Instrumentista (flautista, saxofonista e clarinetista).
Formado pela Pró-Arte e pelo Conservatório Brasileiro de Música.
Iniciou sua carreira em 1980, trabalhando com Hans Koellreutter, Adamo Prince e Antônio Carlos Jobim.
Em 1982, formou o conjunto Choro Só.
Participou de apresentações com Altamiro Carrilho, Claudionor Cruz, Joel do Nascimento, Nivaldo Ornellas, Zé da Velha, Braguinha, Herivelto Martins, Johnny Alf, Alcione, Jamelão, Vinícius Cantuária, Fátima Guedes, Clara Sandroni, Ademilde Fonseca, Moreira da Silva e Cristóvão Bastos, entre outros.
O conjunto participou durante o ano de 1987 como atração fixa de um programa na Rádio Nacional, mesmo ano em que excursionou pela Europa. Em 1992, o grupo realizou uma temporada com o corpo de baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro com o espetáculo “Suíte Brasileira”, e, no ano seguinte, participou de temporada com o violonista Raphael Rabello no Palace, em São Paulo.
Participou das novelas “O direito de amar”, na Rede Globo, e “Amazônia”, na TV Manchete, como ator e músico.
Apresentou-se para o corpo diplomático e para a realeza na Tailândia e em Hong Kong.
Fez uma incursão pela música erudita em trabalhos com Miguel Proença, Sara Cohen e João Carlos Assis Brasil.
Em 1995, acompanhado de músicos como Raphael Rabelo e Cristóvão Bastos, lançou o primeiro álbum, “Leite de côco”, no qual fez releituras de obras de compositores da música brasileira e composições próprias. O trabalho foi indicado para Prêmio Sharp como revelação instrumental em 1996. No ano seguinte, venceu o Primeiro Festival de Choro do Rio de Janeiro com a música “Rio à toa” (c/ Jorge Simas).
De 1997 a 1999, acompanhou o Quarteto em Cy e Martinho da Vila.
Com o grupo Coreto Urbano participou do Free Jazz em 1998. Em 2001, novamente no Free Jazz, acompanhou o grupo americano The Temptations. Com o maestro Mário Adnet fez parte da Orquestra Ouro Negro, de Moacir Santos, idealizada pelo maestro e foi um dos músicos que gravou o “Projeto Jobim Jazz”.
Em 2006 lançou, pela Universal Music “Cacique instrumental”, homenagem aos compositores do “Cacique de Ramos” bloco carioca que incluiu o tan tan, o repique de mão e o banjo no samba. Além de Dirceu Leite (arranjos, sax alto/tenor/soprano, flauta, clarinete, flauta G, flauta C), tocaram no álbum Ivan Paulo (arranjos), Carlinhos 7 Cordas (arranjos e violão 6/7), Beloba (percussão), Gordinho (surdo), Marcelo Pizzoti (repique de mão/anel), Marcio Hulk (cavaco), Esguleba (tamborim), Paulinho da Aba (pandeiro), Zero Telles (efeitos percussão) e Marcio Vanderlei (banjo). Houve também as participações especiais de Hamilton de Holanda (bandolim), Carlos Malta (flauta), Sombrinha (violão de 7 cordas), Vittor Santos (trombone), Chico Chagas (acordeom), Ovídio (cuíca), Ubirany (caixeta), Mauro Diniz (cavaquinho), Rildo Hora (gaita harmônica) e Luiz Carlos da Vila (vocalize).
No decorrer da carreira participou, como músico acompanhante, ao vivo e em gravações, de trabalhos de Cássia Eller, Rita Lee, Jorge Benjor, Zeca Pagodinho, Ney Matogrosso, Chico Buarque, Beth Carvalho, Fundo de Quintal, Dudu Nobre, Razão Brasileira, Carlinhos Lyra, Nilze Carvalho e Diogo Nogueira. Participou também de trilhas de novelas e minisséries da Rede Globo como “A Muralha”, “JK”, “Amazônia”, “O Cravo e a Rosa”, “Direito de amar”, “Sabor da paixão”, “América”, “Sinhá Moça”, “Paraíso Tropical” “O Sítio do Pica-Pau Amarelo” entre outras. No cinema tem participação na trilha e no filme sobre a vida de Noel Rosa. No teatro, já tocou no espetáculo ‘Sweet Charity’, com Cláudia Raia, e integra o elenco dos musicais “Sassaricando” e “O Rio Inventou a Marchinha”.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.