4.001
© Fabiana Pinheiro/Divulgação
Nome Artístico
Eduardo Dussek
Nome verdadeiro
Eduardo Gabor Dusek
Data de nascimento
1/1/1958
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Cantor. Compositor. Pianista. Diretor Musical. Ator. Teatrólogo.

Cursou a Escola Nacional de Música.

Em 2014 recebeu o diagnóstico de mal de Parkinson.

Dados artísticos

Iniciou sua carreira artística aos 15 anos de idade, atuando como pianista em peças teatrais. Mais tarde, começou a compor e no final da década de 1970 teve suas primeiras parcerias com Luiz Carlos Góes gravadas por outros artistas.

Em 1978, lançou um compacto simples contendo suas composições “Não tem perigo” e “Apelo da raça”, ambas em parceria com Cássio Ferrer.

Caracterizando-se pelo estilo satírico e bem-humorado, em 1980 participou do “Festival MPB Shell”, da Rede Globo, com sua composição “Nostradamus”. No ano seguinte, em 1981, gravou seu primeiro LP,  “Olhar brasileiro”, contendo suas composições “O pão”, “Chocante”, “Iracema Brasil”, “Olhar brasileiro”, “A coitadinha” e “Folia no matagal”, todas com Luiz Carlos Góes, “Injuriado”, “Nostradamus”, “Singapura”, “Ave” (c/ Luiz Antônio de Cássio) e “A deputada caiu”. Também em 1981, participou da nova edição do “Festival MPB Shell”, no qual inscreveu sua música “Valdirene, a paranormal” (c/ Luiz Carlos Góes) mas, apresentou-se com outra música da mesma parceria, “Barrados no baile”, fato que provocou sua desclassificação do evento.

No ano de 1982, lançou o LP “Cantando no banheiro”, com destaque para “Rock da cachorra”, de Léo Jaime, e “Barrados no baile”, além de outras parcerias com Luiz Carlos Góes (“Não minta vovó”, “O problema do nordeste (Caatingatur)” e “Quero te beber no gargalo”), “Enfant terrible”, de Tavinho Paes e Léo Jaime, e suas canções “Cantando no banheiro”, “Me dá Copacabana”,”Luzes na estrada” e “Cabelos negros”, as duas últimas em parceria com Luiz Antônio de Cássio.

Em 1984, gravou o LP “Brega chique”, com destaque para a faixa-título, que ficou conhecida como “Doméstica”, e sua elogiada interpretação de “Serra da Boa Esperança” (Lamartine Babo) e contendo também “Maldito dinheiro” (Gilvan Gomes e Alex Podre), “Recebi seu bilhetinho” (Herbert Vianna), “Soraia” (Zé Mulato, Aristeu e Barreirito), “O crápula” (Herbert Vianna), “Oh! My darling Bezerrão” (Selvagem Big Abreu, Cláudio Killer e Léo Jaime), “Londrina” (Arrigo Barnabé) e “Qual?”, versão de Luiz Carlos Góes para “Why” (B.Cropton e T.Sheridan), além das autoarais “Lua my love”, “Saga”, ambas com Luiz Carlos Góes, “Espaço carioca” (c/ Luiz Antônio de Cássio) e “Ele não sabia de nada (Picadilly rock)”. No ano posterior, em 1985, participou como artista convidado, ao lado do compositor Braguinha, da cantora Miúcha e do conjunto Coisas Nossas, do espetáculo “Yes, nós temos Braguinha”, com roteiro e direção de Ricardo Cravo Albin, realizado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro por ocasião da entrega do “Prêmio Shell de MPB” ao compositor Braguinha, destacando-se por sua interpretação de “Laura”.

Em 1986 lançou o LP “Dusek na sua” no qual registrou de sua parceria com Luiz Carlos Góes “Lincharam o viajante espacial, “A índia e o traficante”, “Aventura”, “Destino de aventureiro”, “Rango”, “Samba heavy (Enredo metal)”, “Eu velejava em você”, A loura do carteado”, “Valdirene, a paranormal”, “Rio by night” (c/ Josemar Ribeiro) e “Classificados desclassificados”, além de “Não explique” e “Moderno pássaro andante”, ambas com Luiz Antônio de Cássio, e “Alô alô Brasil” (c/ Roque da Conceição). Nesse mesmo ano, realizou uma participação especial no LP “Abra seus olhos”, de Erasmo Carlos, interpretando a faixa “Análise descontraída” (Roberto Carlos e Erasmo Carlos).

No ano de 1989, integrou o elenco do musical “Loja de horrores”.

Dois anos depois, em 1991, gravou o LP “Contatos”, contendo “Lua sonora”, “Adeus às ilusões”, “Estrela da mata”, “Blue jeans”, “Contatos”, “Deixa rolar”, “Sou eu” (c/ Isolda) e “Amizade”, além de “Eu nasci há dez mil anos atrás” (Raul Seixas e Paulo Coelho). Participou dos songbooks: Noel Rosa na faixa “Quem dá mais”;  Gilberto Gil (faixa “Realce”, ao lado de Sandra de Sá); Dorival Caymmi (faixa “O que é que eu sou”, de Dorival Caymmi e Antônio Almeida); Tom Jobim (faixa “Sabiá”, de Tom Jobim e Chico Buarque, ao lado de Leandro Braga); Djavan (faixa “Esfinge”, ao lado de Leandro Braga); Chico Buarque (faixas “Trocando em miúdos”, de Chico Buarque e Francis Hime, e “Bárbara”, de Chico Buarque e Ruy Guerra) e João Donato (faixa “É proibido afinar o piano”, de João Donato e Nilo Batista).

Ainda na década de 1990, dedicou-se à direção de eventos e shows, assinando espetáculos de diversos artistas, como Gang 90, Amado Batista, Roberta Miranda e Mara Maravilha, entre outros.

Em 1994, lançou o CD “Apocalipse elegante”. Neste mesmo ano, comandou o programa “Alô Brasil Bar” (Rede Manchete), produzido por Maurício Sherman. Dois anos depois, em 1996, integrou o elenco da novela “Xica da Silva”, de Válter Avancini, realizada pela mesma emissora. No ano seguinte, em 1997, gravou no CD “Tributo a Dalva de Oliveira”, interpretando “Olhos verdes” (Vicente Paiva), do repertório da cantora.

Em 1998, participou, ao lado de outros artistas, do CD “Balaio do Sampaio”, gravando a faixa “Velho bode”, uma parceria de Sérgio Sampaio com Sérgio Natureza, que assinou a produção musical do disco.

Em 2000, por questões de numerologia e também com o objetivo de provocar a pronúncia correta de seu nome, passou a atuar com o nome artístico de Eduardo Dussek, adicionando mais um “s” ao seu sobrenome. Nesse mesmo ano, lançou o CD “Adeus batucada”, interpretando 24 sucessos de Carmen Miranda e duas músicas que compôs em homenagem à cantora: “Alô, Alô, Brasil!” e “Rap da Carmen”. No disco, o cantor atua nos teclados e tem a seu lado o percussionista Beto Cazes e o saxofonista Chico Costa. No ano seguinte, em 2001, estreou, no Centro Cultural Banco do Brasil (RJ), o espetáculo musical “Carmen Miranda by Dussek”, baseado no disco homônimo, com o qual se exibiu posteriormente no Teatro Arena, em Copacabana (RJ) com sucesso de público, sempre acompanhado pelo saxofonista Chico Costa e pelo percussionista Beto Cazes. Nesse mesmo ano, organizou, selecionou o repertório e assinou o texto de apresentação do songbook de Carmen Miranda, lançado pela Editora Vitale, contendo uma biografia em edição bilíngüe (português e inglês), cifras para violão e o CD “Adeus batucada”, gravado pelo cantor.

Em 2002, foi convidado para realizar a preparação cênica do grupo Cantores do Chuveiro, integrado por cantores amadores que haviam obtido grande sucesso com o espetáculo “100 anos de MPB”, de Ricardo Cravo Albin. Nesse mesmo ano, dirigiu o show “Luz, ação… Chuveiro”, apresentado pelos grupo no Teatro de Arena (RJ), cujo roteiro incluiu músicas do cinema brasileiro.

Em 2009 lançou, pelo próprio selo independente Sol Mucial Arte o CD “O tao de Dussek”, uma coletânea com sucessos de sua carreira e algumas músicas inéditas. O trabalho, dirigido e produzido pelo próprio Dussek, contou com 20 faixas gravadas e regravadas pelo artista e sua banda Copacabanda, sendo inlcuídas as faixas “Felicidade inevitável- Todo mundo nú II)”, “Baixaria, não!”, “Rock da cachorra” (Leo Jaime), “Injuriado”, “Marketinlização” (c/ Luis Antonio de Cássio), “Inadimplente astral”, “Fome e fantasia”, “Barrados no baile” (c/ Luis Carlos Góes), “Vou beijar sua boca” (c/ Paulo Zdan), “Minha praia é você” (c/ Isolda), “Aventura – Luz de Velas” (c/ Luis Carlos Góes), “Cabelos negros””(c/ Luis Antonio de Cássio), “Catando no banheiro”, “Singapura”, “Chocante” (c/ Luis Carlos Góes), “Pilosofia vurtuguesa” (c/ Valerio Wizz), “Brega chique – Doméstica” (c/ Luis Carlos Góes), “Nostradamus”, “Todo mundo nú – Marcinha raspadinha” e “Folia no matagal” (c/ Luis Carlos Góes).

Em 2011, gravou, no Teatro Oi Casa Grande (RJ), o primeiro DVD de carreira, com a participação especial de Ney Matogrosso e de Preta Gil, e direção de Darcy Burger. Lançado também em CD, o projeto teve parceria da Deck Discos com o Canal Brasil.

Em 2016 teve a obra relida pela cantora Silvia Machete no show “Machete veste Dussek”

No ano de 2018 foi o convidado especial da cantora Silvia Machete em show no “Projeto Musical das Sete”, noTeatro Riachelo, no centro do Rio de Janeiro.

Constam da relação dos intérpretes de suas canções artistas como As Frenéticas (“Vesúvio”), Maria Alcina (“Folia no Matagal”), Marília Pêra (“Alô, alô, Brasil!”), Cida Moreira (“Singapura”) e Ney Matogrosso (“Seu tipo” e “Folia no matagal”), entre outros.

Sua música “Folia do matagal” recebeu elogios do crítico José Ramos Tinhorão, que a considerou uma “marchinha legítima”.

Em 2024 ganhou homenagem na sexta edição do Prêmio Prio do humor, no Teatro Prio, no Rio de Janeiro. No decorrer da cerimônia o compositor e humorista recebeu homenagens de diversos diretores e humoristas.

 

Discografias
2011 Deckdisc CD Dussek É Show Ao Vivo

Lançamento Digital

2011 Eduardo Dussek é show (Eduardo Dussek) – Canal Brasil/Deck Discos – DVD, CD
2009 SOL MUSICAL ARTE CD O tao de Dussek
2000 Vitale Records CD Adeus batucada. Eduardo Dussek sings Carmen Miranda
1999 Lumiar Discos CD Songbook Chico Buarque

(Participações:) (Faixas:"Trocando em miúdos" e "Bárbara")

1999 Lumiar Discos CD Songbook João Donato

(Participações:) (Faixa:"É proibido afinar o piano")

1998 MZA/Polygram CD Balaio do Sampaio

(Participações:) Vários artistas. (Faixa:"Velho bode")

1997 Lumiar Discos CD Songbook Djavan

(Participações:) (Faixa:"Esfinge")

1997 Albatroz CD Tributo a Dalva de Oliveira

(Participações:) Vários artistas. (Faixa:"Olhos verdes")

1996 Lumiar Discos CD Songbook Tom Jobim

(Participações:) (Faixa:"Sabiá")

1994 Polydor CD Apocalipse elegante
1994 Lumiar Discos CD Songbook Dorival Caymmi

(Participações:) (Faixa:"O que é que eu sou")

1992 Lumiar Discos CD Songbook Gilberto Gil

(Participações:) (Faixa:"Realce")

1991 Eldorado LP Contatos
1991 Lumiar Discos CD Songbook Noel Rosa

(Participações:) (Faixa "Quem dá mais")

1986 Polydor LP Abra seus olhos. Erasmo Carlos

(Participações:) (Faixa:"Análise descontraída")

1986 Polydor LP Dusek na sua
1984 Polydor LP Brega chique
1982 Polydor LP Cantando no banheiro
1981 Polydor LP Olhar brasileiro
1978 RCA Victor Não tem perigo/Apelo da raça
Obras
A coitadinha (c/ Luiz Carlos GÓes)
A deputada caiu
A loura do carteado (c/ Luiz Carlos Góes)
A índia e o traficante (c/ Luiz Carlos Góes)
Adeus às ilusões
Alô alô Brasil (c/ Roque da Conceição)
Amizade
Amor e bombas
Apelo da raça (c/ Cássio Ferrer)
Ave (c/ Luiz Antônio de Cássio)
Aventura (c/ Luiz Carlos Góes)
Aventura Luz de Velas (c/ Luis Carlos Góes)
Baixaria, não!
Barrados no baile (c/ Luiz Carlos Góes)
Blue jeans
Brega-chique (c/ Luiz Carlos Góes)
Cabelos negros (c/ Luiz Antônio de Cássio)
Cantando no banheiro
Chocante (c/ Luiz Carlos Góes)
Classificados desclassificados (c/ Luiz Carlos Góes)
Contatos
Deixa rolar
Destino de aventureiro (c/ Luiz Carlos Góes)
Doméstica (c/ Luís Carlos Góes)
Ele não sabia de nada (Picadilly rock)
Espaço carioca (c/ Luiz Antônio de Cássio)
Estrela da mata
Eu velejava em você (c/ Luiz Carlos Góes)
Felicidade inevitável Todo mundo nú II
Folia no matagal (c/ Luiz Carlos Góes)
Fome e fantasia
Happy hour (c/ Luís Carlos Góes)
Inadimplente astral
Injuriado
Iracema Brasil (c/ Luiz Carlos Góes)
Lincharam o viajante espacial (c/ Luiz Carlos Góes)
Lua my love (c/ Luiz Carlos Góes)
Lua sonora
Luzes na estrada (c/ Luiz Antônio de Cassio)
Marketinlização (c/ Luis Antonio de Cássio)
Me dá Copacabana
Minha praia é você (c/ Isolda)
Moderno pássaro andante (c/ Luiz Antônio de Cássio)
Nostradamus
Não explique (c/ Luiz Antônio de Cássio)
Não minta vovó (c/ Luiz Carlos Góes)
Não tem perigo (c/ Cássio Ferrer)
O problema do nordeste (c/ Luiz Carlos Góes)
O pão (c/ Luiz Carlos Góes)
Olhar brasileiro (c/ Luiz Carlos Góes)
Pilosofia vurtuguesa (c/ Valerio Wizz)
Que rei sou eu? (c/ Luís Carlos Góes)
Quero te beber no gargalo (c/ Luiz Carlos Góes)
Rango (c/ Luiz Carlos Góes)
Rio by night (c/ Luiz Carlos Góes e Josemar Ribeiro)
Rock da cachorra (Léo Jaime)
Saga (c/ Luiz Carlos Góes)
Samba heavy (c/ Luiz Carlos Góes)
Singapura
Sou eu (c/ Isolda)
Todo mundo nú Marcinha raspadinha
Valdirene, a paranormal (c/ Luiz Carlos Góes)
Vou beijar sua boca (c/ Paulo Zdan)
Shows
Carmen Miranda. Centro Cultural Banco do Brasil e Teatro de Arena, Rio de Janeiro.
Yes, nós temos Braguinha. Eduardo Dussek, Miúcha e Coisas Nossas. Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.

CHAVES, Xico e CYNTRÃO, Sylvia. “Da Paulicéia à Centopéia Desvairada – As Vanguardas e a MPB”. Rio de Janeiro: Elo Editora, 1999.