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Nome Artístico
Efson
Nome verdadeiro
Edison Ferreira
Data de nascimento
18/12/1944
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
5/11/2014
Local de morte
São Gonçalo, RJ
Dados biográficos

Compositor. Cantor.

 

Nasceu no Morro da Caixa DÁgua, no Largo do Tanque, bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Anos depois a família mudou-se para o Morro dos Macacos, em Vila Isabel.

O pai, Seu Eduardo Ferreira, foi flautista amador. Seu tio, por parte de mãe, Rosário foi compositor, passista e um dos fundadores da Escola de Samba Unidos de Vila Isabe. O outro tio Tião de Nada, também foi passista da mesma escola, além de tocar vários instrumentos na bateria.

Após os dez anos de idade participou do coral e da banda da Escola de Agrícola Artur Bernardes, em Viçosa (MG), banda na qual também tocava trombone.

Na década de 1960, a convite do Maestro Pedrote, atuou como cronner em boates do Rio de Janeiro. Por essa época, participou de programas de calouros, tais como “A Buzina do Chacrinha”.

Na década de 1970 passou a freqüentar o Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, para o qual compôs, em parceria com Odibar, o samba-empolgação “Hoje eu vou querer”. Neste mesma época, a convite de Natal da Portela, ingressou na Ala de Compositores da escola.

Em 2014 apresentou o show de lançamento do CD “Mestiça” no Sesc Belenzinho, em São Paulo, com a participação do músico Marcelo Pretto.

Dados artísticos

Na década de 1970, a convite de Zuzuca do Salgueiro, participou do LP “A Fina Flor do Partido Alto” ao lado de  vários artistas novos, entre os quais Neguinho da Beija-Flor.

Em 1983, sua composição “Firme e forte” (c/ Nei Lopes) foi gravada por Beth Carvalho no LP “Suor no rosto”.

Em 1986, Alcione gravou pela RCA Victor o disco “Fruto e raiz”, que incluiu “Bololô” (c/ Paulo Vizinho e Nei Lopes). No ano seguinte, pela gravadora Philips, Agepê interpretou “Água de poço” (c/ Odibar). Beth Carvalho regravou “Firme e forte”, no LP “Ao vivo”, e Marquinhos Satã interpretou “Quás, quás, quás (pinico)”, em disco lançado pela gravadora Ariola.

No ano de 1992, em seu LP “Pulsa coração”, Alcione incluiu “Amor rola na cama” (c/ Odibar).

Sua composição “Hoje é dia de festa” deu título ao disco de Zeca Pagodinho em 1997, lançado pela PolyGram.

Em 1999, Leci Brandão  interpretou “Jeito cigano”, de Efson em parceria com Odibar. No ano seguinte, Zeca Pagodinho, no CD “Água da minha sede, interpretou” a composição  “Cabocla Jurema”, parceria com Nei Lopes.

No ano de 2001, participou do CD coletânea “Quintal do Pagodinho”, disco produzido por Rildo Hora e idealizado por Zeca Pagodinho. O CD, lançado pela Universal Music, foi gravado ao vivo no sítio de Zeca Pagodinho em Xerém, no Rio de Janeiro e contou com a participação de vários compositores, muitos deles gravados por Zeca Pagodinho, entre eles: Barberinho do Jacarezinho, Luiz Grande, Dunga, Zé Roberto, Maurição, Carlos Roberto, Octacílio da Mangueira, Jorge Macarrão, Luizinho Toblow, Leandro Dimenor, Rixxah, Alamir, Bidubi e Wilson das Neves. Neste disco, Efson interpretou “Carreiro sanfoneiro”, parceria com Nei Lopes.

No ano de 2003 Beth Carvalho, acompanhada do conjunto Quinteto em Branco e Preto, gravou o CD “Pagode de mesa 2 ao vivo”, disco no qual incluiu de sua autoria “Firme e forte”, em parceria com Nei Lopes.

Em 2008 lançou o CD “Negro sim senhor” no qual gravou 15 composições, entre as quais 11 delas feitas em parceria com Odibar: “Brilha pra mim”, “Meu tantan”, “Acidental”, “Bem que o Tom dizia”, “Ligeira impressão”, “Jeito cigano”, “Caçamba”, “Forró tem coisa”, “Pop sertão”, “Upa lá lá” e “Pra rezar”. As outras composições incluídas no discos foram “Buxixo em Madureria” (c/ Ana Maria), “Hoje é dia de festa”, “Essa é do peru” e a faixa-título “Negro sim senhor”, em parceria com Marquinhos PQD e Franco. O disco contou com arranjos de Paulão Sete Cordas (violão de sete cordas), Cláudio Jorge (violão de seis cordas), Carlinho Sete Cordas (violão de sete cordas) e Alceu Maia (cavaco), além de participações de músicos como Roberto Marques (trombone), Paulinho Galeto (cavaco), Eduardo Neves e Dirceu Leite (saxes) e Darcy de Paula.

Foi pratista da escola de samba Renascer de Jacarepaguá, antigo bloco carnavalesco Bafo do Bode do qual foi um dos fundadores.

Entre seus vários sucessos estão “Hoje eu vou querer”, com o qual o Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos desfilou e “Caçamba” (c/ Odibar), interpretada pelo grupo Molejo.

Entre seus interpretes também consta Jorge Aragão na composição “Brilha pra mim”, em parceria com Odibar. Teve sua composição “Quem passa vai parar” (c/ Carlito Cavalcanti e  Marquinhos PQD) gravada por Zeca Pagodinho no disco “Vida da minha vida”.

Em 2011 apresentou-se no Ponto de Cultura Engenho, Arte e Folia, no Engenho de Dentro, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Este evento também contou com a participação do bloco Loucura Suburbana (criado em 2001 e entre cujos brincantes fazem parte pacientes psiquiátricos do Instituto Municipal Nise da Sllveira).

Em 2012 participou da gravação do CD/DVD “Moacyr Luz e o Samba do Trabalhador”, gravado ao vivo no Renascença Clube, sob a regência do maestro Rildo Hora, no qual interpretou a música “Quem pensou?”, de sua autoria com Pedro Lopes. O disco foi lançado em 2013 pelo selo Lua Music.

Discografias
2013 Lua Music DVD Moacyr Luz e o Samba do Trabalhador – Ao vivo no Renascença Clube (participação)
2008 Independente CD Negro sim senhor
2001 Universal Music CD Quintal do Pagodinho
Obras
Acidental (c/ Odibar)
Amor rola na cama (c/ Odibar)
Bem que o Tom dizia (c/ Odibar)
Bololô (c/ Paulo Vizinho e Nei Lopes)
Brilha pra mim (c/ Odibar)
Buxixo em Madureria (c/ Ana Maria)
Cabocla Jurema (c/ Nei Lopes)
Carreiro sanfoneiro (c/ Nei Lopes)
Caçamba (c/ Odibar)
Essa é do peru
Firme e forte (c/ Nei Lopes)
Forró tem coisa (c/ Odibar)
Hoje eu vou querer (c/ Odibar)
Hoje É Dia De Festa
Jeito cigano (c/ Odibar)
Ligeira impressão (c/ Odibar)
Meu tantan (c/ Odibar)
Negro sim senhor (c/ Marquinhos PQD)
Negro sim sinhô! c/ Marquinho PQD e Franco
O amor rola na cama (c/ Odibar)
Pop sertão (c/ Odibar)
Pra rezar (c/ Odibar)
Quem passa vai parar (c/ Carlito Cavalcanti e Marquinhos PQD)
Quás, quás, quás
Se o Brás é tesoureiro (c/ Nei Lopes)
Upa lá lá (c/ Odibar)
Água de poço (c/ Odibar)
Shows
2004;Roda de samba na Toca do Rato, RJ.
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.