
Cantora. Compositora. Percussionista.
Teve uma infância difícil e já aos oito anos aprendeu a rezar ladainha e a tocar caixa. Durante nove anos trabalhou com Mestre Lauro o criador do cacuriá. Dançarina de tambor de crioula e tiradora de rezas em procissões.
Figura popular no centro histórico da cidade de São Luís do Maranhão. Tornou-se conhecida como representante do ritmo do cacuriá, surgido por volta de 1970, durante as comemorações da Festa do Divino. O cacuriá é uma dança executada ao som das caixas do Divino – pequenos tambores.
Em 1980 foi convidada a ensinar o toque de caixa do Divino para os participantes do espetáculo teatral “Passos”, integrando-se, então, ao elenco permanente do grupo, e a trabalhar no Laborarte (Laboratório de Expressões Artísticas), em São Luís, ensinando o toque de caixa.
Gravou seu primeiro CD por volta de 2000. Inovou o cacuriá introduzindo novos instrumentos como cordas, flauta, baixo, clarinete, teclados, entre outros.
Em 2003, lançou seu segundo disco cantando o cacuriá com letras de duplo sentido como “Bota a cana pra assar, assa a cana”. Segundo ela, o cacuriá “é uma dança sensual, mas não vulgar”. Nesse seu segundo disco estão presentes, entre outras, as músicas “Choro da lera”, “Cabeça de bagre”, “Mariquinha”, “Rosa menina” e “A cana”, todas de domínio popular com adaptações suas. Sua versatilidade como artista popular a faz conhecida no Maranhão através e diversas atuações: toca caixa, dança tambor de crioula, canta ladainha e tira procissão.
Na coletânea realizada pelo Itaú Cultural, Cartografia Musical Brasileira, Dona Teté marca presença em duas faixas, Choro de lera e Jabuti/jacaré
Em “Mãe gentil”, peça teatral de Ivaldo Bertazzo, Dona Teté faz participação especial, junto com seus conterrâneos Zeca Baleiro e Rosa Reis. O Projeto Rumos Musicais Itaú Cultural, projeto realizado no segundo semestre de 2001, levou D. Teté a São Paulo para uma apresentação no Instituto patrocinado pelo referido banco.