
Cantor. Compositor.
Nasceu no Morro de São Carlos, no local denominado de Terreiro Grande.
Começou a carreira como puxador de samba-enredo para a Escola de Samba Estácio de Sá, passou pela Grande Rio e Imperatriz Leopoldinense.
Em 1996 transferiu-se para a Unidos do Viradouro, escola da cidade de Niterói, no Rio de Janeiro.
Dominguinhos do Estácio sofreu uma hemorragia cerebral na madrugada do dia 11 de maio de 2021. Levado às pressas para o hospital, foi submetido a uma cirurgia de emergência que durou quatro horas. Permaneceu internado até o dia 30 do mesmo mês, quando veio a falecer.
Iniciou carreira na década de 1970 como ritmista do bloco carnavalesco Bafo da Onça, logo depois integrou o grupo Exporta Samba. Pasou para a la de compositores da Escola de Samba Unidos de São Carlos, que nos anos 80 passou a se chamar Estácio de Sá.
Em 1986, gravou pela Ricarey o disco “Bom ambiente”, no qual interpretou “Fingida” (Arlindo Cruz e Rixa), “Rala o coco, sinhá” (Dedé da Portela e Dida) e “Alô Belém do Pará”, de sua autoria em parceria com Darcy do Nascimento. Dois anos depois, Zeca Pagodinho interpretou “Jeito moleque” (c/ Darcy do Nascimento), que deu título ao disco, lançado pela gravadora RCA.
No ano de 1989, lançou pela gravadora RGE o LP “Gosto de festa”, no qual interpretou várias composições de Almir Guineto, Adalto Magalha, Acyr Marques, Franco e Preto Jóia, além da faixa “Apego” (Lourenço), que teve a participação especial de Lourenço.
Em 1992, gravou pela RGE o disco “Mar de esperança”, no qual interpretou vários compositores, entre eles Pedrinho da Flor, Adalto Magalha e Zé Roberto.
No ano de 1999, foi o puxador oficial da Unidos do Viradouro no samba-enredo “Anita Garibaldi – heroína das sete magias”, de Gilberto Gomes, Gustavo, R. Mocotó, Dadinho e PC. Portugal.
No ano 2000, interpretou o samba-enredo “Brasil: visões de paraísos e infernos”, de Gilberto Gomes, Gustavo, Dadinho, Mocotó e PC. Portugal, para a Viradouro. No ano seguinte interpretou “Os sete pecados capitais” (Gilberto Gomes, Gustavo, Dadinho, PC. Portugal e R. Mocotó) e no ano de 2002, ainda como intérprete oficial da Viradouro, em seu sexto ano consecutivo, interpretou “Viradouro, Vira-Mundo, Rei do Mundo” de autoria dos mesmos autores dos anos passados, classificando a escola em quinto lugar no Grupo Especial.
No ano de 2003 puxou o samba-enredo “A Viradouro canta e conta Bibi – uma homenagem ao teatro brasileiro” (Gustavo, Gilbertom Gomes, Heraldo Farias e Gelson), enredo dedicado à atriz e cantora Bibi Ferreira. Neste mesmo ano participou da fase eliminatória do “Festival Fábrica do Samba”, no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.
Foi uma das atrações do palco montado na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro, para as comemorações do Réveillon de 2011. Nesse mesmo ano participou da festa “Flamengo é Flamengo”, em comemoração aos 116 anos do Clube de Regatas do Flamengo, em show realizado na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, que contou a direção de Paulão Sete Cordas e a participação de vários artistas rubro-negros, dentre os quais Arlindo Cruz, Alcione, Almir Guineto, Diogo Nogueira, Toni Garrido, Moacyr Luz, entre outros.
Em 2012 a gravação que fez do samba-enredo “Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós” (Jurandir, Niltinho Tristeza, Preto Jóia e Vicentinho), da GRES Imperatriz Leopoldinense, foi incluída na trilha sonora da novela “Lado a Lado”, da Rede Globo.
Foi uma das principais atrações do palco montado na praia do Flamengo, no Rio de Janeiro, para as comemorações do Réveillon de 2013.
ALBIN, Ricardo Cravo. O livro de ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
ARAÚJO, Hiram. Carnaval – seis milênios de história. Rio de Janeiro. Editora Gryphus, 2000.
PASCHOAL, Marcio. Pisa na fulô mas não maltrata o carcará. Vida e obra do compositor João do Vale, o poeta do povo. Rio de Janeiro: Lumiar Editora, 2000.