
Cantor. Violonista. Compositor.
Com aproximadamente 16 anos trabalhou como laminador na Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira em Sabará (MG). Apresentou-se cantando e tocando violão no Clube Cravo Vermelho, instituição recreativa para os funcionários da siderúrgica. Integrou também o regional do clube e foi seu diretor musical. Em fins dos anos 1930, mudou-se para Belo Horizonte e posteriormente para o Rio de Janeiro.
Iniciou a carreira em 1935, cantando na Rádio Mineira PRC-7, em Belo Horizonte. No início dos anos 1940, começou a apresentar-se com destaque na Rádio Tamoio, no Rio de Janeiro, onde atuou durante seis anos no programa “Hora sertaneja”, no quadro “Rancho dos violeiros”. Em 1940, lançou suas primeiras gravações, cantando acompanhado de Antenógenes Silva ao acordeom, a marcha “Moda da cidade” e a rancheira “Arrasta o pé meu bem”, ambas de autoria de Antenógenes Silva. No ano seguinte, acompanhado novamente de Antenógenes ao acordeom e cantando com Nair Rodrigues, gravou a valsa “Partida cruel” e a toada “Passa pro lado de cá”, as duas de parceria com Antenógenes Silva. No mesmo ano conheceu seu primeiro grande sucesso, ao gravar com Nair Rodrigues e tendo o acompanhamento de Antenógenes no acordeom, a mazurca “Adeus porteira velha”, de autoria do último. Em 1942, compôs, em parceria com o pernambucano Manuel Pereira de Araújo, o Manezinho Araújo, a letra da música “Minas Gerais”, a partir da melodia da valsa “Viene sul mar”, homenageando sua terra natal e que fora gravada com outra letra em 1917, pela Casa Edison do Rio, na voz do cantor Cadete, mas com o mesmo título “Minas Gerais”, quando se referia à nau capitânea da Armada Brasileira, comprada naquele ano à Inglaterra, . No mesmo ano, foi lançada em disco, juntamente com a toada “Gavião do mar”, também em parceria com Manezinho Araújo. “Minas Gerais” alcançou grande sucesso popular, tornando-se uma das composições mais executadas no país, sendo adotada ainda como “hino popular mineiro”. A partir de 1944, formou dupla com Xerém. No mesmo ano, lançaram a marcha “Lá vai balão”, de Xerém e Pequeno Edson, e a valsa “Saudades de Marianinha”, de sua autoria. A dupla gravou um total de seis discos pela Continental. A partir de 1947, passou a formar dupla com Doquinha, por sugestão de Francisco Alves. Em 1950, gravaram as toadas “Esperando meu benzinho”, de sua autoria, e “João Tropeiro”, de Antenógenes Silva. A dupla gravou diversos discos, fazendo sucesso com, entre outros, “Meu balão”, com Zé Praxedes, “Viola entristecida”, de sua autoria, “Minha viola”, com Marques da Silva, e “Esperando meu benzinho”, de sua autoria. Foi um dos maiores recordistas de vendas da Odeon, tendo feito cerca de 200 composições. Em 1997, encontrava-se pobre, doente e esquecido, vivendo na periferia de Juiz de Fora, com dificuldades financeiras para sustentar a si e a mulher, Norberta, com a qual estava casado há mais de 40 anos. Em 1998, foi lançado pelo “Projeto Oh! Minas Gerais”, um CD resgatando 14 interpretações do artista em 78 rpm, remasterizadas. Constou também uma entrevista realizada por Alfredo Valadares em 1979. No mesmo ano, como parte do trabalho de resgate de sua obra, foi homenageado pela Câmara Municipal de Juiz de Fora com o título de Cidadão Honorário e a prefeitura daquela cidade outorgou-lhe a Comenda Henrique Halfeld. Ao final de 1999, o crítico e pesquisador de Juiz de Fora, Jorge Sanglard, passou a se dedicar a resgatar a memória e a obra do importante compositor mineiro.
(Com Doquinha:)
(Com Doquinha:)
(Com Lúcio Sampaio:)
(Com Doquinha:)
(Com Doquinha:)
(Com Doquinha:)
(Com Lúcio Sampaio:)
(Com Lúcio Sampaio:)
(Com Doquinha:)
(Com Doquinha:)
(Com Doquinha:)
(Com Doquinha:)
(Com Doquinha:)
(Com Doquinha:)
(Com Doquinha:)
(Com Doquinha:)
(Com Doquinha:)
(Com Doquinha:)
(Com Doquinha:)
(Com Doquinha:)
(Com Doquinha:)
(Com Xerém:)
(Com Xerém:)
(Com Xerém:)
(Com Xerém:)
(Com Xerém:)
(Com Xerém:)
(Com Xerém:)
(Com Xerém:)
(Com Xerém:)
(Com Xerém:)
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.