
Cantora. Compositora.
Nascida em família humilde, nunca fez planos de seguir a carreira artística. Com 20 anos, foi para o Rio de Janeiro e nas horas de folga freqüentava programas de rádio, onde passou a interessar-se pela música.
Em 2014, após sofrer 2 derrames, recebeu apoio do advogado e escritor Waldemar Bastos Cunha, que destinou toda a arrecadação da venda de seu livro “Versos quase esquecidos” a seu tratamento. Após dois acidentes vasculares cerebrais, faleceu, no dia 26 de novembro, em um hospital de Aracaju (SE), em decorrência de um quadro de pneumonia.
Em 1965, conseguiu cantar pela primeira vez na Rádio Mayrink Veiga no programa “Crepúsculo sertanejo”, dirigido por Raimundo Nobre de Almeida, que apresentava profissionais e calouros. Nessa ocasião, travou conhecimento com o sanfoneiro Gerson Filho, contratado da gravadora e também alagoano como ela. Por essa época, passou a fazer shows na companhia de GersonFilho em diversos estados do Nordeste. Suas primeiras gravações ocorreram em discos de Gerson Filho. Seu primeiro LP individual foi lançado em 1971, pela gravadora Chantecler. Em seus discos, grava os ritmos mais característicos do povo nordestino, como forró, baião, xote, quadrilhas, rancheiras, coco, cantigas de reisado e guerreiro. Em 1982, lançou o disco “O balanço do forró”, com a participação de Oswaldinho do Acordeon e Gerson Filho. Entre outras composições gravou o xote “Não dê a radiola”, de Durval Vieira e Jorge Pajeú, o baião “O vatapá da Maria”, de sua autoria e Anastácia, o baião “O preguiçoso”, de Durval Vieira, o arrasta-pé “Folguedos no arraiá”, de Juvenal Lopes, e a marcha “Bom Jesus da Lapa”, de sua autoria e Ataíde Alves de Oliveira. Em 1987, lançou o disco “Forró cheiroso”, com arranjo e regência de Chiquinho do Acordeon, que participou, ainda, nas gravações executando o acordeon. Destacaram-se, entre outras, as composições “Forró cheiroso”, de sua autoria e Miraldo Aragão, “Surra de amor”, de Lia, Gil Barreto e Alice Sampaio, “Dança do peru” e “O biriteiro”, de sua autoria e Geraldo Nunes, e “Oxênte bichinho”, de Durval Vieira. Lançou, ainda, os discos “Forró sem briga” e “Guerreiro alagoano”. Faleceu em 2014 com aproximadamente 50 anos de carreira, consagrando-se como um dos maiores ícones da música sergipana. Gravou cerca de 40 discos e seis CDs e ganhou dois discos de ouro e dois de platina.