Cobrinha

Começou sua trajetória artística tocando violão na Rádio Educadora Paulista. Um dos pioneiros da música sertaneja, estreou em disco em 1939, cantando em dupla com Mariano e gravando com ele seu primeiro sucesso, a composição “Piracicaba”, de Newton de Melo. No mesmo disco, gravou a canção “Eu e você”, de sua autoria e Mariano. Foi um dos fundadores da Rádio Difusora de Piracicaba. Apresentou-se em quase todas as Rádios de São Paulo, além de cantar nas Rádios Tupi e Nacional do Rio de Janeiro. Em 1942, formou dupla com José Toledo, que utilizava o nome artístico de Capitão. Com ele, gravou dois discos pela Columbia. No primeiro, interpretaram as canções “Caboclo velho” e “Saudades de Botucatu”, de Angelino de Oliveira, “Nostalgia”, de Erotildes de Campos e a rancheira “Adeus Piracicaba”, de Benigno Lagreca. Com Capitão se apresentou em algumas Rádios paulistas, como a Cruzeiro do Sul. Em 1948, voltou a gravar com Mariano, desta vez, na Continental, relançando a canção “Piracicaba”, e registrando a toada “Mágoas de um carreiro”, de Batista Jr. No ano seguinte, gravou, com Mariano, a valsa “Flor serrana”, de Dunois Rodrigues de Carvalho, e o valseado “Tempo de infância”, de Rielinho. Em 1950, voltou a gravar com Mariano, registrando a toada “Meu ranchinho”, de Artur Del Nero e Santo Ferrari e a valsa “Vinte e três de fevereiro”, de Luiz Leandro. Em 1967, voltou a gravar com Mariano e lançou, pela gravadora Premier/RGE, o LP “Seresteiros da saudade” que incluiu uma regravação da canção “Piracicaba”. Ainda na década de 1970, com mais de sessenta anos de idade, chegou a lançar dois LPs. Em 1973, lançou um LP pela Fermata, cantando em dupla com Mariano. Nesse disco, gravou a rancheira “A rã-cheira”, de Ariovaldo Pires, o Capitão Furtado, em parceria com Corintho. Lançou ainda o LP “Canta o seresteiro” pela gravadora Califórnia. Em 1989, o selo Revivendo lançou um LP no qual aparecem suas gravações dos anos 1930, cantando em dupla com Mariano e também com Capitão.