
Compositor. Cantor. Instrumentista (violonista). Arranjador. Produtor musical.
Aprendeu a tocar violão aos 13 anos de idade.
Casou-se com a cantora Vânia Bastos.
Iniciou sua carreira aos 16 anos de idade, quando foi levado por Elis Regina e Ronaldo Bôscoli para participar do programa “O Fino da Bossa”, exibido pela TV Record de São Paulo, apresentado por Elis e Jair Rodrigues. Apresentou-se com um solo em “Morena boca de ouro” (Ary Barroso), assinando, em seguida um contrato com a emissora.
Em 1968, concorreu ao IV Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), com sua música “Choro do amor vivido” (c/ Walter de Carvalho), que recebeu arranjo de Hermeto Pascoal e a interpretação do grupo vocal Os Três Morais.
No ano seguinte, participou do V Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), obtendo a quarta colocação no evento, com sua canção “Gostei de ver” (c/ Marco Antônio da Silva Ramos), interpretada por Márcia e Os Originais do Samba. Venceu o IV Festival Universitário da TV Tupi com “E lá se vão meus anéis” (c/ Paulo César Pinheiro).
Em 1973, lançou seu primeiro LP, “Eduardo Gudin”, pela Odeon. O disco contou com a participação de Jane Morais e com orquestrações de José Briamonte, Hermeto Pascoal e do próprio compositor.
Apresentou-se, em 1974, ao lado de Márcia e Paulo César Pinheiro, no show “O importante é que nossa emoção sobreviva”, no Teatro Oficina (SP). O espetáculo gerou um LP que foi lançado pela Odeon no ano seguinte. Ainda em 1974, participou do LP “Brasil, flauta, bandolim e violão”, ao lado do Regional do Evandro, pela Marcus Pereira.
Em 1976, foi lançado o LP “O importante é que nossa emoção sobreviva II”.
Gravou, em 1978, o LP “Coração marginal”, pela Continental. O disco contou com a participação de Adauto Santos e Marília Medalha, e do grupo vocal MPB-4.
Foi o idealizador do I Festival Universitário da TV Cultura, em 1979, que revelou artistas da vanguarda paulista como Arrigo Barnabé, entre outros.
Em 1985, foi o terceiro colocado no Festivais dos Festivais (TV Globo), com “Verde” (c/ Costa Netto). A canção, que projetou nacionalmente a intérprete Leila Pinheiro, foi incluída no LP do festival e foi regravada pela cantora em seu primeiro LP “Olho nu”, lançado no ano seguinte.
Ainda na década de 1980, compôs com Arrigo Barnabé e Roberto Riberti “Cidade oculta”, música que foi tema do filme homônimo de Roberto Faria.
Na década de 1990, dedicou-se mais à produção, tendo sido responsável pelo disco “Beth Carvalho canta o samba de São Paulo”, com o qual ganhou, em 1994, o Prêmio Sharp de Melhor Disco de Samba.
Em 1997, retornou aos palcos, com o show “Eduardo Gudin & Notícias dum Brasil apresenta”, ao lado do parceiro Guinga e de Hermeto Pascoal.
No ano seguinte, lançou pela RGE “Notícias dum Brasil – pra tirar o chapéu”.
Sua obra conta com parcerias com Paulo César Pinheiro, Costa Netto, Hermínio Belo de Carvalho, Paulo Vanzolini, Roberto Riberti, Aldir Blanc, Paulinho da Viola, Elton Medeiros, Arrigo Barnabé, Cacaso e Guinga, entre outros, e foi registrada por diversos artistas, incluindo Gal Costa e Clara Nunes.
Em 2001, lançou, com Fátima Guedes, o CD “Luzes da mesma luz”, assinando todos os arranjos. A seu lado, na base da gravação, Lito Robledo (baixo) e Toninho Pinheiro (bateria). No repertório, suas composições “Estrela do norte” (c/ J. C. Costa Netto), “Das flores”, “Verde” (c/ J. C. Costa Netto), “Neo-Brasil”, “Paulista” (c/ J. C. Costa Netto), “Ângulos” (c/ Arrigo Barnabé e Caetano Veloso), “Obrigado”, “Mordaça” (c/ Paulo César Pinheiro), “Canção serena”, “Ainda mais” (c/ Paulinho da Viola), “Apaixonada” (c/ Aluízio Falcão) e “Velho ateu” (c/ Roberto Riberti), além da faixa-título (c/ Sérgio Natureza) e da “Abertura”. O encarte do disco apresenta reproduções de obras do artista plástico Cláudio Tozzi. Nesse mesmo ano, realizou show de lançamento do disco no Sesc Vila Mariana (SP), que apoiou o projeto do disco, que foi gravado no estúdio desse espaço.
Sua parceria com Costa Netto foi celebrada por Márcia Tauil, em 2003, no CD “Sementes no vento”, para o qual a cantora selecionou as canções “Antigos sinais”, “Mensagem”, “Ensaio do dia”, “Poeta maior”, “Samba de verdade”, “Conciliar”, “Nossos caminhos”, “Paulista”, “Verões virão”, “Verde”, “Coração aberto”, “O carnaval de cada dia” e a faixa-título.
Em 2006, lançou o CD “Um jeito de fazer samba”, contendo suas composições “Boa maré” (c/ Paulo César Pinheiro), “Sempre se pode sonhar” (c/ Paulinho da Viola), “Jerônimo” (c/ Carlos Mello), “Euforia” (c/ Nelson Cavaquinho e Roberto Riberti), “Mundo” (c/ Elton Medeiros), “Sensação” (c/ Luiz Tatit), “Moto perpétuo” (c/ Francis Hime), “Gostei de ver” (c/ Luiz Carlos da Silva Ramos), “Um jeito de fazer samba” (c/ J.C. Costa Netto), “O amor e eu”, “Praça 14 Bis”, “Vida dá”, “Acendeu” e “Desprevenido”.
Como violonista e arranjador, lançou em 2009, ao lado de Leila Pinheira, o CD “Pra iluminar”, gravado ao vivo no Teatro da Fundação de Comércio Álvares Penteado (Fecap), em São Paulo. No repertório, suas canções “Sempre se pode sonhar” e “Ainda mais”, ambas com Paulinho da Viola, “O amor veio me visitar” e “O velho ateu”, ambas com Roberto Riberti, “Chorei” (c/ Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro), “Mente” (c/ Paulo Vanzolini), “Mordaça” (c/ Paulo César Pinheiro), “Luzes da mesma luz” (c/ Sérgio Natureza), “Praça 14 Bis”, “O amor e eu”, “Obrigado”, “Neo-Brasil”, “Vida dá”, “Verde” (c/ Costa Netto) e a faixa-título, entre outras. Ao lado de Leila Pinheiro, fez show de lançamento do disco no Teatro Rival (RJ).
No ano de 2008 remontou o espetáculo “O Importante é que a Nossa Emoção Sobreviva”, apresentado e gravado ao vivo pelo projeto “Virada Cultural Paulistana”. Na ocasião, foram compilados os LPs 1 (1975) e 2 (1976) do referido espetáculo. Dois anos depois, em 2010, apresentou-se no Rio de Janeiro, no auditório do BNDES, acompanhado por seu grupo Notícias Dum Brasil. No repertório, clássicos de seu cancioneiro, como “E lá se vão meus anéis”, “Maior é Deus” e “Mordaça”, todas com Paulo César Pinheiro, “Ainda mais” (c/ Paulinho da Viola), “Estrela” (c/ Elton Medeiros), “Euforia” (c/ Nelson Cavaquinho e Roberto Riberti) e “Verde” (c/ J. C. Costa Netto), entre outros.
No ano de 2022 lançou o CD “Valsas, choros e canções”, com cinco faixas inéditas, sendo essas “Arrebentação” (c/ Paulo César Pinheiro), “Fábula” (c/ Sergio Natureza), “Jacob”, “O velho e o rio” (c/ Marco Antônio da Silva Ramos), “Recordação de mim” (c/ Cacaso). O disco foi integralmente gravado com a adesão da pianista Naila Gallotta e da violinista e violonista Léla Simões; e ainda contou com a participação especial do cantor Renato Brás em “Luzes da mesma luz” (Eduardo Gudin e Sergio Natureza).
No ano de 2025, em comemoração aos 50 anos de lançamento do emblemático LP “O Importante é que a Nossa Emoção Sobreviva”, gravado ao vivo, em parreira com a cantora Márcia e o poeta Paulo César Pinheiro, o show foi refeito, desta vez fazendo parte da “Virada Cultural Paulistana”, sendo remontado no Teatro Municipal de São Paulo, desta vez com um elenco diferente, no qual constaram Eduardo Gudim (vioLão e arranjos), Cláudio Nucci (cantor, ocupando o lugar de Paulo César Pinheiro), Léla Simões (cantora, ocupando o lugar de Márcia), Elisa Gudin (cantora e filha de Eduardo Gudin), e o conjunto Baba de Quiabo, tendo o rapper Rappin’Hood à frente improvisando versos para o ocasião. O espetáculo também contou com a participação especial da cantora Márcia interpretando as composições “Refém da solidão” (Baden Powell e Paulo César Pinheiro), “Veneno” (Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro) e “Ingênuo” (Pixinguinha e Paulo César Pinheiro).
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
CAMPOS, Conceição. A letra brasileira de Paulo César Pinheiro: uma jornada musical. Rio de Janeiro: Editora Casa da Palavra, 2009.
SEVERIANO, Jairo e HOMEM DE MELLO, Zuza. A canção no tempo vol. 2. São Paulo: Editora 34, 1998.