0.000
Nome Artístico
Felipe Azevedo
Nome verdadeiro
Luiz Felipe Cardoso Azevedo
Data de nascimento
16/2/1964
Local de nascimento
Uruguaiana, RS
Dados biográficos

Compositor. Violonista. Cantor. Educador musical. Ensaísta.
Reside em Porto Alegre desde 1992.
Iniciou na música como baterista (dos seis aos 12 anos), em seguida dedicou-se à flauta doce (dos 12 aos 14 anos) e em seguida ao violão. Toca violão de 6 e 7 cordas, viola caipira e ukulele hawaiano. Inicialmente autodidata, aprendeu a ler e escrever partituras através de um Curso de Violão de Isaías Sávio.
Tem Licenciatura em Letras (PUC), Licenciatura em Música (IPA), Bacharelado parcial em Música (UFRGS) e Especialização em Pedagogia da Arte (UFRGS). Cursa o Mestrado em Literatura Brasileira – Estudo de Canção em Letras (UFRGS) – com coorientação em Música.

Dados artísticos

Iniciou sua trajetória artística em 1981, concorrendo ao “V FEEC – Festival Estudantil da Canção”, em Três de Maio (RS), com a música “Perfil de um boêmio”, de sua autoria. Foi contemplado com vários prêmios em outras edições desse evento. Participou de outros festivais no Rio Grande do Sul, como o “Musicanto”, em Santa Rosa, e ainda o “Fercapo”, em Cascavel, no Paraná.

Em 1993, participou da 23 edição da “Califórnia da Canção Nativa”, como autor de “Réquiem para uma lenda”, interpretada por Angela Jobim. A canção foi vencedora da Linha de Manifestação Livre e a cantora foi contemplada com o prêmio de Melhor Intérprete.

Lançou, em 1995, o K7 “Olhar mouro”, gravado no ano anterior em show na Casa de Cultura Mário Quintana (CCMQ), através do projeto “Produção independente”, do Instituto Estadual de Música de Porto Alegre.

Em 1998, lançou o CD “Cimbalê”, com suas composições “Rito de Iniciação” (c/ Zé Mário), “Aqui se revela”, “Batuque balançá”, “Ancestrais”, “Achados e perdidos”, “Mandinga”, “Tema para um compasso de espera”, “Cimbalê”, “Batismo”, “Rap da capoeira” e “Canção Tupy”.

No segundo semestre de 1999, criou e produziu o projeto cultural “Balaio de Cordas”, que promovia encontros entre artistas de instrumentos de cordas realizados na sala cultural do Café Coletânea, em Porto Alegre. Pelo projeto, foi contemplado com Menção Especial na edição desse ano do “Prêmio Açorianos de Música”. A partir de então, a Balaio de Cordas se tornou microempresa prestadora de serviços culturais terceirizados (produção, organização e promoção de espetáculos artísticos e eventos culturais).

Em parceria com o acordeonista suíço Olivier Forel, lançou, em 2002, o CD “Identidades”, com as músicas “Fazendo hora”, “Tema para a vagabunda”, “Aú”, “Tema para um compasso de espera”, “Anu pássaro preto”, “Mandinga” e “Tema para a vagabunda II”, esta com arranjo de acordeom por Olivier Forel, além de “Cinque!”, “Valsolive”, “Pax reggae”, “Hymne” e “Tango de más“, todas de Olivier Forel, e ainda “Worotan” (Solo Coulibaly), esta com arranjo assinado em parceria com Olivier Forel. Ao lado de Olivier Forel, excursionou pela Europa e Brasil somando um total de 80 concertos.

Lançou, em 2007, o CD “Percussivé ou A prece do louva-a-deus”, contendo suas composições “Maracatu torto” (c/ Mauro Aguiar), “Antes dos 30” (c/ Marco de Menezes), “Percussìvé”, “Vida sempre exata”, “Enredo íntimo”, “Quebradinho”, “Chorandinho”, “Balaio de Cordas”, “Canibalismoderno”, “Choro de dedos”, “Cantiga Inusitada”, “Balanço tupiniquim” e “Norato Ciber Cobra”. O disco contou com a participação especial da cantora Monica Salmaso (na faixa “Tema para um compasso de espera”) e do percussionista Marcos Suzano (nas faixas “Balaio de Cordas” e “Balanço tupiniquim).

Já atuou como solista em Concerto com a Orquestra de Câmara do Teatro São Pedro (OCTSP) em Porto Alegre, executando suas próprias composições, e com a Banda Municipal da mesma cidade, no projeto “EncontraBanda”.

Dividiu palco com vários outros artistas, como Guinga (participação especial nos shows do compositor carioca, incluindo show de ambos no Centro Cultural 25 de Julho, em Porto Alegre), Hermeto Pascoal (“VIII Porto Alegre em Cena”) e Ulisses Rocha (projeto “UniMúsica”, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul), entre outros.

Tem recebido diversos prêmios nacionais e internacionais, como o Prêmio Açorianos de Música (seis premiações), o L’air Du Temps (França) e Cl’hips de L’hospitalet de Llobregat (Espanha).

É autor de trilhas sonoras originais para dança, cinema e teatro. Compôs a trilha sonora do espetáculo “Lixo, Lixo Severino” (2002 e 2003), realizado no Espaço Elis Regina, em 2002, e no Teatro Renascença, em 2003, em Porto Alegre. Por este trabalho, foi contemplado com o Prêmio Açorianos, na categoria Melhor Trilha Original. É também autor da trilha sonora do espetáculo “A casa” (2007), pelo qual recebeu mais uma vez o Prêmio Açorianos, na categoria Melhor Trilha Sonora Original.

No cinema, estreou como compositor de trilhas originais em 2003, com duas composições suas no documentário francês sobre o Fórum Social Mundial “Qui fait quoi?”, dirigido por Franck Vacheron e Laurent Regnier. Compôs a trilha sonora original para o média-metragem “Aos Grandes Mestres – Danúbio Gonçalves”, dirigido por Henrique de Freitas Lima. Transformou essa trilha em microsuíte para flauta, violão e violino que estreou na Noruega, no festival “Johan Halvorsen Musikkfest”, onde foi executada pelo Duo Acorda (Martin Haugger, violão, e Birgitte Staernes, violino) e Ayres Potthoff (flauta transversal), em 2011. Neste mesmo ano, apresentou seu trabalho autoral nas cidades de Drammen e Bergen, na Noruega, acompanhado do flautista Ayres Potthoff. Nessa temporada, proferiu palestra sobre música brasileira na Griegacademiat, também em Bergen. Ainda em 2011, excursionou pelo Uruguai e estreou o show solo “Tamburilando Canções – Violão com Voz” na Sala Zitarrosa, em Montevidéu, tendo como convidados os cantores e compositores uruguaios Gastón Rodriguez e Damián Gularte.

Entre 2009 e 2012, fez turnê por várias cidades do Rio Grande do Sul (São Leopoldo, Bento Gonçalves, Caxias, Capão da Canoa e Santa Cruz do Sul, entre outras) e também em Chapecó (SC), com o show “Tamburilando Canções – Violão com Voz”.

Entre 2010 e 2012, idealizou, produziu e dirigiu o projeto “Bianca Obino Convida”, com a cantora, violonista e compositora Bianca Obino, espetáculo realizado aos sábados na Livraria Palavraria- Livros e Café, em Porto Alegre.

Em 2012, juntamente com Gastón Rodriguez, apresentou o espetáculo “Tamburilando – Surnacimientos” no Teatro São Pedro, em Porto Alegre, e no Teatro Solís – Sala Zavala Muniz, em Montevidéu. Também nesse ano, lançou o CD “Tamburilando canções – Violão com Voz”, contemplando livro, CD e hotsite interativo. No repertório, suas composições “Lundu do desencaixe”, “Ribeira, fronteira” e “A Janela entreaberta”, todas em parceria com Marco de Menezes, “Linha de impasse” (c/ Thiago Amud e Luís Mauro Vianna), “Tamburilando, tecendo a cidade” (c/ Richard Serraria), “Balagulá, xibimba”, “Bosque e lua”, “Choro deslizante”, “Maracaxá”, “Tamburilando” e “Viola quietinha”, além de “Oi Cangorô” (domínio público, com arranjo de sua autoria). O disco contou com a participação especial de Adriana Marques (voz na faixa “Lundu do desencaixe”) e Bebeto Alves (voz na faixa “Ribeira Fronteira”), e ainda dos músicos Ayres Potthoff (flauta transversal na faixa “Maracaxá”) e Pedro Franco (bandolim na faixa “Maracaxá”). Ainda em 2012, foi contemplado com o “Premio Cl’hips em L’Hospitalet de Llobregat” de Barcelona, pelo video clipe de sua canção “Balagulá, Xibimba” (que consta no repertório do CD “Tamburilando Canções – Violão com Voz”), dirigido e produzido por Gastón Rodriguez e Diego Sapienza.

Em 2013, fez shows em Porto Alegre e Serra Gaúcha (Caxias do Sul, Nova Prata) e participou como autor convidado na Audição Comentada do Núcleo da Canção (UFRGS) – Difusão Cultural, tocando e falando sobre o Livro-CD “Tamburilando Canções – Violão com Voz”. Nesse mesmo ano, foi contemplado pela sexta vez com o Prêmio Açorianos de Música, com Menção Especial pelo projeto “Tamburilando canções – Violão com Voz”.

Discografias
2012 Tamburilando canções – Violão com Voz (Felipe Azevedo) - CD
2007 Percussìvé ou a prece do louva-a-deus (Felipe Azevedo)– CD
2002 Identidades (Felipe Azevedo e Olivier Forel) – CD
1998 Cimbalê (Felipe Azevedo) – CD
1995 Olhar mouro (Felipe Azevedo) - K7
Obras
A Janela entreaberta c/ Marco de Menezes
Achados e perdidos
Ancestrai
Anotações
Antes de tudo
Antes dos 30 c/ Marco de Menezes
Aqui se revela
Ava Nheém
Balagulá, xibimba
Balaio de Cordas
Balanço tupiniquim
Batismo
Batuque balançá
Bilhete
Bosque e lua
Canibalismoderno
Cantiga Inusitada
Canção Tupy
Caricatura em blue
Cheiros
Chorandinho
Choro de dedos
Choro deslizante
Cimbalê
Comunidade I
Comunidade II
Cromatismo
Descoberta
Desiderato c/ Otávio Segala
E então...
Enredo íntimo
Evas
Fratura exposta
Funk caboclo
Jardim dos esquecidos
Jogo das águas
Linha de impasse c/ Thiago Amud e Luís Mauro Vianna
Lundu do desencaixe c/ Marco de Menezes
Mandinga
Maracatu torto c/ Mauro Aguiar
Maracaxá
Maré II
Nascente da saudade
Norato Ciber Cobra
Olhar mouro
Percussìvé
Perfil de um boêmio
Peut-être
Picadeiro
Quebradinho
Rap da capoeira
Ribeira, fronteira c/ Marco de Menezes
Rito de Iniciação c/Zé Mário
Réquiem para uma lenda
Saudação ao Sol
Segunda pele
Tamburilando
Tamburilando, tecendo a cidade c/ Richard Serraria
Tema para um compasso de espera
Toque
Vacaria del Mara
Vida sempre exata
Viola quietinha