
Cantor. Compositor.
Nasceu e passou sua vida no Morro do Pinto, situado no bairro carioca de São Cristóvão. Em 1930, foi pandeirista na Banda de Seu Basílio, da Polícia Militar. Ao afastar-se da vida artística, empregou-se como inspetor de alunos no Colégio Anglo-Americano.
Por influência de Luís Barbosa, que conheceu na Rádio Sociedade, passou a utilizar um chapéu de palha no acompanhamento de samba, que apelidou de “Stradivarius”, e no qual batucou por aproximadamente 20 anos. Tentou a sorte no programa de calouros de Ary Barroso, apresentado na Rádio Cruzeiro do Sul, não obtendo sucesso. Iniciou sua carreira artística em 1936, na Rádio Guanabara, tendo ainda se apresentado nas Rádios Tupi e Nacional. Em 1939, formou dupla com o cantor Cyro Monteiro, intitulada “A dupla onze”, que se apresentava na Rádio Mayrink Veiga. Em 1955, gravou com o trombonista Raul de Barros o LP “Trombone zambado – Raul de Barros e Dilermando Pinheiro”, pelo selo Rádio com destaque para “Implorar”, de Germano Augusto e Kid Pepe, “Cigana do Catumbi”, de J. Rezende e “Consolo de otário”, de João Roberto Kelly.
Em 1956, gravou os sambas “Até amanhã, de Noel Rosa e “Estão batendo”, de Valfrido Silva e Gadé, “A Lalá e o Lelé”, de Manezinho Araújo e Jaime Brito e “Seu Libório”, de João de Barro e Alberto Ribeiro.
No mesmo ano, lançou seu primeiro LP, “Sambas do passado” volume 1, na Musidisc, onde entre outras composições gravou “Emília” de Haroldo Lobo e Wilson Batista e “Minha palhoça”, de J.Cascata. Em 1957, lançou na Musidisc o LP “Sambas do passado volume 2”, apresentando entre outros, os sambas “Mágoas de vagabundo”, de Oswaldo Silva e Walfrido Silva e “Até amanhã”, de Noel Rosa. Em 1958, gravou na Polydor os sambas “O trem atrasou”, de Artur Vilarino, Estanislau Silva e Paquito e “Amor não é brincadeira”, de Célio Ferreira e Geraldo Serafim. Lançou pela Polydisc os LPs “É samba mesmo”, “Samba à lá Dilermano” e “Viva o samba”.
Passou por um período de ostracismo, até que o jornalista Sérgio Cabral o convidou a participar junto com Cyro Monteiro do show “Telecoteco opus nº 1”, lançado em disco com o mesmo nome. O disco se tornaria uma obra de referência entre as gravações de samba, ao começo dos anos 1960. Em 1974, o LP foi reeditado pela Fontana. Faleceu vitimado por ataque cardíaco, minutos antes de se apresentar no programa “Rio dá samba”, da TV Rio, uma homenagem aos 20 anos de morte do compositor Geraldo Pereira. Destacou-se com sua interpretação dos sambas “Risoleta”, de Raul Marques e Moacir Bernardino e “Seu Libório”, de João de Barro e Alberto Ribeiro.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
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