
Compositor. Pianista. Arranjador. Regente.
Filho do clarinetista Luiz Gonzaga Pereira dos Santos, da Banda Musical Nova Euterpe.Teve suas primeiras lições de músicacom o próprio pai. Em 1950, com 18 anos, mudou-se para Recife, onde iniciou-se no estudo de piano com o professor Manoel Augusto dos Santos, no Conservatório Pernambucano de Música, de onde acabou se tornando professor e presidente, mais tarde. Estudou também na Escola de Belas Artes da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), onde se aperfeiçoou em harmonia, composição e orquestração, com o maestro Guerra Peixe. Formou-se pela Berkelee School of Music, em Boston nos EUA, em Harmonia Moderna e Orquestração. Membro da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea, constituiu carreira também como professor do curso de graduação de Música da Universidade Federal de Pernambuco.
A partir da década de 1960, tornou-se muito conhecido, principalmente em Pernambuco, pela composição de inúmeros frevos de rua, caboclinhos e maracatus. Em 1958, lançou seu primeiro disco, “Ritmos alucinantes”, pelo selo Repertório. O álbum contou com músicas como “Exaltação à Bahia”, de Vicente Paiva e Chianca de Garcia; “Canção do Mar”, de Ferrer Trindade e Frederico Brito; “Adeus Maria Fulô”, de Sivuca e Humberto Teixeira; “Que Será Será”, de Jay Livingston e R. Evans, com Versão de Ruy Rey; “Tim Tim Por Tim Tim”, de Portinho e Wilson Falcão; “Innamorata”, de R. Warren e J. Brooks; e “Dó Re Mi”, de Fernando César.
Em 1961, lançou o segundo disco, “Gostoso de dançar – Clóvis Pereira e Seu Conjunto”, pelo selo Caravelle. Nele, constaram as músicas já, gravadas anteriormente pelo próprio Maestro, como “Tim Tim Por Tim Tim”, de Portinho e Wilson Falcão; “Adeus Maria Fulô”, de Sivuca e Humberto Teixeira; “Que Será Será” de Jay Livingston Evans; “Dó-ré-mi”, de Fernando César; “Exaltação à Bahia”, de Vicente Paiva e Chianca de Garcia; e “Innamorata”, de R. Warren e J. Brooks, além das músicas “Na Baixa do Sapateiro”, de Ary Barroso; “Poinciana”, de Simon e Bernier; “Mi Oracion”, de F. Boulanger e J. Kennedy; Caruarú”, de Belmiro Barrela; Stars Fellin Alabama”, de F. S. Perkins e M. Parish; e “Canção do Mar”, de Ferrer Trindade e F. de Brito. Apresentou-se, em 1976, como representante brasileiro, na “Fouth International Choir Festival”, nos Estados Unidos da América, em Washington, no Teatro “Kennedy Center”; e em Nova Iorque, no “Lincoln Center Performing for the Arts”, junto com o Coral da Universidade da Paraíba. Em 1978, lançou, pelo o selo Marcus Pereira, o seu terceiro álbum “Grande Missa nordestina”, junto com a Orquestra, da Universidade Federal da Paraíba, regida por ele mesmo, e também o Coral da mesma Universidade. Esse disco, diferentemente dos anteriores, contou com composições próprias, que foram “Grande Missa Nordestina – I Kyrie, II Glória, III Credo”; e “Grande Missa Nordestina – IV Sanctus, V – Agnus Dei”. Em 1986, esteve novamente nos EUA, a convite do Governo Norte-americano, para participar do “Music School Administrators”, visitando naquele pais diversas Universidades e instituições musicais.
Teve seu nome registrado na “Who’s Who In Music”, na sua oitava edição. Essa enciclopédia musical britânica publica os nomes e as respectivas realizações dos músicos mais notórios mundialmente.
Maestro Clóvis, como também é conhecido, foi por muitos anos regente da orquestra da emissora TV Jornal, da qual também foi diretor artístico.
Participou do Movimento Armorial, junto com Cussy de Almeida, a convite do escritor Ariano Suassuna, e compôs as primeiras obras representativas deste movimento. Com sua própria orquestra, participou de diversos bailes carnavalescos nos principais clubes da cidade do Recife. Recebeu, durante a carreira, diversos prêmios e homenagens, dentre os quais a Medalha do Mérito Educacional, do Governo do Estado de Pernambuco; o Troféu Cultura Cidade do Recife; a Medalha de Honra ao Mérito Dezoito de Maio, da Câmara Municipal de Caruaru-PE; e o Diploma Memória Viva do Recife.
Em 2010, fez o arranjo para a música “Anjo folião”, de Luiz Guimarães. A canção foi uma das premiadas na categoria frevo de rua, no “Festival de Música Carnavalesca 2010”, realizado em Recife (PE) e do qual participaram cerca de 200 artistas e compositores.