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Nome Artístico
Evaldo Braga
Nome verdadeiro
Evaldo Braga
Data de nascimento
28/9/1947
Local de nascimento
Campos, RJ
Data de morte
31/1/1973
Local de morte
Três Rios, RJ
Dados biográficos

Cantor. Compositor.

Teve infância muito pobre, vivendo parte dela nas ruas. Não conheceu os pais e chegou a ser interno no extinto SAM (Serviço de Amparo ao Menor), depois FEBEM.

Declarou em entrevistas sua grande tristeza por não conhecer os pais. Passou a ter uma grande depressão ao saber que sua mãe teria sido uma prostituta e que o abandonara no lixo, em um cesto. Essa tristeza o levou a se entregar à bebida, fato inclusive, que provocou o acidente que o matou na BR 3, antiga Rio- BH. Essa versão de que teria sido jogado no lixo ao nascer foi, no entanto, desmentida, anos depois por seu irmão Antônio C. Braga.

Dados artísticos

Um dos grandes ídolos da “música brega”, travou os primeiros contatos artísticos quando trabalhou como engraxate na porta da rádio Mairink Veiga. É autor do clássico “Sorria, sorria”, que conheceu diversas gravações, entre as quais, a de Agnaldo Timóteo. Em 1969, conheceu o produtor e compositor Osmar Navarro, que o levou para gravar o primeiro disco, um compacto simples, pela RCA Victor, com as músicas “Dois Bobos”, de Osmar Navarro, e “Não Importa”, parceria com Carmen Lúcia.  Em 1971, ingressou na  Polydor, estreando com um compacto simples com as músicas “Só Quero”, com Carmen Lúcia, e “Por Uma Vez Mais”, de Nenéo.  Em 1972, lançou seu primeiro LP, “O ídolo negro”, título que lhe valeu o apelido pelo qual ficou popularmente conhecido. Nele, gravou as músicas “Meu Deus”, com César Saraiva da Silva; “Vem Cá”, de Isaias Souza; “Quantas Vezes”, com Carmen Lúcia; “Eu Amo Sua Filha, Meu Senhor”, de Osmar Navarro; “A Cruz Que Carrego”, de Isaias Souza, que se tornaria o maior sucesso de sua carreira; “Não Entenda”, de Totó; “Eu Desta Vez Vou Te Esquecer (Lucky People)”, de A. Chinick, em versão de Sebastião Ferreira; “Eu Nunca Pensava”, de Eustáquio Sena; “Por Que Razão”, de Hailton Ferreira; “Meu Delicado Drama”, de Isaias Souza; “Hoje Nada Tens Pra Dar”, de Carlos Odilon, Jair Rodrigues e Orlando Marques Filho, e “Só Quero”, com Carmen Lúcia. Em seguida, lançou novo compacto simples com as músicas “Todas as Noites”, de Carlos Odilon e Jair Rodrigues, e “Nunca Mais, Nunca Mais”, parceria com Cezão. Ainda em 1972, lançou “O ídolo negro-Vol.2, que trazia seu grande sucesso “Sorria, sorria”, parceria com Carmen Lúcia que o consagrou, tornado-se hit popular. O mesmo disco trazia um outro grande sucesso,  “Eu não sou lixo”, de sua autoria com Pantera, de caráter autobiográfico e, ainda, “Mentira”, de Osmar Navarro, “Tudo fizeram para me derrotar”, dele, com Isaías de Souza, “Já entendi”, de Edson Mello e Carlos Odilon, e “A vida passando por mim”, de Jovenil Santos e Paulo de Souza. Em 2017, foi publicada sua primeira biografia, “Eu não sou lixo –  a trágica vida do cantor Evaldo Braga”, do escritor e jornalista Gonçalo Junior, pela Editora Noir.

Discografias
1993 Polydor LP O melhor do ídolo negro
1972 Polydor Compacto Duplo Nunca Mais, Nunca Mais/Meu Deus/A Cruz Que Carrego/Eu Desta Vez Vou Te Esquecer (Lucky People)
1972 Polydor LP O ídolo negro
1972 Polydor LP O ídolo negro-Vol.2
1972 Polydor Compacto simples Todas as Noites/Nunca Mais, Nunca Mais
1971 Polydor Compacto simples Só Quero/Por Uma Vez Mais
1969 RCA Victor Compacto simples Dois Bobos/Não Importa
Obras
Alguém que é de alguém (c/ Carmen Lúcia)
Eu me arrependo (c/ Carmen Lúcia)
Eu não sou lixo (c/Pantera)
Meu Deus (c/ Dante e Alcides de Oliveira)
Nunca mais (c/ Cezão)
Não Importa - com Carmen Lúcia
Quantas vezes (c/ Carmen Lúcia)
Sorria, sorria (c/ Carmen Lúcia)
Só quero (c/ Carmen Lúcia)
Tudo fizeram pra me derrotar (c/ Isaías Souza)
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.