecendo por cinco anos e obtendo grande êxito.
Em 1990, lançou o seu primeiro disco solo, “Sla radical dance disco club”, produzido por Herbert Vianna, guitarrista do Paralamas do Sucesso, e Fábio Fonseca. Sla é a abreviatura do seu sobrenome. Em vez do pop bem-humorado da Blitz, surgia uma intérprete mais voltada para a música negra norte-americana, especialmente o funk e a dance music. Dois anos depois, lançou “Sla 2 — be sample”, com destaque para a regravação de “Jorge de Capadócia”, de Jorge Benjor, e a participação especial de Fausto Fawcet, no sucesso “Rio 40 graus” (c/ Fausto Fawcett e Carlos Laufer). O disco contou com a produção de Liminha.
No ano de 1995, lançou “Da lata”. Também produzido por Liminha e acompanhado por Will Mowat, seu maior sucesso foi “Garota sangue bom”, parceria com Fausto Fawcet. O CD apresentou a regravação “A tua presença morena”, de Caetano Veloso, que logo se tornou outro sucesso da cantora. Dois anos depois, lançou “Raio X”, disco em que regravou vários de seus sucessos e de outros artistas como Silas de Oliveira (Aquarela brasileira) e Fausto Fawcet (Kátia Flávia, a Godiva de Irajá). O CD contou com as participações especiais de Lenine, em “Jack soul brasileiro”, composição dele mesmo; Herbert Vianna, em “Um amor, um lugar” (Herbert Vianna); Carlinhos Brown, em “Jorge de Capadócia”, e do grupo pernambucano de mangue bit Chico Science & A Nação Zumbi, em “Rio 40 graus”.
Passou os anos de 1998 e 1999 excursionando com seu show pelo país.
Em 2001, lançou o disco “Entidade urbana”. No ano de 2002 fez vários lançamentos do disco, entre eles, show nas Lonas Culturais João Bosco e Gilberto Gil. Neste mesmo ano, ao lado do poeta Chacal, Marcelo Bonfá, Dado Villa-Lobo, Tony Platão e Carlos Laufer, participou do show “Coliseu” de Fausto Fawcett, no projeto Terças Insanas, do Ballroom, no Rio de Janeiro.
No ano de 2003, ao lado de Frejat, Lan Lan e Os Elaines, Acid X, Arnaldo Brandão, O Rappa, Nação Zumbi, Pitty, Detonautas e Autoramas, participou da “5ª Edição do Projeto Música Alimento da Alma” (MADA), Natal, Rio Grande do Norte. Neste mesmo ano, participou de projetos internacionais, lançados em CD “Drop the debt” (Cancelem a dívida) no qual regravou em dueto com MV Bill “Tudo vale a pena” (c/ Pedro Luiz), disco produzido pela ONG francesa Dette & Développement. Deste CD também fizeram parte Chico César, Lenine, MV Bill e a banda maranhense de reggae formada só por cegos Tribo de Jah. Outro projeto (também francês) que participou foi “Rio 40º graus”, com CD lançado pela Rádio Novo Brasil, de Paris. No ano seguinte, em 2004, participou da trilha sonora e do seriado “A Terra dos Meninos Pelados”, especial da Rede Globo sobre a obra infantil de Graciliano Ramos. Neste mesmo ano, lançou por seu selo musical Garota Sangue Bom, o disco “Na paz”, o qual foi distribuído pela gravadora EMI Music. No CD incluiu “Eu vou torcer” (Jorge Benjor), “Brasileiro”, “Não deixe o samba morrer” (Aloísio e Edson Conceição), “Sol-lua”, “Vida de rei”, “A onça” e “Zazuê”, em parceria com Rodrigo Capello e Jr. Tostoi.
Em 2005 recebeu como convidados Gabriel O Pensador e Pedro Luís em show na Lona da Marina da Glória nas comemorações do dia de feriado de São Sebastião, padroeiro da cidade do Rio de Janeiro. No ano posterior, em 2006, gravou o CD “Fernanda Abreu MTV Ao vivo” no Teatro Carlos Gomes, no centro do Rio de Janeiro. No show incluiu diversos sucessos de carreira, entre os quais “Rio 40 graus”, “Você pra mim”, “Garota sangue bom”, “Kátia Flávia”, “Veneno da lata” e “A dois passos do paraíso”, esta última de sua fase como vocalista da banda Blitz. Ainda foi incluída a inédita “Baile funk” de autoria de Rodrigo Maranhão. O CD e DVD contaram com a participação de convidados, entre os quais Martnália, DJ Malboro e Herbert Vianna.
Em 2010 fez show no projeto “Bratuques”, no Teatro do Sesc Ginástico, no Rio de Janeiro.
No ano de 2016 lançou o CD “Amor geral”, fazendo o lançamento no Rio de Janeiro e depois, em turnê pelas principais capitais do país, entre as quais Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre, Salvador e Brasília. Dois anos depois, em 2018, a turnê voltou ao Rio de Janeiro para o show “Amor geral”, desta vez no Espaço Furnas Cultural, em Botafogo, Zona Sul da cidade. No show, além de seis faixas do disco, ainda incluiu as novas versões de “Rio 40 graus”, “Baile da pesada”, “Bidolibido” e “A noite”, acompanhada por banda integrada por Tuto Ferraz (bateria e programação de bateria), André Carneiro (baixo), Fernando Vidal (guitarra), Thiago Gomes (teclados), Alegria Mattos (backing vocal) e a bailarina Victorya Devin.
Em 2019 participou, ao lado de Carlos Dafé, do show “Hyldon convida: Carlos Dafé e Fernanda Abreu”, no Teatro SESC Ginástico, no Rio de Janeiro.
Em 2020 lançou o CD “Slow Dance”, uma compilação de 16 baladas de seu repertório de quase três décadas de carreira solo. Nesse mesmo ano, gravou na casa de shows Imperator, no Rio de Janeiro, o álbum audiovisual “Amor Geral (a)live”. A apresentação não teve público presente, devido às medidas de isolamento social em decorrência da pandemia provocada pelo coronavírus. No ano seguinte, em 2021, comemorou seus 30 anos de carreira solo e 60 de idade, com o lançamento do CD “30 anos de Baile”, em que convidou vários DJs, dentre os quais Ruxell, Danny Dee, Memê, Millos Kaiser, Gui Boratto, Ani Phearce, Fancy Inc, Zé Pedro, Bruno Be, Dennis, Tropkillaz, Corello DJ & Douglas Marques, Vintage Culture & Shapeless, para produzir remixes de músicas lançadas ao longo de sua carreira.
O seu primeiro disco solo (após a saída da Blitz) foi “SLA Radical Dance Disco Club” – uma abreviação de seu sobrenome (Sampaio de Lacerda Abreu).
Em decorrência do sucesso de lançamento do LP “Da Lata”, em 1995 na França, a cantora fazia cerca de sete viagens por ano a este país, mais especificamente a Paris, entre os anos de 1995 e 2006, e concomitamente, por todas as grandes capitais da Europa.
No ano de 2024 apresentou espetáculo comemorando 42 anos de carreira no palco do Teatro Paulo Autran, no Sesc Pinheiros, em São Paulo.
Entre seus parceiros musicais constam Herbert Vianna, Fausto Fawcetr e o americano e pai da cultura hip hop Afrika Bambaataa.
Paris
Rádio Novo Brasil
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