Daniel Murray

Aos 15 anos, após apresentações em espaços como o Centro Cultural São Paulo e Teatro Municipal de São Paulo, viajou para a França, onde participou do “Concours Internacional de Guitarre de Trédrez-Locquemeau”, no qual se classificou em segundo lugar.

Ao lado do violonista Paulo Porto Alegre, formou um duo de violões com o qual apresentou em alguns espaços.

No ano de 2003, voltou por duas vezes à França, onde se apresentou em Nantes, Lannion e Paris, na Embaixada do Brasil e na Maison de LAmérique Latine. Nesse mesmo ano, participou do “Festival Música Nova” e, como bolsista, do “XXXIV Festival de Campos do Jordão”.

Em 2004, atuou como intérprete e compositor da trilha sonora do espetáculo de dança-teatro “Me Gusta Neruda”, com o clarinetista Gustavo Barbosa Lima e os bailarinos Juan Castiglioni e Marisa Magalhães. Criou, em parceria com o poeta francês Yvon de Men, o projeto “Cenapoética”, com o qual se apresentou em vários espaços paulistanos e também no “Festival Étonnants Romantiques”, em Combourg, na França. Ainda 2004, tocou na “Fête de la Musique”, em Paris. Participou, nesse mesmo ano, da BIMESP-Bienal de Música Eletroacústica de São Paulo.

Ao lado de Paulo Porto Alegre e Edelton Gloeden, faz parte do Trio Opus 12. Apresenta-se regularmente com os violonistas Paulo Bellinati e Israel de Almeida. Atua como violonista convidado do Núcleo Hespérides – Música das Américas, grupo formado pelos músicos Andréa Kaiser, Antônio Ribeiro, Rosana Civile, José Antônio Soares, Paulo Porto Alegre, Joaquim de Abreu, Rogério Wolf, Heloisa Petri, José Augusto Mannis e Celso Delneri.

Como integrante do Trio Opus 12, lançou, em 2007, o CD “Retrato de Radamés”.

Em 2009, lançou seu primeiro CD solo, “… universos sonoros para violão e tape…”.  Nesse mesmo ano, passou a integrar o Quarteto Tau, juntamente com os também violonistas Breno Chaves, José Henrique de Campos e Fabio Bartoloni.

Lançou, em 2010, o CD “Tom Jobim para violão solo”, com as faixas “Por toda a minha vida (Exaltação ao amor)”, “Chora coração”, “Estrada Branca”, “Garoto” e “A felicidade”, todas com Vinicius de Moraes, “Eu te amo” e “Imagina (Valsa sentimental)”, ambas com Chico Buarque, “Eu preciso de você” (c/ Aloysio de Oliveira), “Antigua”, “Tema para Ana”, “Bate-boca”, “Luiza”, “Pensando na vida/Tema de amor de Gabriel/Quebra pedra” e “Chanson pour Michelle”. O disco foi produzido por Paulo Bellinati.

Em 2011, fez turnê paulista com o repertório do disco lançado no ano anterior. Ainda em 2011realizou turnês internacionais, tocando em Londres, Cambridge (ambos na Inglaterra), Atenas(Grécia), Paris, Saint Germain les Corbeil e  Septveaux(França). Participou da BIG (Bienal do Violão) em Chambéry/Lyon e do “MIDEM Festival” em Cannes(Ambos na Fraça). Se apresentou como solista na “Porgy and Bess”, casa de shows em Viena, como o único brasileiro selecionado para integrar a programação da “Classical NEXT”,  plataforma internacional para a música erudita. Na Dinamarca, apresentou-se no Royal Danish Conservatory of Music e realizou série de concertos didáticos através da LMS – Levende Musik i Skolen.

Como integrante do Quarteto Tau, lançou, em 2012, o CD “Cordas Brasileiras” (2012).

Construiu um trabalho em duo com o violonista e compositor Chico Saraiva, o Duo Saraiva-Murray, com o qual se apresentou em concertos na França, Inglaterra, Portugal e Grécia.

Em 2015, foi indicado ao “Prêmio Concerto” por sua atuação como solista. Em 2016, gravou, na Dinamarca, o álbum “Brazilian Landscapes” (OurRecordings/Naxus), ao lado de Michala Petri (flauta doce) e Marilyn Masur (percussão), conquistando o segundo lugar no Global Music Award. Também neste ano, sua composição “Canção e Dança” lhe rendeu o primeiro lugar no “Concurso Novas III”. Em 2017, fez seu début como solista, interpretando o concerto de Heitor Villa-Lobos, além de sua composição “Camarecóica” junto à Israel Chamber Orquestra (ICO) sob a batuta de Doron Salomon, em Tel-Aviv.

Em 2018, recebeu o prêmio de destaque no “FMCB – Festival de Música Contemporânea Brasileira” por sua performance em homenagem a Egberto Gismonti. Neste ano, ainda foi solista da Orquestra Sinfônica Nacional (OSN) em Brasília e da Camerata da Orquestra Experimental de Repertório (OER), além de realizar turnê na Alemanha, promovendo seu recente álbum solo, intitulado “14-37 – Brazilian music for solo guitar” (Acoustic Music Records), onde faz uma retrospectiva de sua carreira.

Como professor, teve atuação como professor de violão clássico e teoria musical na Companhia das Cordas, escola de música localizada em São Paulo.

Em 2019, lançou o álbum “Universo Musical de Egberto Gismonti” lançado pelo selo Carmo / ECM e produzido por Egberto Gismonti. O trabalho foi gravado e mixado no estúdio Visom. No mesmo ano realizou shows no Chile, na Dinamarca (com Michala Petri e Marilyn Masur) e no Brasil. Nos anos posteriores realizou transmissões e turnês relacionados ao álbum. O trabalho faz parte da série “Universos”, lançada no decorrer dos anos 2010, na qual o violonista explora universos criativos específicos como “Sound Universes for Guitar and Tape”, com repertório de vanguarda para tape e violão e “Universos em Expansão”, com música eletroacústica.

Em maio de 2023, no dia 19, lançou  composição inédita póstuma de Ian Guest no single “Diluviando”. A peça foi consequência de trocas de e-mails entre ele e Ian Guest. No dia 24 do mesmo mês foi lançada a partitura da peça no site do Acervo Violão Brasileiro.