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Nome Artístico
China
Nome verdadeiro
Otávio Littleton da Rocha Vianna
Data de nascimento
16/5/1888
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
27/8/1927
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Violonista. Cantor. Compositor.

Filho de Alfredo da Rocha Vianna e Raimunda da Rocha Vianna, irmão de Pixinguinha. Nasceu no subúrbio da Piedade e passou a infância no Catumbi. Foi criado em um ambiente extremamente musical. Seu pai, funcionário dos telégrafos e flautista amador, possuía um grande arquivo de choros antigos e costumava reunir em sua casa os grandes chorões da época como Quincas Laranjeiras, Irineu de Almeida, Candinho Trombone, entre outros.

Dados artísticos

Integrou o “Choro Carioca”, grupo no qual atuavam seus irmãos Pixinguinha (flauta), Leo (violão), e Henrique (cavaquinho). Em 1917, integrou o Grupo de Caxangá, conjunto instrumental organizado pelo violonista João Pernambuco, que desfilava pela Avenida Rio Branco exibindo fantasias de sertanejos e executando toadas, cateretês, entre outros gêneros regionais. Por essa época, gravou como cantor vários discos na Phoenix, onde registrou suas modinhas “Amei-te tanto” e “A lua nova”. No carnaval de 1919, obteve grande sucesso com o samba “Já te digo”, com Pixinguinha, lançado pelo Grupo de Caxangá em resposta ao samba “Quem são eles”, lançado por Sinhô. A polêmica começou, na verdade, quando Sinhô compôs “O pé de anjo”, seu primeiro sucesso para o carnaval gravado por Chico Alves, que também estreava. A letra da marcha refere-se com ironia aos pés avantajados de China. Foi também integrante do conjunto Os Oito Batutas, grupo musical formado em abril de 1919, quando Isaac Frankel, gerente do cinema carioca Palais, solicitou a Pixinguinha que selecionasse músicos para se apresentar na sala de espera do cinema. Conquistaram rapidamente a fama de melhor conjunto típico da música brasileira, empreendendo excursões por São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Bahia e Pernambuco. Em janeiro de 1922 embarcaram para Paris, custeados por Arnaldo Guinle. A temporada prevista para apenas um mês prolongou-se até o final do mês de julho. Retornam ao país em meados de agosto, para participar das comemorações do centenário da independência do Brasil. Em novembro do mesmo ano, embarcaram para a Argentina, contando com os mesmos Pixinguinha, Donga, China, Nelson Alves, José A . de Lima, J.Thomaz, e os novos integrantes Josué Barros ao violão, e J. Ribas ao piano. Em 1923, os Oito Batutas gravaram o samba “Meu passarinho”, de sua autoria.

Obras
Ai, madama
Broadway (c/ Pixinguinha)
Cadê ele? (c/ Donga)
Caxuxa
Herança de caboclo (c/ Pixinguinha)
Já te digo (c/ Pixinguina)
Meu passarinho
O cachorro da mulata (com Duque)
Pulo de gato
Que nega é essa? (c/ Lezute)
Sai, exu (c/ Donga)
Trancinha
Viva a reação
Voce me acaba (c/ Mirandela e Donga)
Bibliografia Crítica

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.

SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo. Vol.1. São Paulo: Editora 34, 1997.

VASCONCELOS, Ary. Panorama da música popular brasileira – volume 1. Rio de Janeiro: Martins, 1965.