
Cantora. Em 1951, com a ajuda de um deputado paulista mudou-se com a mãe para a cidade de São Paulo. Seu nome artístico foi dado pelo cantor Léo Albano que a conheceu quando ela cantava no Hotel Excelsior na capital paulista. Em 1962, quando fazia razoável sucesso, casou e abandonou a carreira artística indo morar no interior de Minas Gerais.
Começou a carreira artística em 1942, com apenas 12 anos de idade cantando em programas de calouros na cidade paulista de Ribeirão Preto, na Rádio Clube daquela cidade. Fez na mesma cidade uma série de shows para o deputado Lauro Cavallaro, e sempre pedia para ser levada para São Paulo. Em 1951, começou a cantar na Rádio Tupi de São Paulo. Entre setembro de 1951 e fevereiro de 1952 revezou-se com Téo Braga como crooner do Trio André Penazzi, na boate Arpege, na Avenida São Luiz, em São Paulo.
Atuou posteriormente nas Rádios Bandeirantes, Piratininga e Record. Começou a brilhar na noite paulistana e cantou em várias boates, como o Arpege, o Hotel Esplanada, e o Lord, e em 1952, assinou contratato com a Rádio Bandeirantes. Em 1954, foi contratada pela Copacabana e gravou, seguindo a tendência da época, os baiões “Precioso” e “Ribeirão”, ambos da dupla Pascoel Melilo e Avaré.
Contratada pela RGE gravou em 1956, com acompanhamento da orquestra RGE e coro, o samba “Posso morrer de saudade”, de Alfredo Borba e Nilo Silva, e a marcha “Água mole”, de Edson Borges e A. Barbosa. No mesmo ano, atuou no filme “Vou te contá”. No ano seguinte, gravou com a orquestra RGE os mambos “Accurame”, de René Hedman, e “Já que está”, de Fernando César. Por essa época assinou contratado com a TV Record. Foi posteriormente para a TV Paulista onde também atuou como atriz. Em 1957, foi eleita “Rainha do Carnaval Paulista”. Em 1958, gravou, com acompanhamento do conjunto RGE dirigido pelo maestro Pocho, o rock-balada “You are my destiny”, de Paul Anka, que seria seu maior sucesso, e a polca “Vamos dançar a polca”, de H. Alfren, Maugéri Neto e Maugéri Sobrinho. No mesmo ano, participou da coletânea carnavalesca “Carnaval em lá maior – Carnaval 1958” do selo Lira interpretando as marchas “Batatinha quando nasce”, de Alfredo Borba e Doca, e “Ingratidão”, de Alfredo Borba e Tânio Jairo. Ainda em 1958, foi contratada pela Companhia de Revistas de Juan Daniel realizando excursão pelo Brasil e depois em Buenos Aires onde enfrentou problemas e teve que voltar ao Brasil, retornando para a TV Paulista e para a noite paulistana. Em 1959, fez excursão para Punta Del Este. Gravou em 1960, pelo selo Califórnia, a marcha “Casamento no Uruguai”, de Avaré, A. Godinho e Laércio Flores, e o samba “Pode ir”, de Avaré e A. Godinho, em disco que contou com acompanhamento de Leonel do Trombone e seu ritmo. Em 1961, gravou pela RCA Victor as baladas “A sereia de biquini”, de Benitez, Rojas e Robledo; “Corre, Sansão”, de Nil Sedaka e H. Greenfield; “Amor de mamadeira”, de J. Parker, e “Vamos dar uma voltinha”, de Don Léo, todas com versões de Fred Jorge. Em 1962, gravou o twist “Agradeço a você”, de Mann, Lowe e Appell, com versão de Juvenal Fernandes, e o calipso “O vendedor de felicidade”, de J. P. Calvert, e versão de Nilo Valverde. Teve uma curta carreira gravando discos pela Copacaban e RGE, além de fazer apresentações em programas de Rádio e TV. Foi a grande atração do programa Júlio Rosemberg “Vamos nós”, na TV Record, apresentado no horário das 14 h e, na época era chamada de “Bonequinha loura”.
CANTERO, Thais Matarazzo & COMEGNO, Valdir. A dinastia do Rádio Paulista. São Paulo: ABR Editora, 2013