
Compositor.
Foi considerado um dos compositores mais inspirados pela dupla Alvarenga e Ranchinho, que sempre lhe solicitava músicas para integrar seu repertório, bem como pela cantora Linda Batista, que lhe pedia músicas para encenar no Cassino da Urca.
Em 1939, gravou com a dupla caipira Alvarenga e Ranchinho a moda-de-viola “A mulher e o rádio” e a tarantela “Casamento de Miguelina”, ambas de sua autoria e Alvarenga e Ranchinho. Nesse ano, sua moda-de-viola “Musga estrangeira”, com Alvarenga e Ranchinho, foi gravada por esta mesma dupla. Em 1940, obteve grande sucesso com a valsa “Romance de uma caveira”, lançada pela dupla Alvarenga e Ranchinho, também parceiros na composição da música. No mesmo ano, compôs com Alvarenga e Ranchinho, as modas-de-viola “Moda dos poetas”; “Moda dos cantores” e “Modas dos ispique”, e a valsa “Leonor”, gravadas pela dupla.
Em 1941, teve os sambas-choro “Meu bamba”, com Luiz Peixoto e “Eu fui à Europa”, este, um grande sucesso, gravados por Linda Batista na Victor. Em 1942, teve mais quatro composições gravadas por Linda Batista, os sambas “Salve a batucada”; “Namorado ciumento” e “Mau costume”, parcerias com Buci Moreira e Carlos Souza, e o choro “A vida é isto”. Também nesse ano, as modas-de-viola “Moda do casamento” e “Fado da loucura”, e a marcha “Vamos arrastá o pé”, parcerias com Alvarenga, foram gravadas pela dupla Alvarenga e Ranchinho, além do samba “Minha jangada”, com Vicente Paiva, gravado na Victor por Léo Albano.
Em 1943, o corrido “Ai que rico”, com Alvarenga, foi lançado pela dupla Alvarenga e Ranchinho embora tivesse sido gravado três anos antes. Ainda nesse ano, seu samba “Da Central a Belém”, foi lançado por Linda Batista na Victor. Em 1944, fez com Alvarenga as modas-de-viola “Homem pesado” e “Moda dos dotô”, gravadas pela dupla Alvarenga e Ranchinho, e com Vicente Paiva fez o samba “Oração ao Bonfim”, gravada por Francisco Alves. No ano seguinte, a embolada “Quem será o homem” e o “Desafio de perguntas”, com Alvarenga, foram lançadas pela dupla Alvarenga e Ranchinho, e a valsa “Tu”, com Lincoln Ernesto, foi gravada na Continental por Fernando Borel. Em 1946, a rancheira “Essa “porka” é minha”, com Alvarenga, foi gravada pela dupla Alvarenga e Ranchinho e pela cantora Linda Batista.
Teve mais de vinte músicas gravadas, a maior parte delas pela dupla Alvarenga e Ranchinho.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.