
Compositor. Flautista. Cantor.
Nasceu no subúrbio de Vaz Lobo.
Neto de baianos que freqüentaram a Praça Onze, centro do Rio de Janeiro.
Seu pai, que trabalhava na Guarda Municipal, após ver o interesse do filho por música o presenteou com uma flauta de bambu.
Após dar baixa da Aeronáutica, trabalhou como estivador do cais do porto, instalador de letreiros luminosos, ajudante de pedreiro, motorista de táxi e ônibus, entre outras profissões.
Foi um dos responsáveis pelo lançamento do cantor e compositor Zeca Pagodinho. Freqüentador e fomentador de várias rodas de samba no subúrbio carioca (Cacique de Ramos, Candongueiro, entre outras).
Morador do bairro de Vista Alegre, sua casa foi um dos pontos de encontro de sambistas importantes no cenário musical do Rio de Janeiro.
Em seu livro “171 Lapa-Irajá”, o poeta, letrista e contista Nei Lopes dedicou-lhe um conto: “Armações de Camunguelo”, referindo-se ao amor do flautista pela construção de um barco de pesca de nome “Camunguelo I”.
Faleceu em decorrência de complicações causadas por diabetes, sendo sepultado no Cemitério de Irajá, subúrbio do Rio de Janeiro.
Em 1986, participou, ao lado de Carlos Sapato, Baita e Adalto Magalha, do LP “Explosão do pagode”, da gravadora Fama. Neste disco, cantou duas composições de sua autoria; “Joanita” e “Lá na favela”, em parceria com Valdir Caramba.
Participou do disco “A luz de um vencedor”, de Luiz Carlos da Vila.
Em outubro de 2001, classificou em 2º lugar sua composição “Zé Galinha”, parceria com Sílvio da Silva, no “Festival Chorando no Rio”, do Estado do Rio de Janeiro, organizado pelo MIS (Museu da Imagem e do Som) e transmitido para todo o Brasil pela TVE, com apresentação e roteiro de Ricardo Cravo Albin. Neste mesmo ano, pela Coleção Sebastião, da Editora Dantes, Nei Lopes publicou o livro-revista “Guimbaustrilho e Outros Mistérios Suburbanos”, no qual faz várias referências ao compositor.
No ano de 2002, o disco do festival “Chorando no Rio” foi lançado pela gravadora CPC-UMES e constou sua composição “Zé Galinha”.
Entre seus parceiros está o poeta e letrista Sérgio Fonseca, além de Zeca Pagodinho e de Aniceto do Império.
Em 2003, ao lado de Casquinha, Jorge Presença, Xangô da Mangueira, Leci Brandão, Dona Ivone Lara, Arlindo Cruz, Ivan Milanez e Marquinho China, foi um dos convidados de Nei Lopes em projeto sobre o partido-alto apresentado no Centro Cultural Banco do Brasil. Neste mesmo ano, interpretou “O bicho” de autoria de Zé Antônio e João Sérgio (da Escola de Samba Viradouro) no festival “Fábrica do Samba”, classificando a composição em 2º lugar na finalíssima no Maracanazinho, no Rio de Janeiro.
Teve composições gravadas por vários artistas, entre os quais Elza Soares e grupo Fundo de Quintal.
(vários)
(vários)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
LOPES, Nei. Guimbaustrilho e Outros Mistérios Suburbanos. Rio de Janeiro: Coleção Sebastião. Editora Dantes, 2001.