
Instrumentista (baterista).
Fez parte do grupo Turma da Gafieira, com o qual gravou, em 1957, os LPs “Turma da Gafieira” e “Samba em Hi-Fi”.
Inventor do “samba do prato”, atuou com quase todos os músicos da bossa nova no Beco da Garrafas (RJ), no final dos anos 1950 e início dos anos 1960.
Fez parte da primeira formação do conjunto Bossa Três, juntamente com Luis Carlos Vinhas (piano) e Tião Neto (contrabaixo).
Em 1962, viajou com o grupo para os Estados Unidos, onde participou do Ed Sullivan Show e da gravação dos LPs “Bossa Três”, “Bossa Três & Jo Basile” e “Bossa Três e seus amigos”.
Em 1963, lançou o LP “Edison Machado é samba novo”, que contou com a participação de Tenório Jr. (piano), Tião Neto (contrabaixo), Paulo Moura (sax alto), Pedro Paulo (trompete), Edson Maciel (trombone), Raul de Souza (trombone) e J. T. Meirelles (sax tenor). No repertório, “Aboio”, “Miragem”, “Quintessência” e “Solo”, todas de J. T. Meirelles, “Se você disser que sim” e “Menino travesso”, ambas de Moacir Santos e Vinicius de Moraes, “Nanã” (Moacir Santos e Mario Telles), “Coisa nº 1 (Moacir Santos e Clóvis Mello), “Só por amor” (Baden Powell e Vinicius de Moraes), “Tristeza vai embora” (Baden Powell e Mário Telles) e “Você’ (Rildo Hora e Clóvis Mello).
Participou da gravação de discos antológicos, entre os quais “The composer of ‘Desafinado’ plays” (Tom Jobim, 1963), “Você ainda não ouviu nada!” (Sergio Mendes & Bossa Rio, 1964), “Opinião de Nara” (Nara Leão, 1964), “Novas estruturas” (Luís Carlos Vinhas, 1964), “O novo som” (Meirelles e Os Copa 5, 1964), “Diagonal” (Johnny Alf, 1964), “Samba eu canto assim” (Elis Regina, 1965) e “Encontro” (Pery Ribeiro e Bossa 3, 1966).
Em 1964, integrou o Sérgio Mendes Trio, juntamente com Tião Neto e o pianista. Com o conjunto, excursionou pela América do Sul, América do Norte e Japão, e gravou, para o mercado norte-americano, os LPs “The swinger from Rio” e “Brasil 65”.
Como integrante do Rio 65 Trio, ao lado de Dom Salvador (piano) e Sergio Barrozo (contrabaixo), lançou os LPs “Rio 65 Trio” (1965) e “A hora e a vez da MPM” (1966).
Liderando o Edison Machado Quarteto, ao lado de Alfredo Cardim (piano), Ion Muniz (sax tenor e flauta) e Ricardo Pereira dos Santos (contrabaixo), lançou, em 1970 o LP “Obras”, com as faixas “Corcovado” e “Outra vez”, ambas de Tom Jobim, “Monstros de Babalú” e “Mr. Machado”, ambas de Alfredo e Thomas, “Mr. Eloir” e “Amor”, ambas de Ion Muniz, “Círculos” (Ricardo Santos), “Manhã de Carnaval” (Luiz Bonfá e Antônio Maria), “Exótica” (Dizzy Gillespie) e “Caminho de casa” (João Donato).
Nos anos 1970, viajou para a Europa e depois se transferiu para os Estados Unidos, onde tocou com Chet Baker e Ron Carter, e popularizou o samba-jazz, apresentando-se em diversos clubes de jazz.
Em 1987, gravou, com o guitarrista Gene Bertoncini e o contrabaixista Michael Moore, o LP “O grande amor”.
Em 1990, fez uma temporada de três meses na casa noturna People, no Rio de Janeiro, onde veio a falecer no dia 15 de setembro desse ano.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.