0.000
Nome Artístico
Clóvis Pereira
Nome verdadeiro
Clóvis Pereira
Data de nascimento
14/05/1932
Local de nascimento
Caruaru-PE
Dados biográficos

Compositor. Pianista. Arranjador. Regente.
Filho do clarinetista Luiz Gonzaga Pereira dos Santos, da Banda Musical Nova Euterpe.Teve suas primeiras lições de músicacom o próprio pai. Em 1950, com 18 anos, mudou-se para Recife, onde iniciou-se no estudo de piano com o professor Manoel Augusto dos Santos, no Conservatório Pernambucano de Música, de onde acabou se tornando professor e presidente, mais tarde. Estudou também na Escola de Belas Artes da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), onde se aperfeiçoou em harmonia, composição e orquestração, com o maestro Guerra Peixe. Formou-se pela Berkelee School of Music, em Boston nos EUA, em Harmonia Moderna e Orquestração. Membro da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea, constituiu carreira também como professor do curso de graduação de Música da Universidade Federal de Pernambuco.

Dados artísticos

A partir da década de 1960, tornou-se muito conhecido, principalmente em Pernambuco, pela composição de inúmeros frevos de rua, caboclinhos e maracatus. Em 1958, lançou seu primeiro disco, “Ritmos alucinantes”, pelo selo Repertório. O álbum contou com músicas como “Exaltação à Bahia”, de Vicente Paiva e Chianca de Garcia; “Canção do Mar”, de Ferrer Trindade e Frederico Brito; “Adeus Maria Fulô”, de Sivuca e Humberto Teixeira; “Que Será Será”, de Jay Livingston e R. Evans, com Versão de Ruy Rey; “Tim Tim Por Tim Tim”, de Portinho e Wilson Falcão; “Innamorata”, de R. Warren e J. Brooks; e “Dó Re Mi”, de Fernando César.
Em 1961, lançou o segundo disco, “Gostoso de dançar – Clóvis Pereira e Seu Conjunto”, pelo selo Caravelle. Nele, constaram as músicas já, gravadas anteriormente pelo próprio Maestro, como “Tim Tim Por Tim Tim”, de Portinho e Wilson Falcão; “Adeus Maria Fulô”, de Sivuca e Humberto Teixeira; “Que Será Será” de Jay Livingston Evans; “Dó-ré-mi”, de Fernando César; “Exaltação à Bahia”, de Vicente Paiva e Chianca de Garcia; e “Innamorata”, de R. Warren e J. Brooks, além das músicas “Na Baixa do Sapateiro”, de Ary Barroso; “Poinciana”, de Simon e Bernier; “Mi Oracion”, de F. Boulanger e J. Kennedy; Caruarú”, de Belmiro Barrela; Stars Fellin Alabama”, de F. S. Perkins e M. Parish; e “Canção do Mar”, de Ferrer Trindade e F. de Brito. Apresentou-se, em 1976, como representante brasileiro, na “Fouth International Choir Festival”, nos Estados Unidos da América, em Washington, no Teatro “Kennedy Center”; e em Nova Iorque, no “Lincoln Center Performing for the Arts”, junto com o Coral da Universidade da Paraíba. Em 1978, lançou, pelo o selo Marcus Pereira, o seu terceiro álbum “Grande Missa nordestina”, junto com a Orquestra, da Universidade Federal da Paraíba, regida por ele mesmo, e também o Coral da mesma Universidade. Esse disco, diferentemente dos anteriores, contou com composições próprias, que foram “Grande Missa Nordestina – I Kyrie,  II Glória,  III Credo”; e “Grande Missa Nordestina – IV  Sanctus,  V – Agnus Dei”. Em 1986, esteve novamente nos EUA, a convite do Governo Norte-americano, para participar do “Music School Administrators”, visitando naquele pais diversas Universidades e instituições musicais.
Teve seu nome registrado na “Who’s Who In Music”, na sua oitava edição. Essa enciclopédia musical britânica publica os nomes e as respectivas realizações dos músicos mais notórios mundialmente.
Maestro Clóvis, como também é conhecido, foi por muitos anos regente da orquestra da emissora TV Jornal, da qual também foi diretor artístico.
Participou do Movimento Armorial, junto com Cussy de Almeida, a convite do escritor Ariano Suassuna, e compôs as primeiras obras representativas deste movimento. Com sua própria orquestra, participou de diversos bailes carnavalescos nos principais clubes da cidade do Recife. Recebeu, durante a carreira, diversos prêmios e homenagens, dentre os quais a Medalha do Mérito Educacional, do Governo do Estado de Pernambuco; o Troféu Cultura Cidade do Recife;  a Medalha de Honra ao Mérito Dezoito de Maio, da Câmara Municipal de Caruaru-PE; e o Diploma Memória Viva do Recife.

Em 2010, fez o arranjo para a música “Anjo folião”, de Luiz Guimarães. A canção foi uma das premiadas na categoria frevo de rua, no “Festival de Música Carnavalesca 2010”, realizado em Recife (PE) e do qual participaram cerca de 200 artistas e compositores.

Discografias
1979 Marcus Pereira LP Grande Missa Nordestina - Orquestra de Clóvis Pereira e Coral da UFPB
1961 Caravelle LP Gostoso de dançar - Clóvis Pereira e Seu Conjunto
1958 Repertório LP Ritmos Alucinantes
Obras
Aninha no frevo
Aveloz
Capiba no frevo
Clovinho no frevo
Grande Missa Nordestina
Grande Missa Nordestina II
Luisinho no frevo
Rapsódia de ritmos pernambucanos