Claudio Celso

Iniciou a carreira profissional em 1974, tocando com o Zimbo Trio por todo Brasil.

Em 1978, mudou-se para Nova York, onde atuou com vários músicos de renome, como Jaco Pastorius, Eddie Gomez, Randy Brecker, Chet Baker, Roberta Flack, Cecil Taylor, Lester Chambers, Calvin Hill, Edison Machado, Billy Hart, Charlie Rouse, Larry Willis, Cecil McBee, Kenny Kirkland, Jorge Dalto, Naná Vasconcelos, Ion Muniz, Cláudio Roditi, Guilherme Vergueiro, Alex Blake, Walter Booker, Philip Wilson, Manolo Badrena, Paquito D’Rivera e Dom Um Romão, entre outros.

Na década de 1980, participou, como instrumentista, dos seguintes LPs: “Elegia” (1980), de Lloyd McNeill; “Jewel Eyes”, de Frank Ferrucci; “The Brazilian Beat of Guanabara” (1982), que trouxe no repertório sua composição “Vento”; e “Red on Red” (1984), de Claudio Roditi.

Ainda na década de 1980, liderou a banda Intelligence, tendo a seu lado Simbas (voz), Pedro Infantozzi (baixo) e Albino Infantozzi (bateria). Com o grupo, lançou, em 1986, o LP “Intelligence”, que trouxe no repertório suas composições “Explode alegria” e “Saudades de você”, ambas com Simbas, “Manhê” (c/ Simbas, Pedro Infantozzi e Albino Infantozzi), “Quero ficar na cidade” (c/ Kim Milford), “Você está sempre em mim” (c/ Kim Milford e Simbas),  “Homem do Fogo (c/ Pedro Infantozzi, Albino Infantozzi, Simbas e Glauco Guerin), “Rádio” (c/ David Musser) e “Sonho louco” (c/ Pedro Infantozzi e Simbas), além de “707 62607227” (Pedro Infantozzi e Albino Infantozzi).

Voltou para o Brasil em 1987. Neste ano, teve sua música “Saudade de você” incluída no LP de Byra Nunes, lançado pela gravadora 3M.

Em 1988, retornou aos Estados Unidos, onde permaneceu durante dois anos.

Participou, ao lado de Artur Lindsay (vocal e guitarra) e Cyro Baptista (percussão), do show realizado, em 1989, por Marisa Monte em Nova York, registrado no video “Mais”.

Em 1990, voltou novamente para o Brasil, fixando residência no Rio de Janeiro até 1992, quando compôs o tema musical da cerimônia da abertura da “ECO 92”.

Ainda na década de 1990, participou da gravação dos seguintes álbuns: “Pepê” (1990, vários artistas), em homenagem ao campeão carioca de Asa Delta; “Lucky!” (1991), de Sandra de Sá;  “O inferno é fogo” (1991), de Lobão; e “Raul Seixas – O início, o fim e o meio” (1992), acompanhando Alceu Valença na faixa “Como vovó já dizia” (Raul Seixas e Paulo Coelho).

De 1992 até 2002, viveu novamente nos Estados Unidos.

Em 1998, a pedido do ex-presidente George Bush (pai), apresentou-se na residência da família Bush em West Palm Beach, na Flórida. Nessa oportunidade, o ex-presidente levantou-se da mesa do jantar e ficou de pé, a uma distância de um metro do instrumentista, admirando sua habilidade. Em seguida, cumprimentou-o e o elogiou calorosamente, estendendo-lhe a mão. Os dois, e ainda o violonista Claudio Spiewak, com quem o músico atuava em duo, mantiveram uma conversa de cerca de 10 minutos sobre jazz.

Lançou, em 1998, o CD “Brazilian Jazz By Cláudio Celso”, contendo suas composições “Song for Anita”, “Ascension”, “Jungle Beat”, “Children”, “Sus” e “Raga”, além de “Bahia (Na Baixa do Sapateiro)” (Ary Barroso), “Little Train (Trenzinho do Caipira)” (Villa-Lobos), “Miles Mood” (Paulo Checoli) e “The Island” (Ivan Lins). O disco contou com a participação de Stuart King (trompete), Dante Luciani (trombone), Rubens Lopes (flaute), Paulo Checolli, Phil Jellatis e Abel Pavon (teclados), Tuco Freire (contrabaixo), Pepe Aparicio (baixo e baixo fretless), Sizão Machado (baixo), Duda Neves (bateria), João Parahyba (percussão). Nesse mesmo ano, participou, em Los Angeles, da gravação do CD “Amazon Moon – Guilherme Vergueiro plays de Music of Mike Stoller”, de Guilherme Vergueiro, e do CD “Padre Pio”, de Giacomo Piraino, obra que recebeu o reconhecimento e a bênção do Papa João Paulo II. Também se apresentou no Art Flower Gallery, African Festival of Los Angeles, World Stage de Billy Higgins e no renomado bar de jazz The Baked Potato com sua banda formada por Gerry Brown, Munyungo Jackson, Mark Stevens e Keith Jones, e participou do programa “Global Village” (Rádio KPFK), para o qual tocou algumas de suas composições ao vivo e concedeu longa entrevista.

Em 2002 voltou para o Brasil, fixando residência em Guarujá.

No ano seguinte, participou do “I Congresso da Música Instrumental”, realizado no SESC Vila Mariana, em São Paulo.

Foi responsável pela oficina musical do “Joinville Jazz Festival” de 2005.

Lançou, em 2006 o CD “Swell – A Brazilian Cool Jazz Experience”, com suas composições “Swell”, “Lianas Waltz”, “Tudo azul em Monicaland”, “Presente para Deisy”, “Hades”, “Song for Anita”, “Delfina” e “Tomatoes”, além de “So Many Stars” (Sergio Mendes, Alan Bergman e Marilyn Bergman) e “Bye Bye Brasil” (Roberto Menescal e Chico Buarque). A seu lado, os músicos Marcelo Malta (piano elétrico), Tuco Freire (contrabaixo) e Adriano Busko (bateria e percussão). O disco contou com a participação, em algumas faixas, de Léa Freire (flauta em G e flauta baixo), Swami Jr. (violão), Daniel DAlcantara (flugelhorn) e Beto Caldas (vibrafone).

Em 2010, lançou o CD “Surf life”, com as faixas “What a Day”, “Balloneh”, “Children”, “High Tide”, “Beach Break”, “Hope”, “Koalytha´s Dream”, “Panda the Fairy”, “Back in the Water” e “Ascension”, todas de sua autoria. Nesse mesmo ano, lançou o CD “The Music of Claudio Celso”. Também em 2010, formou parceria com Eumir Deodato, liderando a banda The Alpha Solaris Project, ao lado de Gerry Brown (bateria), Frank Colón (percussão), Pepe Aparicio (baixo), Felix Gomez (teclado) e Stuart King (trompete). Ainda nesse ano, lançou o CD “The Music of Claudio Celso”, uma compilação dos CDs “Swell” e “Brazilian Jazz”. No repertório, suas composições “Song for Anita”, “Ascension”, “Jungle Beat”, “Sus”, “Raga”, “Swell”, “Lianas Waltz”, “Monicaland”, “For Deisy”, “Hades”, “Delfina”, “Children” e “Tomatoes”.

Em 2013, participou da gravação do CD “Turno di Notte”, de Francesco Lattanzi.

Vem se apresentando regularmente com sua banda, formada por André Willian (teclados), Elizeu Custódio (baixo) e Anderson Willian (bateria).

Ao longo da carreira, apresentou- se em vários festivais de jazz pelo Brasil e no exterior, e atuou com diversos artistas da cena nacional e internacional, entre os quais Jaco Pastorius, Eddie Gomez, Randy Brecker, Chet Baker, Roberta Flack, Kenny Kirkland, Jorge Dalto, Delmar Brown, Larry Willis, Cecil McBee, Frank Colon, Naná Vasconcellos, Bebel Gilberto, Marisa Monte, Ion Muniz, Guilherme Vergueiro, Edison Machado, Steve Slager, Lincoln Goines, Alex Blake, Philip Wilson, Guilherme Franco, Sergio Dias, Richie Morales, Elza Soares, Manolo Badrena, Will Lee, Tim Capello, Steve Thorton, Pete Chavez, Payton Crossley, Ted Bass, Haroldo Mauro Júnior, Alfredo Cardim, Ed Palermo, Michael Formanek, Dennis Irwin, Wayne Dockery, Portinho, Steve Kroon, Aloísio Aguiar, Nico Assumpção, Zimbo Trio, Nelson Ayres, Raul de Souza, Steve Sachs, Tex Allen, Shunzo Ono, Terumasa Hino, Lester Chambers, Calvin Hill, Buddy Williams, Paquito d’Rivera, Clifford Adams, Laudir de Oliveira, Dom Um Romão, Gerry Brown, Munyungo Jackson e Mark Stevens.

Reverenciado pela crítica especializada do Brasil e dos EUA, foi citado por Bob Weinberg, crítico da revista americana “New Times”, como um dos melhores músicos contemporâneos de jazz, e incluído na relação dos 100 Melhores Guitarristas do Mundo, publicada na revista “Guitar Player”.