
Cantor. Compositor.
Criado no bairro carioca de Copacabana, uma das referências principais de sua obra.
Em 1976, ingressou no curso de Comunicação da PUC-Rio, só formando-se em 1983, pois interrompeu por dois anos os estudos. Nesta universidade, conheceu o mais constante dos seus parceiros, Laufer, e começou a fazer performances, a partir de 1981, na área do pilotis da faculdade.
Seu nome artístico é uma referência à atriz norte-americana Farrah Fawcett, que atuava no seriado “As Panteras”.
Lançou dois livros baseados em suas performances: “Santa Clara Poltergeist”, em 1990, pela editora Eco, e “Básico instinto”, dois anos depois, em 1992, pela Relume Dumará. De acordo com o próprio artista, sua obra é profundamente marcada por suas quatro obsessões: louras, Copacabana, The Rolling Stones e o Fluminense Futebol Clube. Outras influências foram o poeta pré-romântico inglês William Blake, assim como o simbolista brasileiro Cruz e Sousa, os Sex Pistols, os Flinstones e a Jovem Guarda – o que resulta numa colagem de informações multifacetadas, mesclando o erudito e o popular.
Em 2012 lançou o livro “Favelot”.
No ano de 2019 lançou o livro de ficção científica “Cachorrada doentia”.
Autor de cinco romances e diversas performances poéticas.
No ano de 2024 estreou o documentário “Fausto Fawcett Na Cabeça”, dirigido por Victor Lopes com duração de 103 minutos, com produção da TV Zero e Canal Brasil.
Sua carreira começou a decolar a partir de 1986, quando foi convidado para participar com uma performance no lançamento de uma revista na casa noturna carioca Mistura Fina. A performance se chamava “Juliette: ninfeta Botticelli – a filha bastarda da seleção holandesa”. O cineasta Cacá Diegues a assistiu e, impressionado, comentou com André Midani, então presidente da Warner no Brasil, que o contratou. No ano seguinte, lançou o primeiro disco, “Fausto Fawcett e os Robôs Efêmeros”. Com produção de Liminha, o LP incluía o sucesso “Kátia Flávia”. Entre os músicos que faziam parte da banda de apoio, a Robôs Efêmeros, estavam Marcelo Lobato, atual O Rappa, Laufer e Nelson Meirelles.
A partir de 1989, começou a trabalhar com Fernanda Abreu, ex-Blitz, que se incorporou à sua trupe, participando de três espetáculos no teatro carioca Aurimar Rocha. Ainda no mesmo ano, lançou o segundo disco, “Império dos sentidos”, que contou com a produção de Herbert Vianna. O disco foi lançado em show na casa de espetáculos paulista Aeroanta e foi dirigido por Fernanda Abreu.
Em 1990, elaborou o show “Santa Clara Poltergeist”. Nele, foi incorporado aos Robôs Efêmeros o guitarrista Dado Villa-Lobos, da Legião Urbana. Dois anos depois, lançou o terceiro disco, “Básico instinto”, produzido por Savalla, técnico de som dos Paralamas do Sucesso. Nessa época, passou a ser acompanhado pela banda Falange Moulin Rouge, que, além de Laufer, contava com o ex-Barão Vermelho Dé, João Barone, do Paralamas do Sucesso, e o DJ Paulo Futura. O show do disco contou com as participações especiais de Paula Toller, do Kid Abelha, Roberto Frejat, do Barão Vermelho, e Herbert Vianna.
Em 1993, fez parcerias com Fred Nascimento, interpretadas pelo grupo As Sublimes, com destaque para “Boneca de fogo” e “Mike Tyson free”.
No final dos anos 90 ampliaria ainda mais seu leque de parcerias, incluindo Samuel Rosa, do grupo mineiro Skank, e Dado Villa-Lobos. Com este último, compôs “O mal é contagioso”, parte da trilha sonora do filme “Bufo & Spallanzani”, baseado no romance homônimo de Rubem Fonseca.
Em agosto de 2001, publicou “Copacabana lua cheia”, livro e CD através da Coleção Sebastião, patrocinada pela Secretaria de Cultura da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, o grupo mineiro Skank regravou em seu primeiro disco ao vivo “Balada do amor inabalável (c/ Samuel Rosa).
No ano de 2002 ao lado de Ricardo Cravo Albin, Ruy Pereira, Muniz Sodré, Carlos Lessa, Perfeito Fortuna, Itamar Silva e Paulo Saad, participou do debate “Olhares Carioca Sobre o Rio de Janeiro – Rio 40 Graus, Beleza e Caos”, promovido pelo ICCA (Instituto Cultural Cravo Albin). O debate foi registrado em multimidia: livro, fita de video e CD-room, com lançamento no Museu da República. Ainda em 2002 apresentou o show “Coliseu” no projeto Terças insanas” na casa de espetáculo Ballroom, no Rio de Janeiro. Neste show, acompanhado de sua nova banda F14 (Bianca Jhordão – guitarra; Marcelo Alexandre – baixo; Gustavo Schroeter – bateria e Jadnna Zimermann, também bateria), apresentou novas composições, entre elas: “Beleza americana”, “Perseguição”, “Discordo”, “O mal é contagioso” e “Ásia 666”, tendo como convidados Carlos Laufer, Marcelo Bonfá, Dado Villa-Lobos, Chacal, Gabriela Varanda, Tony Platão e Fernanda Abreu.
Em 2003, com a banda Leela, foi um dos convidados da banda Som da Rua, em show no Hard Rock Café, no Shopping Città América, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano ao lado de Frejat, Lobão e os poetas Chacal, Guilherme Zarvos, Guilherme Levi e Tavinho Paes, participou no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro, do evento “Brandolândia” (nome sugerido por Chacal) de Arnaldo Brandão, no qual o músico recebeu vários convidados. Ainda em 2003 a banda Skank lançou o CD “Cosmotron”, no qual foi incluída a faixa “Supernova”, parceria sua com Samuel Rosa.
No ano de 2011, com a nova formação de sua banda Robôs Efêmeros, fez show no Solar Botafogo, no Rio de Janeiro.
No ano de 2019, na Sala Baden Powell, em Copacabana, fez duas apresentações com seu show “Cachorrada doentia”, acompanhado por sua bnada Robês Efêmeros, integrada por Luafer (surdo, programações e vocais), Jodele Larcher (programação audiovisual e projeções), Fábio Caldeira (guitarra, programaçõs e vocais) e Gabriela Camilo (teclados, programações e vocais).
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
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