Compositor. Instrumentista. Arranjador. Cantor.
Filho do compositor Fernando Lobo e de Maria do Carmo Lobo. Pai do compositor e cantor Bena Lobo. Iniciou seus estudos musicais na Academia George Brass, onde estudou acordeon, dos oito aos 14 anos de idade. Estudante do Colégio Santo Inácio, costumava passar as férias na casa de seus tios, em Recife, onde tomou contato com a cultura local, que exerceu forte influência sobre a música que viria a fazer mais tarde. Ainda adolescente, interessou-se pelo violão, recebendo as primeiras noções do instrumento através do compositor Teo de Barros, seu amigo de infância. Mais tarde, estudou com a pianista Vilma Graça. Cursou até o 3º ano de Direito na PUC-Rio.
Em 1962, gravou seu primeiro disco, um compacto duplo contendo “Balancinho”, “Sofri, amor” e “Amor de ilusão”, canções de sua autoria, bem na linha intimista da bossa nova. O texto de contracapa foi assinado por Vinicius de Moraes, com quem compôs nesse ano “Só me fez bem”, que consolidou seu nome entre os novos compositores da segunda geração da bossa nova. Em seguida, passou a trabalhar também uma temática mais social, sob a influência de Sérgio Ricardo, João do Vale, Carlos Lyra e Ruy Guerra, com quem compôs “Canção da terra”, “Reza” e “Aleluia”.
Em 1963, compôs a trilha sonora de “Os Azeredos e os Benevides”, peça teatral de Oduvaldo Viana Filho, com destaque para a canção “Chegança” (c/ Oduvaldo Viana Filho), canção que obteve grande repercussão na época.
No ano seguinte, sua música “Borandá”, foi incluída no espetáculo “Opinião”. Ainda em 1964, foi convidado para compor a trilha sonora de “Arena conta Zumbi”, peça teatral de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal, realizada a partir de sua canção “Zambi” (c/ Vinicius de Moraes). O espetáculo estreou no Teatro de Arena de São Paulo, no ano seguinte. A canção “Upa neguinho”, composta para o espetáculo, alcançou grande sucesso mais tarde, na interpretação de Elis Regina.
Ainda em 1965, venceu o I Festival Nacional de Música Popular Brasileira (TV Excelsior), com “Arrastão” (c/ Vinicius de Moraes), defendida por Elis Regina. O prêmio projetou nacionalmente o compositor e sua intérprete. Foi finalista, no mesmo evento, com a canção “Aleluia” (c/ Ruy Guerra). Em seguida, seu primeiro LP, “A música de Edu Lobo por Edu Lobo”, gravado no ano anterior com produção de Aloysio de Oliveira, foi lançado no mercado pela Elenco. A distribuição foi retardada para que as canções “Aleluia” e “Arrastão”, incluídas no disco, continuassem inéditas até o momento do festival. Também nesse nesse ano, apresentou-se, ao lado de Nara Leão, Tamba Trio e Quinteto Villa-Lobos, sob a direção de Aloysio de Oliveira, no show “5 na bossa”, realizado na casa noturna Zum Zum (RJ). O show gerou um disco homônimo. Contratado nessa época pela TV Record, atuou em programas semanais transmitidos pela emissora, participando ainda dos espetáculos realizados no Teatro Paramount (SP).
Em 1966, participou do II Festival da Música Popular Brasileira (TV Record) com “Jogo de roda” (c/ Ruy Guerra) e classificou a canção “Canto triste” (c/ Vinicius de Moraes) entre as finalistas do I Festival Internacional da Canção (TV Globo), na interpretação de Elis Regina. Nesse mesmo ano, musicou “Berço de herói”, peça teatral de Dias Gomes, nunca encenada por ter sido proibida pela Censura Federal. Também em 1966, gravou com a cantora Maria Bethânia o LP “Edu e Bethânia” e dividiu o palco do Teatro Santa Rosa (RJ) com Sylvinha Telles, Tamba Trio e Quinteto Villa-Lobos, sob a direção de Aloysio de Oliveira. O espetáculo gerou a gravação de um disco ao vivo intitulado “Reencontro”. Ainda nesse ano, realizou uma turnê de shows pela Europa, ao lado de Marli Tavares, Salvador Trio e Rosinha de Valença. O grupo apresentou-se em várias cidades da Alemanha, participou do Festival de Jazz de Berlim e fechou a temporada com um show no Teatro dos Champs Elysées, em Paris, onde o compositor permaneceu por quatro meses. Nesse período, compôs a trilha sonora de um filme sobre a Revolução Francesa.
De volta ao Brasil em 1967, participou do II Festival Internacional da Canção (TV Globo), com “Maré morta”, e venceu o III Festival da Música Popular Brasileira (TV Record), com “Ponteio” (c/ Capinam), que interpretou com Marília Medalha, o grupo vocal Momento Quatro e o Quarteto Novo, formado por Hermeto Pascoal, Teo de Barros, Airto Moreira e Heraldo do Monte. Ainda nesse ano, lançou o LP “Edu”.
Em 1968, classificou em 2º lugar no IV Festival de Música Popular Brasileira (TV Record) “Memórias de Marta Saré” (c/ Gianfrancesco Guarnieri). Nesse mesmo ano, gravou o LP “Edu canta Zumbi”, lançado pela gravadora Philips. Participou, ainda, da Bienal do Samba (SP), com “Rainha Porta Bandeira” (c/ Ruy Guerra).
Compôs a trilha de “Marta Saré”, peça teatral de Gianfrancesco Guarnieri que estreou em 1969 no Teatro São Pedro (SP), com destaque para a canção-tema “Memórias de Marta Saré”. O espetáculo, com direção de Fernando Torres, foi encenado por um elenco encabeçado por Fernanda Montenegro e Antônio Fagundes. Ainda nesse ano, participou do Mercado Internacional do Disco e Editores Musicais (Midem), em Cannes. Em abril de 1969, casou-se com a cantora Wanda Sá, com quem se transferiu para os Estados Unidos, fixando residência durante dois anos em Los Angeles. Nesse período, estudou harmonia e teoria musical com Albert Harris e fez um curso de trilhas de cinema com o compositor Lalo Schiffrin. Participou, como compositor, cantor e instrumentista, do disco de Paul Desmond intitulado “In the hot afternoon”, produzido por Creed Taylor, com músicas de sua autoria e de Milton Nascimento.
Em 1970, gravou o LP “Sergio Mendes presents Lobo”, lançado pela A&M Records. O disco foi relançado em CD, em 1999, pela Verve, na série “By Request”. Nesse mesmo ano, lançou o LP “Cantiga de longe”, gravado em Los Angeles, com a participação de Wanda Sá, Hermeto Pascoal, Airto Moreira, Claudio Slon e Oscar Castro Neves. Sua composição foi se tornando mais elaborada, em função de seu aprimoramento teórico. É dessa fase a produção de “Missa Breve”.
Em 1971, voltou para o Brasil. Passou a atuar também como compositor de trilhas sonoras para Cinema e Teatro. Compôs a trilha sonora de “Barão Otelo no barato dos milhões”, filme de Miguel Borges. Atuou como compositor e arranjador de “Woyzeck”, peça teatral de Georg Büchner dirigida por Marilda Pedroso, encenada no Teatro Casa Grande (RJ). Assinou, ainda, os arranjos musicais para um disco gravado por Marília Medalha e Vinicius de Moraes.
Em 1973, foi responsável pela orquestração das músicas de “Calabar ou o elogio da traição”, peça teatral de Chico Buarque e de Ruy Guerra, cuja estréia foi proibida pela Censura Federal. Ainda nesse ano, gravou o LP “Edu Lobo”, contendo no lado 1 as canções “Vento bravo” (c/ Paulo Cesar Pinheiro), “Viola fora de moda” (c/ Capinam), “Porto do sol” (c/ Ronaldo Bastos), “Zanga zangada” (c/ Ronaldo Bastos) e “Dois coelhos” (c/ Ruy Guerra), e no lado 2 a “Missa breve”, escrita em Los Angeles, contendo “Kyrie”, “Glória”, “Incelensa” (c/ Ruy Guerra), “Oremus” e “Libera nos”.
Em 1974, foi contratado como compositor de trilhas sonoras pela TV Globo, tendo sido responsável por doze episódios série “Caso especial”. No ano seguinte, compôs, com Gianfrancesco Guarnieri, as canções para o show “Me dá um mote”, apresentado em várias capitais brasileiras. Em seguida, assinou, com Vinicius de Moraes, a trilha sonora de “Deus lhe pague”, peça teatral de Joracy Camargo, adaptada para uma produção musical feita por Millôr Fernandes. A trilha foi registrada em LP homônimo, lançado pela gravadora EMI.
Em 1976, lançou o LP “Limite das águas”, registrando músicas do show “Me dá um mote”, além de canções com o novo parceiro Cacaso (Antônio Carlos de Brito).
No ano seguinte, apresentou-se em turnê pela Alemanha, promovendo “Limite das águas”, que foi lançado no exterior pela etiqueta MPS.
Em 1978, gravou o LP “Camaleão”, lançado no Brasil e no Japão pela Philips/PolyGram.
No ano seguinte, escreveu a trilha musical de “Barra pesada”, filme de Reginaldo Farias, premiada no Festival de Cinema de Gramado (RS).
Em 1980 lançou, pela Philips/PolyGram, o LP “Tempo presente”. Ainda nesse ano, escreveu e compôs a música para o balé “Jogos de dança”, do Teatro Guaíra de Curitiba, lançada em disco pela gravadora Som Livre.
Em 1981 gravou, com Antonio Carlos Jobim, o LP “Edu & Tom – Tom & Edu “.
No ano seguinte, compôs, em parceria com Chico Buarque, a música do espetáculo “O grande circo místico”, gravada em LP homônimo lançado pela Som Livre, com a participação de Gal Costa, Tom Jobim, Gilberto Gil, Jane Duboc, Simone, Zizi Possi,Tim Maia, Milton Nascimento, Regininha e Zé Luiz, entre outros artistas.
Em 1984, musicou os filmes “O cavalinho azul”, de Eduardo Escorel, e “Imagens do inconsciente”, de Leon Hirshman.
Voltou a trabalhar com Chico Buarque nas trilhas sonoras de “O corsário do rei” (1985) e “Dança da meia-lua” (1988), ambas lançadas em disco pela gravadora Som Livre.
Em 1988 participou, acompanhado pelo violonista Paulo Belinatti, do projeto “Ao meio-dia”, realizado no Teatro João Theotônio, entrevistado por Ricardo Cravo Albin. O espetáculo obteve muito sucesso, sendo o único da série a ser bisado semanas depois.
Em 1990, compôs a trilha sonora de “Rá-tim-bum”, programa infantil realizado pela TV Cultura de São Paulo, gravada em CD lançado pela Sharp.
Tendo atuado principalmente como compositor e arranjador durante a década de 1980, retomou a carreira de intérprete em 1992, gravando o CD “Corrupião”, lançado pela gravadora Velas.
Em 1994, foi contemplado com o Prêmio Shell de Melhor Compositor de Música Brasileira, pelo conjunto de sua obra.
No ano seguinte, lançou o CD “Meia noite”, ainda pela gravadora Velas, com destaque para “Perambulando”, um choro instrumental composto em homenagem a Antonio Carlos Jobim. O disco recebeu o Prêmio Sharp na categoria de Melhor Disco de Música Popular Brasileira. Ainda em 1995, a Lumiar Discos lançou o “Songbook – Edu Lobo”.
Em 1996, os discos “Cantiga de longe”, gravado nos Estados Unidos em 1971, e “Edu & Tom – Tom & Edu” foram relançados em CD no mercado brasileiro pela gravadora PolyGram.
Em 1997, compôs a trilha sonora de “Guerra de Canudos”, filme de Sérgio Resende, em que utilizou o tema que tinha composto anos antes com Cacaso, “Tema de Canudos”. Ainda nesse ano, a BMG lançou “Álbum de teatro”, disco que registrou algumas de suas parcerias com Chico Buarque para espetáculos teatrais.
Em 2001, compôs, com Chico Buarque, as músicas para o espetáculo “Cambaio”, escrito por Adriana Falcão e dirigido por João Falcão. Co-assinou os arranjos com Chiquinho de Moraes para o lançamento da trilha sonora em CD, que contou com a participação de músicos como Cristóvão Bastos, Jurim Moreira, Marcio Montarroyos, Jaques Morelenbaum, Eduardo Morelenbaum, Lúcia Morelembaum e Andréa Ernest Dias, entre outros. No repertório, suas composições instrumentais “Quase memória” e “A fábrica” e as parcerias com Chico Buarque na faixa-título, interpretada por Lenine, “Uma canção inédita” e “Ode aos ratos” interpretadas por Chico Buarque, “Lábia”, interpretada por Zizi Possi e “Veneta”, interpretada por Gal Costa, além de “A moça do sonho”, “Noite de verão” e “Cantiga de acordar”, em sua interpretação, sendo a última ao lado de Chico Buarque e Zizi Possi. Também nesse ano, foi convidado para participar de um espetáculo em Tel Aviv, onde se apresentou com a Filarmônica de Israel, sob a regência do Maestro Nelson Ayres, com a participação da cantora Jane Duboc.
Em 2002, recebeu, com Chico Buarque, o Grammy Latino, na categoria MPB, pelo CD “Cambaio”.
Em 2005, apresentou-se no Centro Cultural Belém, em Lisboa, para uma platéia de 800 pessoas, sendo aplaudido de pé durante dez minutos consecutivos. Nesse mesmo ano, fez shows no Mistura Fina (RJ), acompanhado de Cristóvão Bastos (direção musical, arranjos e piano), Jorge Helder (baixo) e Rafael Barata (bateria).
Lançou, em 2007, o DVD “Vento bravo”, contendo o registro do show realizado no início de 2005 no Mistura Fina (RJ) e também um documentário com roteiro e direção de Beatriz Thielmann e Regina Zappa, e fotografia de Walter Carvalho. Ainda em 2007, a Som Livre lançou a coletânea “O melhor de Edu Lobo”, da série “Brasil Sempre”, contendo os fonogramas originais de suas composições “Borandá”, “Chegança” (c/ Oduvaldo Viana Filho), “Reza” (c/ Ruy Guerra), “Arrastão” (c/ Vinicius de Moraes) e “Aleluia” (c/ Ruy Guerra), todas com a participação especial do Tamba Trio, “Cirandeiro” (c/ Capinam) e “Pra dizer adeus” (c/ Torquato Neto), ambas com a participação especial de Maria Bethânia, “Corrida de Jangada” (c/ Capinam), com a participação do quarteto 004, “Ponteio” (c/ Capinam), “Vento bravo” (c/ Paulo César Pinheiro), “Viola fora de moda” (c/ Capinam), “Upa, Neguinho” (c/ Gianfrancesco Guarnieri), “Candeias”, “No Cordão da Saideira”, “Canto triste” (c/ Vinicius de Moraes), “Casa Forte”, “Jogo de Roda” (c/ Ruy Guerra) e “Rancho de Ano Novo” (c/ Capinam). Ainda em 2007, a Som Livre lançou a coletânea “O melhor de Edu Lobo”, da série “Brasil Sempre”, contendo os fonogramas originais de suas composições “Borandá”, “Chegança” (c/ Oduvaldo Viana Filho), “Reza” (c/ Ruy Guerra), “Arrastão” (c/ Vinicius de Moraes) e “Aleluia” (c/ Ruy Guerra), todas com a participação especial do Tamba Trio, “Cirandeiro” (c/ Capinam) e “Pra dizer adeus” (c/ Torquato Neto), ambas com a participação especial de Maria Bethânia, “Corrida de Jangada” (c/ Capinam), com a participação do quarteto 004, “Ponteio” (c/ Capinam), “Vento bravo” (c/ Paulo César Pinheiro), “Viola fora de moda” (c/ Capinam), “Upa, Neguinho” (c/ Gianfrancesco Guarnieri), “Candeias”, “No Cordão da Saideira”, “Canto triste” (c/ Vinicius de Moraes), “Casa Forte”, “Jogo de Roda” (c/ Ruy Guerra) e “Rancho de Ano Novo” (c/ Capinam). No dia 19 de Dezembro de 2007, foi homenageado no Instituto Cultural Cravo Albin, encerrando a série “Sarau da Pedra”, projeto realizado com patrocínio da Repsol YPF e apoio da gravadora Biscoito Fino. No evento, foi afixada no Mural da Música do instituto, diante da presença de várias personalidades da cena cultural carioca, uma placa com seu nome, a ele dedicada pela relevância de sua obra musical. Produzida por Heloisa Tapajós e Andrea Noronha, a comemoração contou com palestra do crítico musical Antonio Carlos Miguel e um show realizado por Mauro Senise (sax e flauta), Itamar Assiere (teclado) e Paulo Russo (contrabaixo), com músicas de autoria do compositor homenageado.
Em 2010, lançou o CD “Tantas marés”, contendo suas composições “Coração cigano”, “Primeira cantiga”, “Tantas Marés (Ex – Vestígios)”, “Qualquer caminho”, “Dança do corrupião” e “Perambulando”, todas em parceria com Paulo César Pinheiro, “Ode aos ratos”, “Ciranda da bailarina”, “A bela e a fera “ e “A história de Lilly Braun”, todas com Chico Buarque, “Angu de caroço” (c/ Cacaso) e “Senhora do rio”. O disco contou com a participação de Cristóvão Bastos (produção e arranjos, e piano na faixa “Primeira cantiga”), Monica Salmaso (voz em “Primeira cantiga”), Alberto Continentino (baixo acústico em “Primeira cantiga”), Lula Galvâo (guitarra em “Ode aos ratos”), Carlos Malta (flauta em “Ode aos ratos”), Jurim Moreira (bateria em “Ode aos ratos”), Mauro Senise (sax alto e piccollo em “Angu de caroço”), José Canuto (sax alto em “Angu de caroço”), Henrique Band (sax tenor e flauta em “Angu de caroço”), Jessé Sadoc (trompete em “Angu de caroço”), Carlos Prazeres (oboé em “Qualquer caminho”), e ainda Bernardo Bessler, Daniel Guedes, Jesuína Passaroto e Marcio Mallard (em “Perambulando”). Nesse mesmo ano, fez show de lançamento do disco “Tantas marés” no Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico (RJ), tendo a seu lado os músicos Cristóvão Bastos (piano, arranjos e direção musical), Jorge Helder (contrabaixo), Lula Galvão (violão), Carlos Malta (sax e flautas), Jurim Moreira (bateria) e Mingo Araújo (percussão). Também em 2010, a cantora Vânia Bastos lançou o CD ”Na Boca do Lobo”, dedicado à sua obra musical. No repertório, as faixas “O Circo Místico” e “Meia-noite”, ambas com Chico Buarque, “Canção do amanhecer” (c/ Vinicius de Moraes), “Vento bravo” (c/ Paulo César Pinheiro), “Negro, Negro” (c/ Capinan), “Tempo presente” (c/ Joyce), “Upa, Neguinho” (c/ Gianfrancesco Guarnieri), “Casa Forte”, “No Cordão da Saideira”, “Glória” e “Gingado dobrado” (c/ Cacaso), nesta última com sua participação vocal.
Em 2011, apresentou-se no Instituto Moreira Sales (RJ), interpretando as canções da trilha sonora do musical “O Grande Circo Místico”, de sua parceria com Chico Buarque, acompanhado dos músicos Cristóvão Bastos (piano) e Carlos Malta (sopros). Nesse mesmo ano, numa parceria do Instituto Cultural Cravo Albin com o selo Discobertas, foi lançado o box “100 Anos de Música Popular Brasileira”, contendo quatro CDs duplos, com áudio restaurado por Marcelo Fróes da coleção de oito LPs da série homônima produzida por Ricardo Cravo Albin, em 1975, com gravações raras dos programas radiofônicos “MPB 100 ao vivo” realizadas no auditório da Rádio MEC, em 1974 e 1975. O compositor participou do volume 6 da caixa, com sua canção “Pra dizer adeus” (c/ Torquato Neto), na voz de Pery Ribeiro.
Em 2012, apresentou-se na casa Miranda (RJ), interpretando a trilha sonora do espetáculo musical “O Grande Circo Místico”, de sua parceria com Chico Buarque. Nesse mesmo ano, apresentou-se na casa Miranda (RJ), interpretando a trilha sonora do espetáculo musical “O Grande Circo Místico”, de sua parceria com Chico Buarque.
Lançou, em 2013, o CD “Edu Lobo e The Metropole Orkest “, gravado ao vivo, em 2011, no Teatro Beurs Van Berlage, na Holanda, com arranjos de Gilson Peranzzetta (piano e acordeom) e participação especial de Mauro Senise (flauta e sax). A orquestra atuou sob a regência do maestro Jules Buckley. Nesse mesmo ano, celebrando seu 70º aniversário, apresentou, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, o show “Edu Lobo 70 anos”, com a participação de Bena Lobo, Chico Buarque, Maria Bethânia e Monica Salmaso. Ainda em 2013, ecebeu indicação à 14ª edição do Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum MPB pelo CD “Edu Lobo & Metropole Orkest”. Também nesse ano, recebeu indicação à 14ª edição do Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum MPB pelo CD “Edu Lobo & Metropole Orkest”.Ainda em 2013, seu acervo, contendo cadernos de partituras escritas à mão, fotos de família, reportagens, cartazes e filmes em Super-8, começou a ser digitalizado pelo Instituto Antonio Carlos Jobim, com estimativa de ser disponibilizado no site em 2014.
Em 2014, o show gravado ao vivo no RJ virou o álbum “Edu 70 anos”. Com participação da Orquestra de cordas e do sexteto que costumava acompanhá-lo, o músico apresentou as faixas “Cirandeiro” e “Para dizer adeus” (ambas em dueto com Bethânia), “No cordão da saideira” e “Ponteio” (com Bena Lobo), “A mulher de cada porto”, “Coração cigano” e “Valsa brasileira” (com Monica Salmaso), “Lábia”, “Choro Bandido” e “A história de Lily Braun” (com Chico Buarque), “Chegança”, “Vento bravo”, “Ave rara”, “Noite de verão”, “Frevo diabo”, “Canto triste”, “Pé de vento”, “Beatriz” e “Na carreira”, música cantada a quatro vozes, com seus três convidados.
Nesse mesmo ano, lançou a biografia musical “Edu Lobo – São bonitas as canções”, assinada por Eric Nepomuceno. O livro trouxe curiosidades e histórias sobre a amizade e a parceria musical com Vinicius de Moraes.
No fim de 2016, foi convidado para participar de um disco em homenagem ao pianista, compositor e arranjador Luiz Eça, um dos fundadores do Tamba Trio. Ao seu lado, Dori Caymmi, Fred Eça, Igor Eça, Zé Renato e Toninho Horta.
Em 2017 lançou o disco “Dos navegantes”, junto com Romero Lubambo e Mauro Senise, pela gravadora Biscoito Fino. O trabalho contou com as regravações “A morte de Zambi” (c/ Gianfrancesco Guarnieri), “Toada” (c/ Cacaso), “Valsa Brasileira” (c/ Chico Buarque), “Na ilha de Lia, no barco de Rosa” (c/ Chico Buarque), “Valsa dos Clowns” (c/ Chico Buarque), “Gingado dobrado” (c/ Cacaso), “Cidade Nova” (c/ Ronaldo Bastos), “Dos navegantes” (c/ Paulo César Pinheiro), “Considerando” (c/ Capinan) e “O Circo Místico” (c/ Chico Buarque), além da inédita “Noturna”, de sua autoria, totalizando 11 faixas.
Em 2019, ao lado de Romero Lubambo e Mauro Senise, lançou o CD “Quase Memória”, título inspirado no romance homônimo de Carlos Heitor Cony. Participaram do CD Cristóvão Bastos (piano), Kiko Horta (acordeão), Bruno Aguilar (contrabaixo) e Jurim Moreira (bateria), e no repertório, além da faixa-título, as inéditas “Silêncio” (c Vinicius de Moraes), “Peregrina” (c Paulo César Pinheiro) e “Terra do Nunca”, esta gravada uma única vez pelo Boca Livre, além de “Dono do Lugar” (c Cacaso), “Rosinha” (c Capinan) e “Lábia” (c Chico Buarque). O show de lançamento ocorreu no Teatro XP Investimentos, no bairro do Leblon no Rio de Janeiro.
Em 2023, ano em que comemorou 80 anos, se apresentou em Petrópolis(RJ), no Soberano Itaipava, com Gilson Peranzzetta no piano e Mauro Senise no saxofone. No mesmo ano, lançou, pela gravadora Biscoito Fino, o álbum “80”, em comemoração aos 80 anos completados. O álbum teve o registro de 24 canções, nenhuma inédita. Participaram do álbum as cantoras e cantores Mônica Salmaso, Zé Renato, Ayrton Montarroyos e Vanessa Moreno. Edu Lobo também cantou suas músicas. A direção musical e os arranjos foram de Cristóvão Bastos. Além de Cristóvão no piano, a banda base do trabalho teve Jorge Helder no baixo e Jurim Moreira na bateria. Tocaram ainda Kiko Horta (acordeom), Carlos Malta(flauta) e Mauro Senise (saxofone). As músicas incluídas foram “Casa Forte”(Edu Lobo), com vozes de Edu Lobo, Vanessa Moreno, Ayrton Montarroyos e Zé Renato; “Bancarrota blues”(Edu Lobo e Chico Buarque); “Ave rara” (Edu Lobo e Aldir Blanc), com voz de Vanessa Moreno; “A moça do sonho”(Edu Lobo e Chico Buarque), com voz de Ayrton Montarroyos; “Cantiga de acordar”(Edu Lobo e Chico Buarque), com vozes de Monica Salmaso e Vanessa Moreno; “Nego maluco”(Edu Lobo e Chico Buarque) com voz de Zé Renato; “Branca dias”(Edu Lobo e Cacaso), com voz de Mônica Salmaso; “Dança do corrupião”(Edu Lobo e Paulo Cesar Pinheiro), com voz de Vanessa Moreno; “Canudos”(Edu Lobo e Cacaso); “Gingado dobrado”(Edu Lobo e Cacaso), com voz de Vanessa Moreno; “Na ilha de Lia, no barco da Rosa”(Edu Lobo e Chico Buarque); “Beatriz”(Edu Lobo e Chico Buarque), com voz de Mônica Salmaso; “Só me fez bem”(Edu Lobo e Chico Buarque); “Salmo”(Edu Lobo e Chico Buarque), com voz de Zé Renato; “Ciranda da bailarina”(Edu Lobo e Chico Barque); “Sobre todas as coisas”(Edu Lobo e Chico Buarque), com voz de Ayrton Montarroyos; “Veneta”(Edu Lobo e Chico Buarque), com voz de Mônica Salmaso; “Primeira cantiga”(Edu Lobo e Paulo Cesar Pinheiro), com voz de Vanessa Moreno e Ayrton Montarroyos; “Tango de Nancy”(Edu Lobo e Chico Buarque), com voz de Vanessa moreno; “O circo místico”(Edu Lobo e Chico Buarque), com voz de Ayrton Montarroyos; “Salabim”(Edu Lobo e Paulo Cesar Pinheiro), com voz de Vanessa Moreno; “Silêncio”(Edu Lobo e Vinícius de Moraes); “Terra do nunca”(Edu Lobo e Paulo Cesar Pinheiro), com voz de Zé Renato e “Uma canção inédita”(Edu Lobo e Chico Buarque). Ainda em 2023 foi feito o show de lançamento na Sala Cecílica Meirelles, no Rio de Janeiro(RJ). A apresentação foi também realizada em São Paulo, no dia 10, no Teatro B32. O show teve a participação dos mesmos cantores do álbum: Ayrton Montarroyos, Mônica Salmaso, Vanessa Moreno e Zé Renato. As músicas executadas na Sala Cecíli Meireles foram “Casa forte” (Edu Lobo); “Vento bravo” (Edu Lobo); “Bancarrota blues” (Edu Lobo e Chico Buarque), “A história de Lily Braun” (Edu Lobo e Chico Buarque); “Dança do corrupião” (Edu Lobo e Paulo César Pinheiro); “Choro bandido” (Edu Lobo e Chico Buarque); “Tango de Nancy” (Edu Lobo e Chico Buarque); “Ave rara” (Edu Lobo e Aldir Blanc); “Primeira cantiga” (Edu Lobo e Paulo César Pinheiro); “O circo místico” (Edu Lobo e Chico Buarque); ”A moça do sonho” (Edu Lobo e Chico Buarque); “Nego maluco”; “Salmo” (Edu Lobo e Chico Buarque); “Pra dizer adeus” (Edu Lobo e Torquato Neto); “Ciranda da bailarina” (Edu Lobo e Chico Buarque); “Lero-lero” (Edu Lobo e Cacaso); “Canto triste” (Edu Lobo e Vinicius de Moraes); “Veneta” (Edu Lobo e Chico Buarque); “Ode aos ratos” (Edu Lobo e Chico Buarque); “Cantiga de acordar” (Edu Lobo e Chico Buarque); “Upa neguinho” (Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri); “Ponteio” (Edu Lobo e José Carlos Capinan); “Canudos” (Edu Lobo e Cacaso); “Na carreira” (Edu Lobo e Chico Buarque); “Beatriz” (Edu Lobo e Chico Buarque) e “Corrida de jangada” (Edu Lobo e José Carlos Capinam). A banda teve a direção de Cristóvão Bastos, que também tocou piano, e contou com os músicos Mauro Senise e Carlos Malta (sopros); Jurim Moreira (bateria); Jorge Helder (baixo acústico); Paulo Aragão (violão); Marcelo Martins (percussão) e Kiko Horta (acordeom).
Em 2024 regravou, com o cantor Zé Renato, a música “Ponteio” para a trilha da novela “No rancho fundo”, que estreou no mesmo ano.
Reedição com Monica Salmaso, Chico Buarque, Bena Lobo e Maria Bethânia
Com Chico Buarque
com Monica Salmaso, Chico Buarque, Bena Lobo e Maria Bethânia
Trilha sonora da peça com Chico Buarque
Edu Lobo e Tom Jobim
Músicas de Edu Lobo e Vinicius de Moraes
Este disco faz parte da coleção "História da Música Popular Brasileira" e vem acompanhado com um fascículo com biografia e fotos de Edu Lobo e letras das músicas. Editora Abril Cultural. Na contra-capa textos de Dori Caymmi, Capinan e Gianfrancesco Guarnieri.
Edu Lobo e Maria Bethânia
Nara Leão, Edu Lobo e Tamba Trio
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
ALBIN, Ricardo Cravo. O livro de ouro da MPB – A História de nossa música popular de sua origem até hoje. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.
FUSCALDO, Chris. Discobiografia Mutante: Álbuns que revolucionaram a música brasileira. Rio de Janeiro: Editora Garota FM Books, 2018. 2ª ed. Idem, 2020.
MELLO, Zuza Homem de. A era dos festivais – uma parábola. São Paulo: Ed. 34, 2003.
NEPOMUCENO, Eric. “Edu Lobo – São bonitas as canções”. Edições de Janeiro, 2014