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© Leo Aversa
Nome Artístico
Chico Buarque
Nome verdadeiro
Francisco Buarque de Hollanda
Data de nascimento
19/6/1944
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Compositor. Cantor. Escritor.

Filho do historiador Sérgio Buarque de Hollanda e de Maria Amélia Buarque de Hollanda. Em 1946, aos dois anos de idade, mudou-se com sua família para São Paulo. Por ter nascido em uma família de intelectuais, afirmava que “as paredes lá de casa viviam cobertas de livros”. Desde cedo conviveu com diversos artistas, amigos de seus pais e da irmã Heloísa, entre os quais, João Gilberto, Vinicius de Moraes, Baden Powell, Tom Jobim, Alaíde Costa e Oscar Castro Neves. Em 1952, mudou-se com sua família para Roma onde o pai foi lecionar. Na capital italiana eram comuns os serões familiares em que sua mãe ou seu pai acompanhavam ao piano o diplomata Vinicius de Moraes, que cantava os sambas da época. Dois anos depois retornou ao Brasil, indo estudar no Colégio Santa Cruz, em São Paulo. Leu muito durante a adolescência, desde os grandes escritores russos como Dostoievski e Tostoi, franceses, como Céline, Balzac, Zola e Roger Martin, aos brasileiros, como Guimarães Rosa, João Cabral, José Lins do Rego, Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade e Graciliano Ramos. Aprendeu a tocar de ouvido, recebendo, da irmã Heloísa, as primeiras noções de violão. Convivendo com os amigos da irmã, que estavam iniciando a bossa nova, sofreu grande influência desse estilo, principalmente de João Gilberto, a quem procurava imitar. Ouvia muito no rádio as músicas de Ataulfo Alves, Ismael Silva, Noel Rosa e outros, além de chorinhos, sambas, marchas, modinhas, baiões e serestas. No Colégio Santa Cruz começou a envolver-se com o movimento estudantil e com organizações como a OAF (Organização de Auxílio Fraterno), que realizava campanhas para arrecadar agasalhos e alimentos para mendigos. Ainda durante o curso científico no Colégio Santa Cruz, começou a destacar-se entre os colegas pelo amor ao futebol, pelas crônicas, chamadas de “Verbâmidas”, que escrevia para o jornalzinho da escola, e pela participação constante nas batucadas que ocorrriam no ambiente escolar. Por essa época, escreveu suas primeiras composições, “Canção dos olhos” e “Anjinho”. Ainda no Colégio Santa Cruz, pisou num palco, pela primeira vez, num espetáculo no qual cantou a “Marcha para um dia de sol”, de sua autoria. Em 1961, foi preso juntamente com um amigo, por “puxar” um carro para dar umas voltas, ocasião em que foi proibido pelos pais de sair à noite antes de completar 18 anos. Dois anos depois, ingressou na FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo), na qual somente ficaria até o 3º ano. Já no 2º ano da faculdade, tornou-se amigo de Francisco Maranhão e de outros adeptos das batucadas. Criou com alguns colegas o Sambafo, que se reunia após as aulas para cantar e batucar no grêmio escolar ou então no Quitanda, boteco da Rua Dr. Vila Nova. Em 1966, conheceu a atriz Marieta Severo com quem se casou pouco tempo depois e com quem teve três filhas. O casal veio a separar-se em meados dos anos 90, após mais de trinta anos de convivência, mantendo, contudo, assídua convivência.

Dados artísticos

Em 1964, participou de um show no Colégio Rio Branco, em São Paulo, gravado para o Programa “Primeira audição”, produzido por João Leão, Horácio Berlink e Nilton Travesso para a TV Record. Ainda nesse ano, atuou no espetáculo “Mens sana in corpore samba”, realizado no Teatro Paramount, com produção de Walter Silva, e compôs a música “Tem mais samba” para a peça “Balanço de Orfeu”. Também em 1964, Maricene Costa gravou sua música “Marcha para um dia de sol”.

Em 1965, participou do I Festival Nacional de Música Popular Brasileira (TV Excelsior), com sua composição “Sonho de um carnaval”, defendida por Geraldo Vandré. Em seguida, passou a apresentar-se, semanalmente, nos shows do Teatro Paramount e no programa “O fino da bossa” (TV Record), comandado pela cantora Elis Regina. Foi convidado, pela direção do Tuca (Teatro da Universidade Católica), para musicar a peça “Morte e vida Severina”, de João Cabral de Mello Neto, o que fez com presteza, evidenciando a musicalidade já existente nos poemas. Ainda em 1965, a RGE lançou seu primeiro disco, um compacto simples contendo suas músicas “Olê, olá” e “Madalena foi pro mar”, que seriam regravadas por Nara Leão no LP “Nara pede passagem”, no qual constaria, também, a música “Pedro pedreiro”.

Em 1966, obteve o primeiro lugar no II Festival da Música Popular Brasileira (TV Record), com a canção “A banda”, prêmio dividido com “Disparada” (Geraldo Vandré), por sua própria sugestão. Também nesse ano, lançou seu primeiro LP, “Chico Buarque de Hollanda”, contendo suas composições próprias, que se tornariam clássicos da música popular brasileira: “Tem mais samba”, “A Rita”, “Pedro Pedreiro”, “Amanhã, ninguém sabe”, “Você não ouviu”, “Olê, olá” e “Sonho de um carnaval”, além de “A banda”. O disco consolidou o prestígio e o sucesso do compositor que se tornou, então, nas palavras do jornalista Millôr Fernandes, a “única unanimidade nacional”. Aos 22 anos e com pouco mais de 30 músicas, foi o mais jovem artista a prestar depoimento ao Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, tendo seu nome sido aprovado pelo Conselho Superior de MPB do MIS depois de debates acalorados, que se encerraram com o argumento definitivo do diretor do museu, Ricardo Cravo Albin, que fez um paralelo entre Chico e Noel Rosa, falecido prematuramente aos 26 anos pelo excesso de boêmia. Ainda em 1966, sua composição “Tamandaré”, que abordava a desvalorização do cruzeiro, foi censurada. Escreveu músicas para a peça “Os inimigos”, de Máximo Gorki, “O patinho preto”, de Walter Quaglia, e “Pedro pedreiro”, de Renata Pallottini. Participou, ao lado de Odete Lara e do grupo MPB-4, do show “Meu refrão”, realizado na boate Arpège (RJ), com direção e produção de Hugo Carvana e Antonio Carlos Fontoura. Compôs, ainda, a trilha sonora para o filme “O anjo assassino”, de Dionísio Azevedo.

Em 1967, recebeu, da Câmara Municipal de São Paulo, o título de Cidadão Paulistano, em concorrida cerimônia com direito a acompanhamento da Banda de Música da Guarda Civil, que interpretou “A Banda”. Nesse mesmo ano, lançou seu segundo LP, que trazia seu nome como título e a indicação de volume 2. O disco registrou novos sucessos, entre os quais, “Noite dos mascarados”, “Com açúcar, com afeto”, “Quem te viu, quem te vê”, “A televisão” e “Morena dos olhos dágua”. Ainda nesse ano, obteve o terceiro lugar no III Festival da Música Popular Brasileira (TV Record), com sua canção “Roda viva”, que interpretou ao lado do MPB-4, e o terceiro lugar no II FIC, com “Carolina”, defendida por Cynara e Cybele. Nesse período, participou pela primeira vez do cinema, atuando no filme “Garota de Ipanema”, de Leon Hirszman, interpretando suas composições “Noite dos mascarados” e “Um chorinho”. No final de 1967, o grupo Oficina encenou a peça “Roda Viva”, de sua autoria, com direção de José Celso Martinez. Tematizando a desmistificação do ídolo popular, o espetáculo chocou o público pela crueza de sua montagem e de seu texto, desfazendo sua imagem de menino bem comportado. Um grupo de extrema-direita invadiu o teatro, destruiu o cenário e espancou os atores. Ainda nesse ano, recebeu o Golfinho de Ouro, prêmio concedido pelo Conselho de Música Popular do MIS do Rio de Janeiro. Também em 1967, compôs as trilhas sonoras da peça “O&A”, de Roberto Freire, e do filme “Se segura malandro”, de Hugo Carvana.

Em 1968, lançou o LP “Chico Buarque de Hollanda – volume 3”, trazendo novos grandes sucessos, entre os quais, “Ela desatinou”, “Retrato em branco e preto” (c/ Tom Jobim), “Januária”, “Carolina”, “Roda viva” e “Sem fantasia”. No mesmo ano, venceu o III Festival Internacional da Canção com a composição “Sabiá” (c/ Tom Jobim), defendida pela dupla Cynara e Cybele. Venceu, também, o IV Festival de Música Popular Brasileira com a música “Benvinda”. Nesse período, entrou em confronto com os tropicalistas, devido a um mal-entendido provocado pela defesa de posturas estéticas diferenciadas. Ainda em 1968, sua música “Bom tempo” foi classificada em segundo lugar na I Bienal do Samba, realizada em São Paulo. A partir desse ano, passou a ser sempre indicado para receber o Golfinho de Ouro do MIS. O Conselho de Música Popular do museu resolveu declará-lo “Hors concours”, para que outros compositores tivessem a oportunidade de serem premiados.

Em 1969, viajou com Marieta Severo para a Itália, onde nasceu sua primeira filha, Sílvia. A família permaneceu nesse país por 15 meses. Trabalhou em casas noturnas, fazendo shows de abertura para a cantora americana Josephine Baker em dueto com o violonista brasileiro Toquinho. Fez, também, uma série de programas para a televisão italiana. Gravou, com o maestro italiano Ênio Moriconi, o disco “Por um pugno di samba”, que satirizava o western spaghetti “Por um punhado de dólares”, sucesso da época, com música de Moriconi. O disco, que o próprio cantor chamou de “Ação entre amigos”, foi um fracasso comercial, apesar de trazer composições do quarto disco do cantor e sucessos de anos anteriores.

Em 1970, de volta ao Brasil, lançou seu quarto LP, o primeiro pela Philips, revelando transformações na estética de sua obra. Estão presentes no disco, entre outras, “Essa moça tá diferente”, “Gente humilde” (c/ Vinicius de Moraes e Garoto), “Rosa dos ventos”, “Pois é” (c/ Tom Jobim), “Agora falando sério” e “Os inconfidentes”, com musicalização do poema de Cecília Meireles “Romanceiro da Inconfidência”. Na composição “Agora falando sério” havia um quase manifesto, como que renegando a fase anterior, em versos que diziam: “dou um chute no lirismo, um pega no cachorro, um tiro no sabiá, faço a mala e corro prá não ver banda passar”. No mesmo período, apresentou-se em programa especial na TV Globo. Por essa época, sua obra começou a ganhar um cunho cada vez mais social.

Em 1971, lançou o LP “Construção”, demostrando uma mudança definitiva em sua poética, com composições que se transformariam em clássicos de sua obra e da MPB, como a faixa-título, hino de protesto contra a exploração econômica e a solidão urbana,”Cotidiano”, “Cordão”, “Samba de Orly”, “Minha história”, versão da música de Dalla e Pallotino, que apresentava Jesus como um marginal, “Valsinha” (c/ Vinicius de Moraes) e “Deus lhe pague”. Nesse mesmo ano, integrou o elenco de atores do filme “Quando o carnaval chegar”, de Cacá Diegues, ao lado de Nara Leão e Maria Bethânia. Ainda em 1971, fez uma temporada no Canecão (RJ) com o espetáculo “Construção”, ao lado do pianista Jacques Klein, do maestro Isaac Karabtchevsky e do MPB-4.

No ano seguinte, foi lançado o LP “Quando o carnaval chegar”, contendo a trilha sonora do filme. Ainda em 1972, apresentou-se com Caetano Veloso no Teatro Castro Alves (Salvador), que gerou o disco “Caetano e Chico juntos e ao vivo”, com canções dos dois artistas. De sua autoria estão presentes, entre outras, “Bom conselho”, “Partido alto”, “Cotidiano” e “Ana de Amsterdã” (c/ Ruy Guerra). Traduziu, com Ruy Guerra, o musical “Homem de La Mancha” e assinou a trilha sonora do filme “Vai trabalhar vagabundo”, de Ruy Guerra, cuja música-título obteve grande sucesso. Nesse período, começou a sofrer, cada vez mais, perseguição por parte do regime militar, tendo muitas de suas canções censuradas: “Apesar de você”, “Cálice”, “Tanto mar” e “Bolsa de amores”, entre outras. “Apesar de você”, lançada em compacto que atingiu 100 mil cópias vendidas, foi censurada e os discos, em seguida, recolhidos do mercado. Ao lado de Ênio da Silveira, de seu pai, Sérgio Buarque e de Oscar Niemeyer, entre outros, participou do conselho do Cebrade (Centro Brasil Democrático).

Em 1973, resolveu não lançar nenhum disco. Participou, nesse ano, da Phono 73, evento que reuniu no palco do Palácio das Convenções do Anhembi (SP) o cast da gravadora Phonogram. Ao apresentar, com Gilberto Gil, sua composição “Cálice”, teve o microfone desligado pela censura, em dramático episódio. A música tivera sua letra publicada em um jornal e fora proibida momentos antes da apresentação, por conta do refrão “Cálice”, cuja fonética similar a “Cale-se”, era uma clara alusão à censura. Durante a apresentação, o compositor dirigia-se a outros microfones que eram desligados um a um, até que nenhum deles funcionasse mais e o “Cale-se” viesse a acontecer na prática. Ainda em 1973, compôs músicas para o filme “Joana Francesa”, de Cacá Diegues. Escreveu, com Ruy Guerra, a peça “Calabar, o elogio da traição”, cuja montagem foi proibida pela Censura, após meses de ensaios. O disco homônimo, contendo a trilha sonora do espetáculo, teve a capa também censurada, bem como trechos de algumas canções. Foi lançado com nova capa, totalmente branca, sob o novo título de “Chico canta”, com trechos cortados da música “Ana de Amsterdã” e com o prólogo, a música “Vence na vida quem diz sim”, apenas instrumental. Na mesma época, foi lançado o livro com o texto da peça.

Em 1974, escreveu a fábula “Fazenda modelo”, seguindo uma tradição de George Orwell, e, em parceria com Paulo Pontes, “Gota dágua”, adaptação da tragédia grega “Medéia”, ambientada em um subúrbio carioca. Nesse mesmo ano, lançou o disco “Sinal fechado”, contundente protesto contra a censura do regime militar, interpretando composições de outros compositores, entre as quais, “Festa imodesta” (Caetano Veloso), “Filosofia” (Noel Rosa), “Copo vazio” (Gilberto Gil), “Lígia” (Tom Jobim), “Sem compromisso” (Nelson Trigueiro e Geraldo Pereira) e “Sinal fechado” (Paulinho da Viola). A exceção foi a música “Acorda amor”, oficialmente de Julinho da Adelaide e Leonel Paiva, dupla fictícia de compositores atrás dos quais o autor se ocultou para driblar a censura. Em versos como “Acorda amor, eu tive um pesadelo agora, sonhei que tinha gente lá fora”, protestava, veementemente, contra a truculência da perseguição da ditadura militar. O verso “Você não gosta de mim, mas sua filha gosta”, da música “Jorge Maravilha”, foi considerado um irônico recado ao General Geisel, presidente militar na época, cuja filha apreciava o cantor, apesar do regime, cujo pai representava, censurá-lo. Apresentou-se, com o MPB-4, no Teatro Casa Grande (RJ), com o show “Tempo e Contratempo”.

Em 1975, a peça “Gota dágua” foi encenada no Rio com direção de Paulo Pontes, tendo Bibi Ferreira no papel principal. Nesse mesmo ano, apresentou-se, com a cantora Maria Bethânia, em show gravado ao vivo no Canecão (RJ) e lançado em disco, contendo no repertório antigos sucessos, como “Olê olá” e “Com açúcar e com afeto”, canções de compositores da Era do Rádio, como “Camisola do dia” (Herivelto Martins e David Nasser) e “Notícia de jornal” (Luis Reis e Haroldo Barbosa), músicas da peça “Gota dágua”, como a canção-título, “Flor da idade” e “Bem querer”, além de “Vai levando” (c/ Caetano Veloso). A música “Tanto mar” foi gravada em versão instrumental.

Em 1976, lançou o LP “Meus caros amigos”, outro emblema da música de cunho social e de protesto contra a ditadura militar que marcaria aquela época na obra do cantor e compositor. Várias canções do disco tornaram-se clássicos e fizeram muito sucesso, entre as quais “O que será (A flor da pele)”, cantada em dueto com Milton Nascimento, “Passaredo” (c/ Francis Hime), “Olhos nos olhos”, “Você vai me seguir”, “Mulheres de Atenas” (c/ Augusto Boal) e “Basta um dia”. Na mesma época, fez a abertura da trilha sonora do filme “Dona Flor e seus dois maridos”, de Bruno Barreto, com “O que será”, uma das músicas mais tocadas nas rádios naquele momento e que ajudou a torná-lo mais conhecido no exterior. Chegou a ser proibido na Argentina pela ditadura do General Videla. Compôs música para a peça “Mulheres de Atenas”, de Augusto Boal, e para o filme “A noiva da cidade”, de Alexis Vianny.

Em 1977, produziu e dirigiu, com Sergio de Carvalho, o musical “Os Saltimbancos”, com tradução e adaptação de sua autoria da música de Luiz Enriquez e texto original de Sérgio Bardotti. O disco, lançado pela PolyGram, contou com as presenças de Miúcha e Nara Leão, além de Aquiles e Magro, do MPB-4.

Em 1978, depois de mais de um ano sem gravar, lançou o disco “Chico Buarque”, primeiro no raiar da chamada abertura política, com o fim da censura e a volta dos exilados políticos, por conta da anistia. O disco registrou três composições, anteriormente censuradas, “Tanto mar”, “Apesar de você” e “Cálice”, essa última gravada com Milton Nascimento, além de “Pivete”, registro da situação do menor abandonado, “Feijoada completa”, receita de recepção para o retorno dos exilados, e “Pequena serenata diurna”, do cubano Silvio Rodrigues. Gravou, ainda, músicas da peça “A Ópera do malandro”, que ainda não entrara em cartaz, “Pedaço de mim”, cantada com Zizi Possi, “O meu amor”, cantada por sua mulher Marieta Severo e por Elba Ramalho, em gravação que obteve muito sucesso, e “Homenagem ao malandro”. No mesmo ano, estreou, no Rio de Janeiro, a “Ópera do malandro”, musical baseado na “Ópera dos Mendigos” (1728) de John Gray, e na “Ópera dos três vinténs” (1928), de Bertolt Brecht e Kurt Weill, com direção de Luiz Antonio Martinez, mesmo diretor da montagem paulista. Compôs para a peça “Murro em ponta de faca”, de Augusto Boal.

Em 1979, foi lançado o álbum duplo “Ópera do malandro”, contendo as músicas da peça, com a participação de Francis Hime, Chiquinho do Acordeom, Sivuca, A Cor do Som, A Turma do Jackson do Pandeiro e Chico Batera, entre outros instrumentistas, além de orquestra e coro, para a parte intitulada “Ópera”, montagem de trechos de óperas famosas com letras de sua autoria. Participaram também do disco outros artistas, como Gal Costa e Francis Hime (“Pedaço de mim”), João Nogueira (“Malandro nº 2”), Nara Leão (“Folhetim”), As Frenéticas (“Ai, se eles me pegam agora”), Marieta Severo e Elba Ramalho (“Meu amor”), A Turma do Funil (“Se eu fosse o teu patrão”), MPB-4 (“O malandro” e “Tango do covil”), Marlene (“Viver de amor”), Zizi Possi (“Terezinha”) e Moreira da Silva (“Homenagem ao malandro”). O compositor cantou “Doze anos”, com Moreira da Silva, “O casamento dos pequenos burgueses”, com Alcione, “Hino de Duran”, com A Cor do Som, e “Uma canção desnaturada”, com Marlene. A música de maior impacto no álbum foi “Geni e o Zepelim” (“Joga bosta na Geni, ela é feita pra apanhar, ela é boa de cuspir, ela dá pra qualquer um, maldita Geni”). Nessa época, atuou em shows de apoio às lutas dos trabalhadores, especialmente os grevistas do ABC paulista. Apresentou-se, também, no show do Primeiro de Maio. No mesmo ano, a Som Livre, na série “Gala 79”, fez uma retrospectiva que englobava a primeira fase da obra do compositor, incluindo, ainda, as inéditas “Luisa” e “Quadrilha”, ambas com Francis Hime. Nesse período, musicou o filme “A República dos assassinos”, de Miguel Faria Jr., e a peça “O rei de Ramos”, de Dias Gomes.

Em 1980, lançou o LP “Vida”, contendo composições dos anos 1970, ainda não gravadas, como “Não sonho mais”, “Morena de Angola”, que retrata seu envolvimento com alguns países africanos, como Angola e Moçambique, libertados há pouco tempo do domínio português, “Eu te amo” (c/ Tom Jobim), gravada em dueto com a cantora Telma Costa, “Vida” e “Qualquer canção”. O disco registrou, também, “Bye bye Brasil” (c/ Roberto Menescal), da trilha sonora do filme homônimo de Cacá Diegues. No mesmo ano, participou da festa do jornal “Avante”, órgão oficial do Partido Comunista português, e apresentou-se no projeto “Kalunga”, em Angola, juntamente com mais 64 artistas brasileiros. O cineasta argentino Maurício Bem realizou o documentário “Certas palavras”, com depoimentos de vários artistas, como Caetano Veloso e Vinicius de Moraes, sobre o compositor. Fez ainda duas músicas para o filme “O último dos Nukupirus”, de Ziraldo e Gugu Olimecha.

Em 1981, gravou o LP “Almanaque”, com destaque para “Meu guri” e contendo ainda “As vitrines”, “A voz do dono e o dono da voz”, retratando os percalços do cantor para mudar de gravadora, saindo da PolyGram e indo para a Ariola, “Moto contínuo” (c/ Edu Lobo) e “Tanto amar”. Apareceu em disco, também pela primeira vez, na voz do autor, a composição “Angélica”, parceria com Miltinho, do MPB-4, homenagem à estilista Zuzu Angel em sua luta por justiça pela morte do filho Stuart Angel, ocorrida nas dependências de um quartel da Aeronáutica. No mesmo ano, participou do roteiro e assinou a trilha sonora do filme “Os Saltimbancos trapalhões”, de J. B. Tanko.

Em 1982, lançou “O grande circo místico”, contendo a trilha sonora, composta em parceria com Edu Lobo, para o espetáculo homônimo apresentado pelo Ballet Guaíra, em Curitiba, e em outros espaços como o Maracanãzinho (RJ). O disco contou com arranjos de Edu Lobo e Chiquinho de Moraes, orquestração e regência de Chiquinho de Moraes e a participação de Milton Nascimento (“Beatriz”), Jane Duboc (“Valsa dos clowns”), Gal Costa (“A história de Lily Braun”), Simone (“Meu namorado”), Gilberto Gil (“Sobre todas as coisas”), Tim Maia (“A bela e a fera”), Zizi Possi (“O circo místico”) e Coro Infantil (“Ciranda da bailarina”). Interpretou, com Edu Lobo, a faixa “Na carreira”. Nesse período, fez diversas viagens a Cuba, apresentando shows na ilha da América Central.

Em 1983, participou da adaptação e da trilha sonora do filme “Para viver um grande amor”. Compôs, também, para o filme “Perdoa-me por me traíres”, de Brás Chediack, e para a peça “Dr. Getúlio”, de Dias Gomes e Ferreira Gullar.

No ano seguinte, lançou o LP “Chico Buarque”, pela PolyGram, contendo, entre outras, suas canções “Suburbano coração”, “Mil perdões” e “Samba do grande amor”, além de “Pelas tabelas” e “Vai passar”, que se tornaram hinos do movimento pelas eleições diretas, sendo tocadas e cantadas em inúmeros comícios realizados em diversas cidades brasileiras. O próprio cantor cedeu sua voz em prol da campanha, comparecendo e apresentando-se em diversos comícios.

Em 1985, chegou às telas “A ópera do malandro”, de Ruy Guerra, baseado na obra homônima de Chico Buarque. O disco com a trilha sonora do filme foi lançado nesse mesmo ano, trazendo o próprio compositor na interpretação de “A volta do malandro” e “Hino da repressão”, além de Ney Matogrosso (“Las muchachas de Copacabana”), Ney Latorraca (“Hino da repressão”), Gal Costa (“Último blues”), Zizi Possi (“Sentimental”), Elba Ramalho (“Palavra de mulher”) e Bebel (“Rio 42”). Ainda nesse ano, lançou, com Edu Lobo, a trilha sonora da peça “O Corsário do Rei”.

Em 1986, passou a apresentar, juntamente com Caetano Veloso, o programa mensal “Chico e Caetano” (Rede Globo), que daria origem a um disco gravado ao vivo, intitulado “Os melhores momentos de Chico e Caetano”. No mesmo ano, compôs a música “As minhas meninas” para a peça “As quatro meninas”, de Lenita Ploncynsky.

Em 1987, lançou, pela RCA Victor, o LP “Francisco”, que marca um momento mais introspectivo na carreira do cantor. O lado político social, no entanto, permanece forte em “Bacarrota blues” (c/ Edu Lobo). Estão presentes, ainda, “O velho Francisco”, “As minhas meninas”, “Estação derradeira”, uma homenagem à escola de samba Mangueira, “Lola” e “Cantando no toró”. No mesmo período, compôs músicas para o balé “Dança da meia-lua”.

Em 1988, lançou, com Edu Lobo, o disco “Dança da meia-lua”, pela Som Livre.

No ano seguinte, gravou, pela RCA Victor, o LP “Chico Buarque”, com destaque para “Morro Dois Irmãos”, “Baticum” (c/ Gilberto Gil), “Valsa brasileira” (c/ Edu Lobo), “Uma palavra” e “O futebol”, homenagem do cantor aos seus ídolos Mané Garrincha, Didi, Pagão, Pelé e Canhoteiro. Ainda em 1989, compôs músicas para a peça “Suburbano coração”, de Naum Alves, e para o filme “Amor vagabundo”, de Hugo Carvana.

Em 1991, publicou o romance “Estorvo”.

Em 1993, após quatro anos sem gravar, lançou “Paratodos”, que o levou de volta às paradas de sucesso, especialmente com a música-título. Destacaram-se, ainda, no repertório do disco, as canções “Biscate”, gravada com Gal Costa, “Futuros amantes”, “Um piano na Mangueira”, em parceria com Tom Jobim, que realizou uma participação na gravação, e “A foto da capa”. Realizou uma série de shows, em várias cidades, para o lançamento do disco, que recebeu grande aceitação de crítica e público.

Em 1994, por ocasião do seu 50º aniversário, a PolyGram/Philips lançou uma caixa com cinco CDs, com um resumo de sua obra, dividida nas fases “O malandro”, “O trovador”, “O amante”, “O cronista” e “O político”. No mesmo ano, voltou aos palcos para o show “Paratodos”. Seu livro “Estorvo” ganhou o Prêmio Jabuti de Literatura, sendo publicado na França, Itália, Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos e Portugal. Participou da campanha contra a fome, promovida pelo sociólogo Betinho.

Em 1995, publicou o romance “Benjamim” e lançou o CD “Uma palavra”.

No ano seguinte, Gal Costa gravou o CD “Mina dágua do meu canto”, registrando apenas canções suas e de Caetano Veloso.

Em 1997, realizou uma série de shows no Rio e em São Paulo, com o propósito de arrecadar fundos para a construção do Centro de Memória da Mangueira.

No ano seguinte, lançou, pela BMG, o CD “Chico Buarque de Mangueira”, também com o intuito de arrecadar fundos para a escola de samba. O disco contou com a participação de Leci Brandão, Alcione, João Nogueira, Carlinhos Vergueiro, Cristina e Nélson Sargento. Ainda em 1998, a Estação Primeira de Mangueira foi campeã do carnaval carioca com o enredo “Chico Buarque da Mangueira”. Ao desfilar em carro alegórico, na passarela, Darcy Ribeiro obteve aplausos unânimes do público.

No ano seguinte, gravou o CD “As cidades”, com temporada de lançamento no Canecão (RJ). No repertório do disco, suas composições “Iracema voou”, “Sonhos são sonhos”, “Cecília”, “Chão de esmeraldas” (c/ Hermínio Bello de Carvalho), “Xote da navegação” (c/ Dominguinhos) que registrou uma participação do parceiro na sanfona, e “Assentamento”, canção feita para o Movimento dos Sem Terra, além de “A ostra e o vento”, composição sua para o filme homônimo de Walter Lima Junior. Também em 1999, apresentou o show “As cidades”, no Credicard Hall de São Paulo.

Em 2000, foi lançado, na Itália, o CD “Sonho de um carnaval”, apresentado como coletânea e trazendo as gravações feitas em território italiano, em 1970, com arranjos de Ênio Moriconi. Também nesse ano, concedeu longa entrevista para a revista “Bundas”, dirigida pelo escritor e cartunista Ziraldo. Ainda em 2000, a BMG lançou “Álbum de teatro”, disco que registrou algumas de suas parcerias com Edu Lobo para espetáculos teatrais.

Em 2001, compôs, com Edu Lobo, a trilha sonora do espetáculo “Cambaio”, escrito por Adriana Falcão e dirigido por João Falcão, lançada em CD, com a participação de músicos como Cristóvão Bastos, Jurim Moreira, Marcio Montarroyos, Jacques Morelenbaum, Eduardo Morelenbaum, Lúcia Morelembaum e Andréa Ernest Dias, entre outros. No repertório, canções como a faixa-título, interpretada por Lenine, “Lábia”, interpretada por Zizi Possi, “Veneta”, interpretada por Gal Costa, “A moça do sonho” e “Noite de verão”, interpretadas por Edu Lobo, além de “Uma canção inédita”, “Ode aos ratos” e “Cantiga de acordar”, em sua interpretação, essa última ao lado de Edu Lobo e Zizi Possi. Nesse mesmo ano, foi lançada, pela Universal Music, a caixa coletânea “Construção”, contendo 22 CDs e libreto.

Em 2002, a BMG Brasil lançou a coletânea “Duetos”, reunindo gravações do compositor em dupla com vários artistas, como Nana Caymmi, Tom Jobim, Zeca Pagodinho, Elza Soares e Pablo Milanés, entre outros. A faixa “Façamos (Vamos amar)”, versão de Carlos Rennó para “Lets Do It, Lets Fall in Love” (Cole Porter), foi tema de abertura da novela “Desejos de mulher” (Rede Globo), nesse mesmo ano.

Em 2003, foi remontado seu musical “A ópera do malandro” (1978). O espetáculo estreou no Teatro Carlos Gomes (RJ), com direção geral de Charles Möeller e direção musical coordenada por André Góes e Liliane Secco, também responsável pelos arranjos. No elenco, Alexandre Schumacher, Soraya Ravenle, Alessandra Maestrini, Claudio Tovar, Lucinha Lins e Mauro Mendonça. Ainda nesse ano, lançou o livro “Budapeste” (Companhia das Letras), com tiragem inicial de 50.000 exemplares.

Em 2004, participou, sob a direção de Monique Gardenberg, da gravação do clipe de “Alegria”, música de Arnaldo Antunes incluída na trilha sonora do filme “Benjamim”, baseado em livro de sua autoria. Nesse mesmo ano, foi lançada por “Seleções do Readers Digest” a caixa “As mais belas canções de Chico Buarque”, coletânea de cinco CDs contendo 70 músicas do compositor, divididas pelos temas “Construindo sucessos”, “Chico sem censura”, “Encontros inesquecíveis”, “Talento brasileiro” e “Outras vozes cantam Chico”.

Em 2005, foi veiculada, pela DirecTV (canal 605 da operadora de TV por assinatura), a série de especiais celebrando sua vida e obra, dirigida por Roberto de Oliveira, lançada, nesse mesmo ano, nas caixas “Chico”, reunindo os DVDs “Meu caro amigo”, “À flor da pele” e “Vai passar”, contemplados com o DVD de Platina (pela vendagem de mais de 50.000 cópias) e “Chico 2”, reunindo os DVDs “Anos dourados”, “Estação derradeira” e “Bastidores”, contemplados com o DVD de Ouro (pela vendagem de mais de 25.000 cópias), também em 2005. Neste ano, foi remontada, pela Cia. Pitangas Bravas, da diretora Patrícia Zampiroli, sua peça teatral “Roda viva”, encenada no espaço Glauce Rocha da Uni-Rio. Ainda em 2005, foi registrada em estúdio sua primeira parceria com Ivan Lins, “Renata Maria”, para disco de Leila Pinheira intitulado “Hoje”. Também nesse ano, Fafá de Belém lançou o CD “Tanto mar”, contendo exclusivamente canções de sua autoria. O compositor participou do disco na faixa “Fado tropical”, recitando o poema escrito pelo parceiro Ruy Guerra. Ainda em 2005, assinou contrato com a gravadora Biscoito Fino, para lançamento de mais um disco, produzido por Vinicius França, com arranjos e direção musical de Luiz Claudio Ramos.

Em 2006, chegou ao mercado a caixa “Chico 3”, contendo os DVDs “Uma palavra”, “O futebol” e “Romance”. Nesse mesmo ano, o compositor lançou o CD “Carioca”, contendo suas canções “Subúrbio”, “Outros sonhos”, “Ode aos ratos” (c/ Edu Lobo), “Dura na queda”, “Porque era ela, porque era eu”, “As atrizes”, “Ela faz cinema”, “Bolero blues” (c/ Jorge Helder), “Renata Maria” (c/ Ivan Lins), “Leve” (c/ Carlinhos Vergueiro), “Sempre” e “Imagina” (c/ Tom Jobim).Também em 2006, estreou, no Tom Brasil Nações Unidas, em São Paulo, o show de lançamento do CD “Carioca”, seguindo por várias cidades brasileiras e três européias até o ano seguinte, tendo sido visto por 185.000 pessoas até o final da turnê.

Lançou, em 2007, o CD duplo “Carioca ao vivo” e também o DVD “Carioca ao vivo”, contendo o registro integral do show “Carioca”.

Lançou, em 2009, o livro “Leite derramado” (Companhia das Letras).

Em 2010, foi lançada a compilação ”Essa história está diferente – Dez contos para canções de Chico Buarque” (Companhia das Letras), organizada por Ronaldo Bressane, contendo contos de Cadão Volpato (baseado em “Carioca”), Carlos Saavedra (baseado em “Mil perdões”), Alan Pauls (“O direito de ler enquanto se janta sozinho”, baseado em “Ela faz cinema”), Rodrigo Fresán ( “A mulher dos meus sonhos e outros sonhos”, baseado em “Outros sonhos”), Mario Bellatin (“Os fantasmas do massagista”, baseado em “Construção”), Mia Couto ( “Olhos nus: olhos”, baseado em “Olhos nos olhos”), André Sant’Anna (“Lodaçal”, baseado em “Brejo da Cruz”), Xico Sá ( “Um corte de cetim”, baseado em “Folhetim”), João Gilberto Noll (baseado em “As vitrines”) e Luiz Fernando Veríssimo (baseado em “Feijoada completa”). Nesse mesmo ano, foi lançado, no mercado editorial italiano, “Latte versato”, versão de seu livro “Leite derramado”. Ainda em 2010, foi lançada a “Coleção Chico Buarque”, livros-CDs que reapresentam 20 álbuns da discografia do compositor e cantor, gravados entre 1966 e 2006, com libreto contendo textos sobre as faixas e sobre o contexto histórico dos discos, além de depoimentos de parceiros do artista. A coleção traz, na seqüência, os seguintes volumes: “Chico Buarque” (1978), “Construção” (1971), “Meus caros amigos” (1976), “Chico Buarque de Hollanda” (1966), “Chico Buarque de Hollanda Vol. 2 (1967), “Chico Buarque de Hollanda Vol. 3” (1968), “Paratodos” (1993), “Sinal fechado” (1974), “Vida” (1980), “Almanaque” (1981), “Chico Buarque” (1984), “Calabar” (1973), “Chico Buarque” (1989), “Ao vivo Paris – Le Zenith“ (1990), “Uma palavra” (1995), “As cidades” (1998), “Chico Buarque de Mangueira” (1997), “Carioca” (2006), “Francisco” (1987) e “Per um Pugno di Samba” (1970). Também em 2010, foi editada em DVD pela gravadora Biscoito Fino, em parceria com a TV Cultura, o depoimento que concedeu ao programa “MPB Especial”, dirigido por Fernando Faro, no ano de 1973, contendo também gravações de suas canções “Tatuagem” (c/ Ruy Guerra), “Deus lhe pague”, “Desalento” (c/ Vinicius de Moraes), “Samba de Orly” (c/ Toquinho e Vinicius de Moraes), “Hino do Polytheama”, “Bom conselho”, “Cotidiano”, “Caçada”, “Olê, Olá” e “Flor da Idade”, além de “Cuidado com a outra” (Nelson Cavaquinho e Augusto Tomaz Junior), e ainda citações “Meu refrão”, “Amanhã ninguém sabe”, “Ela desatinou/Construção”, “Ilmo Sr. Cyro Monteiro”, “Boi voador não pode” (c/ Ruy Guerra) e “Soneto”. Ainda nesse ano, o pianista Benjamim Taubkin lançou o CD “Chico Buarque por Benjamim Taubkin”, da série “Solo Lounge”, registrando suas composições “Sabiá” (c/ Tom Jobim), “Gente humilde” (c/ Vinicius de Moraes sobre música de Garoto), “Samba de Orly” (c/ Toquinho e Vinicius de Moraes), “A banda”, “Carolina”, “A Rita”, “Quem te viu quem te vê”, “Morena de Angola” e “Noite dos mascarados”.

No início de 2011, foi ao ar a microssérie “Amor em 4 atos” (Rede Globo), inspirada em cinco canções de sua autoria: “Mil perdões”, “Folhetim”, “Vitrines”, “Construção” e “Ela faz cinema”. Seu acervo pessoal e artístico, digitalizado pelo Instituto Antonio Carlos Jobim, foi disponibilizado, nesse mesmo ano, no site http://www.jobim.org, onde é possível se ter acesso a cerca de 600 faixas de sua discografia e também a textos (peças, roteiros) e fotos (de carreira e familiares). Também em 2011, lançou o CD “Chico”, com suas canções “Rubato”(c/ Jorge Helder), “Sou eu” (c/ Ivan Lins), “Sinhá” (c/ João Bosco), “Querido Diário”, “Essa pequena”, “Tipo um baião”, “Se eu soubesse”, “Sem você nº 2”, “Nina” e “Barafunda”. O disco contou com a participação especial de Thais Gulin (na faixa “Se eu soubesse”) e João Bosco (na faixa “Sinhá”). Ainda nesse ano, numa parceria do Instituto Cultural Cravo Albin com o selo Discobertas, foi lançado o box “100 Anos de Música Popular Brasileira”, contendo quatro CDs duplos, com áudio restaurado por Marcelo Fróes da coleção  de oito LPs da série homônima produzida por Ricardo Cravo Albin, em 1975, com gravações raras dos programas radiofônicos “MPB 100 ao vivo” realizadas no auditório da Rádio MEC, em 1974 e 1975. O compositor participou do volume 6 da caixa, com suas canções “A banda” e “Carolina”, ambas na voz de Pery Ribeiro. Também em 2011, foi lançado o livro “Para seguir minha jornada: Chico Buarque” (Nova Fronteira), com texto Regina Zappa e organização de Julio Silveira. Também nesse ano, o CD “Chico” figurou na relação “Os Melhores Discos de 2011” do Jornal “O Globo”, em seleção assinada por Bernardo Araujo, Carlos Albuquerque, Leonardo Lichote, Luiz Fernando Vianna e Silvio Essinger. Ainda em 2011, o site http://www.chicobastidores,com,br criado em função do lançamento de seu novo CD exibiu o documentário de uma hora “Dia Voa”, dirigigo por Bruno Natal a partir de imagens captadas nas gravações do CD.

Em janeiro de 2012, estreou temporada carioca do show “Chico” no espaço Vivo Rio (RJ) acompanhado pelos músicos Luiz Claudio Ramos (violão), João Rebouças (piano), Bia Paes Leme (teclados e vocais), Wilson das Neves (bateria), Chico Batera (percussão), Jorge Helder (contrabaixo) e Marcelo Bernardes (flauta e sopros). Além de sucessos de carreira, canções do CD homônimo lançado em 2011 fizeram parte do repertório do espetáculo, que contou ainda com a participação de Vinícius França (produção geral), Helio Eichbauer (direção de arte e cenários), Maneco Quinderé (iluminação), Cao Albuquerque (figurinos) e Ricardo ‘Tenente’ Clementino (direção técnica). Em seguida, o show saiu em turnê por vários estados brasileiros. Foi contemplado, em 2012, com o Prêmio da Música Brasileira, na categoria Melhor Canção, por sua composição “Sinhá” (c/ João Bosco), incluída em seu CD “Chico”. Nesse mesmo ano, chegaram ao mercado o CD ao vivo “Na carreira”, com registros dos shows da turnê “Chico”, e a caixa “De todas as maneiras”, que reúne seus 21 primeiros álbuns – do “Chico Buarque de Hollanda”, de 1966, à trilha sonora do filme “Ópera do Malandro”, de 1986 – e o CD triplo “Umas e outras”, contendo compilações de raridades do período registradas em fitas guardadas no arquivo da Universal pelo técnico William Tardelli, selecionadas pelo jornalista Cleodon Coelho, faixas editadas em compactos e participações em discos de outros cantores, com destaque para a gravação inédita de “Jorge Maravilha”. A caixa traz ainda textos do jornalista Leonardo Lichote. Ainda em 2012, fez participação especial no show “Primavera Carioca”, apresentado por Caetano Veloso no Teatro Oi Casa Grande (RJ). O espetáculo “Na balada” figurou na relação “Os Melhores Shows de 2012” – assinada pelos jornalistas Bernardo Araújo, Carlos Albuquerque, Leonardo Lichote e Sílvio Essinger -, publicada na edição de 30 de dezembro desse mesmo ano do Jornal “O Globo”.

Com uma obra rica e variada, o cantor tem atravessado os anos mantendo-se como um exemplo de coerência política e estética, recebendo o respeito e admiração do público e da crítica. Em 2014, lançou, pela Companhia das Letras, seu novo livro, “O Irmão Alemão”, que logo se tornou um dos mais comentados do ano. Em 2015, teve sua obra revisitada pela cantora italiana Susanna Stivali com a gravação do CD “Caro Chico”, no qual foram vertidas para o italiano obras de diferentes fases do compositor, tais como, “Tem Mais Samba”; “Construção”; “Samba do Grande Amor”; “O que Será”; “Tanta Saudade”, com Djavan; “A Noiva da Cidade”, com Francis Hime; “Beatriz”, com Edu Lobo, e “Lei era Lei”, com Ivan Lins. O próprio compositor participou do CD cantando em dueto com SasannaStivali o samba-canção “Morena dos Olhos d’água”. No mesmo ano, foi lançado nos cinemas o filme “Chico: Artista brasileiro”, dirigido por Miguel Faria Jr. O diretor convidou nove artistas diferentes para interpretar as músicas do compositor no filme. Assim, além do próprio autor que interpretou “Sinhá” e “Paratodos”, Ney Matogrosso, cantou “As vitrines”, Moyseis Marques,  “Mambembe”, Laila Garin, “Uma canção desnaturada”, Monica Salmaso, “Mar e lua”, Péricles, “Estação derradeira”, Adriana Calcanhotto e Martnália, “Biscate” e a portuguesa Carminho, interpretou uma recriação de “Sabiá” e, em dueto com Milton Nascimento, “Sobre todas as coisas”. Os arranjos para o CD, gravado no palco da Cidade das Artes, no Rio, coube a Luiz Cláudio Ramos. Também em 2015, foi lançada pela gravadora Som Livre a caixa “Os Primeiros Anos” com reediçõs dos três primeiros Cds do cantor e compositor, lançados entre 1966 e 1968 trazendo composições como “A Banda”, “Carolina”, “Até Pensei”, “Morena dos olhos dágua” e “Com açúcar e com afeto”. Em 2016, seu primeiro LP, “Chico Buarque de Hollanda”, completou 50 anos de lançamento com sua capa sendo hit absoluto na internete. Por ocasião da edição do LP o crítico do jornal O Globo Sylvio Tullio Cardoso considerou o LP como “um disco perfeito” e ainda disse: “Lá está relativizada e mais otimista a filosofia de um Noel, lá está a riqueza melódica de um Vadico, lá está o balanço de um Janet de Almeida, um Vasourinha, um Ciro, um Mário Reis devidamente atualizado pela batida moderna de Toquinho (…) A música popular brasileira de reencontrou com Chico Buarque de Hollanda”. Em 2017, lançou pelo selo Biscoito Fino o LP “Caravanas”, com as músicas  “Tua Cantiga”, com Cristóvão Bastos, “A Moça Do Sonho”, com Edu Lobo, “Massarandupió”, com o neto Chico Brown, e “Casualmente”, com Jorge Helder, além de “Blues Pra Bia    “, “Dueto”, “Jogo De Bola”, “Desaforos”, e “As Caravanas”, todas de sua autoria. Nesse disco, a música “Tua cantiga”, com Cristóvão Bastos, foi alvo de grande polêmica com o compositor sendo acusado de machista. No mesmo ano, estreou em Belo Horizonte, no Palácio das Artes, a turnê “Caravanas”, homônima do CD recém lançado. Na abertura interpretou o samba “Minha embaixada”, de Assis Valente. Cantou acompanhado por uma banda formada pelos músicos Luiz Claudio Ramos, no violão, guitarra e arranjos, João Rebouças, piano, Bia Paes Leme, teclado e vocal, Chico Batera, percussão, Jurim Moreira, bateria, Jorge Helder, baixo e Marcelo Bernardes, flauta e sopros, composições como “Partido alto”, “Dueto”, em dueto vocal com Bia Paes Leme, “Sabiá”, com Tom Jobim, “Grande Hotel”, (no qual prestou homenagem ao amigo e músico Wilson das Neves, falecido meses antes, a quem dedicou o show), “As caravanas”, “Iolanda”, versão sua para música do cubano Pablo Milanés, “Casualmente”, “A volta do malandro”, “Homenagem ao malandro”, “Todo sentimento” e “Tua cantiga”, com Cristóvão Bastos, “A história de Lily Braun” e “A bela e a fera”, com Edu Lobo, “Estação derradeira”, e “Futuros amantes” e “Geni e o Zepelin”,  cantadas no bis, além de “Desaforos” e “Injuriado”, espécie de desabafo frente aos recentes ataques que tem sofrido devido a suas posições políticas. Em 2018, estreou em temporada de um mês no Rio de Janeiro, onde não se apresentava desde 2012, o show “As caravanas”, no teatro Vivo Rio, no Aterro do Flamengo com platéias permanentemente lotadas. No mesmo ano, apresentou-se no Festival Lula Livre realizado no bairro carioca da Lapa e que reuniu diversos artistas em ato político em prol da libertação do ex-presidente Lula encarcerado na cidade de Curitiba, no Paraná. Inicialmente interpretou suas composições “Gota d´água”, e na sequência, cantou, de seu último disco, “As Caravanas”. Em seguida, chamou ao palco Gilberto Gil, com quem não se apresentava desde os tempos da ditadura. Os dois interpretaram então a composição “Cálice”, de autoria dos dois, censurada pela ditadura militar. Encerrando sua participação, cantou com Gilberto Gil e Beth Carvalho o samba “Deixa a vida me levar”, de Serginho Meriti e Eri do Cais. Ainda no mesmo ano, foi o vencedor em duas categorias do 29º  Prêmio da Música Popular Brasileira, realizado no Teatro Municipal, o de “Melhor canção”, com “Tua cantiga”, com Cristóvão Bastos, e o de “Melho Álbum de MPB”, com “As caravanas”, produzido por Luiz Carlos Ramos. Ainda em 2018, foi o artista mais premiado nas categorias do Grammy Latino, que foi entregue na cidade norte americana de Las Vegas. Segundo reportagem do jornal O Globo, “O compositor carioca ficou com os troféus de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira por “Caravanas”, e Melhor Canção em Língua Portuguesa, com “As caravanas”. Em dezembro deste ano esteve com o Papa Francisco acompanhando um grupo de ativistas brasileiros que apresentaram defesa de Lula, do ex- presidente do Brasil, preso em Curitiba. Em 2019, sua peça “Gota dágua”, feita em parceria com Paulo Pontes, estrelada em 1975 por Bibi Ferreira, voltou aos palcos em montagem do grupo Coletivo Negro, com elenco negro. A nova montagem com direção de Jé Oliveira teve a cantora Juçara Marçal, do grupo Metá Metá, no papel de Jocasta. No mesmo ano, apresentou-se na 16 edição do Show de Verão da Magueira, ao lado de Maria Bethânea, Alcione, Leci Brandão, Martnália e Pretinho da Serrinha em dois shows no Teatro Vivo Rio. O show “Caravanas”, gravado em CD/DVD foi tema de artigo do crítico José Miguel Wisnik, para o jornal O Globo, que escreveu: “Registro do show “Caravanas”, de Chico Buarqeu, acusa o rumo histórico que nos foi levando ao pesadelo da brutalização, mas transcende a brutalidade com o poder de canções tão complexas quanto límpidas. As canções de Chico Buarque fazem uma combinação rara entre a atemporalidade de sua beleza lírica, às vezes quase metafísica  (quando o tempo em si é seu grande personagem), e a emergência de  cada momento histórico”. Em 2019, tal como ocorreu com o cantor e compositor norte americano Bob Dylan, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 2016, numa afirmação da qualidade poética e literária de suas composições, foi o vencedor do prêmio Camões, principal troféu literário em língua portuguesa, criado em 1988 e que elege todo ano um autor de qualquer país falante de português. Tornou-se o primeiro músico a receber o prêmio. O júri que o escolheu foi formado por professores e escritores do Brasil Portugal, Angola e Moçambique. Em agradecimento o compositor declarou: “Fiquei muito feliz e honrado de seguir os passos de Raduan Nassar”. No mesmo ano, viajou para Paris e pediu visto de permanência mais longa. Afirmando que não pretendia pedir asilo, mas sim ter tranquilidade para escrever seu novo livro. Ainda em 2019, no dia em que completou 75 anos foi homenageado pelo saxofonista e flautista Alexandre Caldi e pelo bandolinista Hamilton de Holanda que se juntaram para apresentar em apresentação única na Sala Cecília Meireles, com direção de Inez Viana, o espetáculo “Fantasia – Chico Buarque em música e poesia”. No espetáculo os músicos apresentaram 16 músicas do compositor em versões instrumentais juntos ou separados, intercalados por versos e trechos de livros recitados pela atriz e cantora Emanuelle Araújo. Também foi fartamente homenageado pelas redes sociais do Instituto Cultural Cravo Albin, com citações de alguns trechos de seus romances que contribuíram para a outorga do Prêmio Camões. No mesmo ano, voltou a gravar com o amigo Francis Hime, 22 anos depois de estarem juntos pela última vez em estúdio, para a gravação da música “Laura”, de Francis Hime e Olívia Hime, que fará parte do próximo disco de Francis Hime.

Também em 2019, lançou seu sexto romance, “Essa gente”, editado pela Companhia das Letras. Segundo o crítico Artur Nestrovski, em artigo para o jornal Folha de São Paulo, “Talvez seja o melhor romance de Chico. (…) Quando chegarem os escafandristas, quando o Rio for uma cidade submersa e o Brasil tiver acabado de vez, só vão precisar deste livro para entender o que aconteceu”. Já o jornalista Walter Porto, também em artigo para o jornal Folha de São Paulo afirmou sobre a obra: “Enquanto os seus romances costumam se passar em tempos indefinidos ou num passado mais distante, este Chico Buarque está com os dois pés fincados em 2019. É tanto o primeiro livro que o autor de 75 anos escreve depois de receber o prêmio Camões em maio, a mais alta distinção a um escritor de língua portuguesa, como é o primeiro a ser publicado sob o governo de Jair Bolsonaro. Fatos que se interligam na insinuada recusa do presidente em assinar a homenagem, rebatida de pronto por Chico em sua conta no Instagram – “a não assinatura do Bolsonaro no diploma é para mim um segundo prêmio Camões”. Já para o crítico Ubiratan Brasil, do jornal O Estado de São Paulo: “Com Essa Gente, Chico Buarque atinge um momento de excelência ao dar pistas ao leitor de que a história que é lida é, na verdade, o livro que Duarte tenta escrever para, quem sabe, resolver seus problemas. Não se deve esperar, contudo, por uma solução fechada – como último toque de sofisticação estilística, Chico surpreende o mesmo leitor com um final sem solução aparente. E, ao revelar que o computador de Duarte não contém nenhum arquivo guardado, o autor, diante do leitor boquiaberto, conclui que o resto é silêncio”.

Em junho de 2022 lançou o single “Que tal um samba?” nas plataformas digitais. A partir de setembro, começou a turnê homônima que incluiu as cidades de João Pessoa (PA); Natal (RN); Curitiba (PR); Belo Horizonte (MG); Fortaleza (CE); Porto Alegre (RS); Salvador (BA); Brasília (DF); Recife (PE); Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo(SP). A turnê incluiu a participação de Mônica Salmaso, que já gravou dois discos dedicados à obra de Chico: “Noites de Gala” e “Samba na Rua”. Mônica Salmaso participou em 19 músicas das 36 do repertório do show. O maestro Luiz Cláudio Ramos fez a direção musical do grupo formado pelo próprio Luiz Cláudio Ramos (violão); João Rebouças (piano), Bia Paes Leme (teclados e vocais), Chico Batera (percussão), Jorge Helder (baixo acústico e elétrico), Marcelo Bernardes (sopros) e Jurim Moreira (bateria). O cenário do show – que teve também em sua equipe Maneco Quinderé (luz) e Cao Albuquerque (figurinos) – foi criação da cineasta e cenógrafa Daniela Thomas. O show teve momentos em que Mônica e Chico cantaram separados e juntos. No repertório do show, que começava com Mônica Salmaso cantando,  estavam as músicas “Todos juntos” (Enriquez/Bardotti – versão de Chico Buarque), “Mar e lua” (Chico Buarque),  “Passaredo” (Francis Hime/Chico Buarque),  “Bom tempo” (Chico Buarque), “Beatriz” (Edu Lobo/Chico Buarque) e “Paratodos” (Chico Buarque). Chico Buarque e Mônica Salmaso cantavam juntos “O velho Francisco” (Chico Buarque), “Sinhá” (João Bosco/Chico Buarque), “Sem fantasia” (Chico Buarque), “Biscate” (Chico Buarque), “Injuriado” (Chico Buarque),  “Uma canção desnaturada” (Chico Buarque)  e “Imagina” (Tom Jobim/Chico Buarque). Só com Chico na voz foram executadas as músicas “Choro bandido” (Edu Lobo/Chico Buarque), “Desalento” (Chico Buarque/Vinícius de Moraes),, “Sob medida” (Chico Buarque), “Nina” (Chico Buarque), “Blues pra Bia” (Chico Buarque), “Samba do grande amor” (Chico Buarque), “Tipo um baião” (Chico Buarque), “As minhas meninas” (Chico Buarque), “Morro Dois Irmãos” (Chico Buarque), “Futuros amantes” (Chico Buarque), “Assentamento” (Chico Buarque), “Bancarrota Blues” (Edu Lobo/Chico Buarque), “Tua cantiga” (Cristóvão Bastos / Chico Buarque), “Sabiá” (Tom Jobim/Chico Buarque), “O meu guri” (Chico Buarque) e “As caravanas” (Chico Buarque), com citação de “Deus lhe pague” (Chico Buarque). A última música era “Que tal um samba?” (Chico Buarque), cantada pelo compositor com Mônica Salmaso. No bis, com os dois no palco, eram tocadas as músicas “Maninha” (Chico Buarque), “Noite dos mascarados” (Chico Buarque) e “João e Maria” (Sivuca/Chico Buarque). Em homenagem à Gal Costa, falecida em npvembro de 2022, Chico incluiu “Mil Perdões”e “Biscate”, já cantadas por Gal, no repertório do show.

Em 05 de janeiro a turnê “Que Tal Um Samba” começou a temporada no Rio de Janeiro (RJ) na casa de shows Vivo Rio. O O show já estreou com ingressos esgotados até 4 de fevereiro, dia do último show da temporada.

Em junho de 2023 foi definido o lançamento de álbum virtual com a gravação ao vivo das apresentações no Rio de Janeiro do show “Que Tal Um Samba” nas plataformas de streaming. No mesmo ano, ganhou o prêmio na categoria Melhor Canção de MPB com a canção “Que tal um samba?”(Chico Buarque e Hamilton de Holanda) na edição de 2023 do Prêmio da Música Brasileira.

Em outubro de 2023, no dia 20, lançou “O meu guri”(Chico Buarque) como o primeiro single resultado do registro da turnê “Que tal um samba?”.

Em novembro de 2023, no dia 24, lançou o álbum “Que tal um samba? Ao vivo” pela gravadora Biscoito Fino. Os shows captados aconteceram nos dias 3 e 4 de fevereiro de 2023 no Vivo Rio, no Rio de Janeiro(RJ). O álbum foi editado com 31 músicas que são as seguintes: “Todos juntos”( Chico Buarque, Luis Bacalov e Sergio Bardotti ); “Mar e lua”(Chico Buarque); “Passaredo”(Francis Hime e Chico Buarque); Bom tempo (Chico Buarque); “Beatriz”(Edu Lobo e Chico Buarque); “Paratodos(Chico Buarque); “Sem fantasia”(Chico Buarque); “Biscate”(Chico Buarque); “Imagina”(Tom Jobim e Chico Buarque); “Choro bandido”(Edu Lobo e Chico Buarque); “Sob medida”(Chico Buarque); “Bastidodres”(Chico Buarque);  “Mil perdões”(Chico Buarque); “Samba do grande amor”(Chico Buarque); “Injuriado”(Chico Buarque); “Tipo um baião|”(Chico Buarque); “As minhas meninas”(Chico Buarque); Uma canção desnaturada”(Buarque); “Morro dois irmãos”(Chico Buarque); “Futuros amantes”(Chico Buarque); “Assentamento”(Chico Buarque); “Bancarrota blues”(Edu Lobo e Chico Buarque); “Tua cantiga”(Cristovão Bastos e Chico Buarque); “O meu guri”(Chico Buarque); “As caravanas (com citação de “Deus lhe pague”)(Chico Buarque); “Que tal um samba?/Samba da bênção/Samba da minha terra”(Chico Buarque/Baden Powell e Vinícius de Moraes/Dorival Caymmi); “Maninha”(Chico Buarque); “Noite dos mascarados”(Chico Buarque); “João e Maria”(Sivuca e Chico Buarque).

A banda, com direção musical de Luiz Cláudio Ramos teve o próprio Luiz Cláudio (violão); Bia Paes Leme (teclados e vocais), Chico Batera (percussão), João Rebouças (piano e cavaquinho), Jorge Helder (baixo e bandolim), Jurim Moreira (bateria) e Marcelo Bernardes (saxofone, flauta e clarinete).

Discografias
2023 Biscoito fino O meu guri

Single

2023 Biscoito Fino Que tal um samba?(Ao vivo)
2022 Biscoito Fino Que tal um samba?

single

2018 Biscoito Fino DVD Caravanas

Ao vivo

2017 Biscoito Fino CD Caravanas
2017 Deck Os Saltimbancos sinfônico

Com Luis Enrique Bacalav, Sergio Bardotti, Orquestra Petrobras Sinfônica, Juliana Franco, Marcelo Coutinho e Felipe Prazeres

2015 Som Livre CD Os primeiros clássicos
2012 Universal Music De todas as maneiras

Box com 21 álbuns históricos + CD triplo de faixas selecionadas

2012 Biscoito Fino DVD - CD duplo Na carreira

Ao vivo

2012 Universal Music CD Umas e outras
2011 Biscoito Fino CD Chico
2011 Sony CD Chico Buarque

Série "Seleção essencial - Grandes sucessos"

2010 Biscoito Fino DVD Chico Buarque

Série "MPB Especial".

2010 MCD CD Chico Buarque por Benjamim Taubkin (Benjamim Taubkin)

Série "Solo Lounge"

2010 Editora Abril CD Coleção Chico Buarque

Box com 20 CDs e livros

2008 Sony CD - DVD Essencial

Box

2007 Biscoito Fino CD - DVD Carioca

Ao vivo

2006 Biscoito Fino CD Carioca
2006 EMI Brasil DVD O futebol
2006 EMI Brasil DVD Romance
2006 EMI Brasil DVD Uma palavra
2005 EMI Brasil DVD Anos dourados
2005 EMI Brasil DVD Bastidores
2005 Universal Music CD Chico no cinema
2005 EMI Brasil DVD Estação derradeira
2005 EMI Brasil DVD Meu caro amigo
2005 EMI Brasil DVD Vai passar
2005 EMI Brasil DVD À flor da pele
2002 BMG Brasil CD Duetos
2001 BMG Brasil CD Cambaio

Trilha sonora da peça. Com Edu Lobo.

2001 BMG CD Chico Buarque

Série "RCA, 100 anos de música"

2001 Universal Music Construção
2000 DVD Chico Buarque e as cidades
2000 Universal Music CD O Sambista
1999 BMG CD Chico Buarque

Série "Maxximum"

1999 CD Chico Buarque

Série "Songbook"

1999 BMG Chico Buarque ao vivo
1998 BMG CD As cidades
1997 BMG CD Chico Buarque

Série "MPB no JT"

1997 CD Chico Buarque de Mangueira 1998
1997 BMG CD O melhor de Chico Buarque
1997 CD Terra
1997 CD Álbum de teatro
1996 BMG Ariola CD Chico Buarque

Série "Aplausos"

1995 CD Uma palavra
1994 PolyGram CD Chico Buarque: 50 anos

Caixa com 5 CDs

1993 RCA/BMG LP Paratodos

Capa interna com as letras das músicas e ficha técnica. Exemplar promocional.

1990 RCA LP Chico Buarque ao vivo

Gravado ao vivo no Le Zenith, Paris, em 10 de maio de 1989. Encarte com letras das músicas.

1989 RCA Victor/BMG LP Chico Buarque

Capa interna contendo as letras das músicas e a ficha técnica.

1988 Kuarup Discos LP Chico Buarque

Na capa interna, textos de Yan Michalski e Artur Xexeó. Chico Buarque recebeu o Prêmio Shell para a Música Brasileira em 1988.

1988 LP Dança da meia-lua.

Trilha sonora do Ballet Guaíra. Com Edu Lobo.

1987 RCA Victor/Ariola LP Francisco

Participação especial de Vinícius Cantuária na 1ª faixa do lado B gravado em setembro e outubro de 1987 nos estúdios BMG-Ariola.

1986 Polygram LP Chico Buarque - 20 anos de sucessos
1986 Som Livre/Sigma LP Melhores momentos de Chico & Caetano
1985 Barclay Malandro
1985 LP O corsário do rei.

Trilha sonora do musical. Com Edu Lobo

1985 Polygram/Barclay LP Ópera do Malandro

Encarte contendo as letras das músicas. Na contracapa fotos de cenas do filme 'Ópera do Malandro', de Ruy Guerra.

1984 Polygram Chico Buarque
1984 Barclay LP Chico Buarque

Capa interna contendo as letras das músicas.

1984 CGD LP Oba Oba '84

Com Nilze Carvalho e Eliana Estevão

1984 Barclay LP Pablo Milanês ao vivo no Brasil

Participação. Este disco integra a (grupo) su-sub-série Chico Buarque.

1983 Som Livre LP O grande circo místico

Trilha sonora do Ballet Guairá. Encarte com as letras das músicas. Este disco também foi incluído por Ricardo Cravo Albin na coleção Edu Lobo.

1983 LP Para viver um grande amor

Trilha sonora do filme.

1982 LP Chico Buarque

Disco pertencente a "História da Música Popular Brasileira - série Grandes Compositores". Acompanha um fascículo

1982 Philips LP Chico Buarque en español

Encarte com as letras das músicas. Na contracapa texto em espanhol de Daniel Viglietti.

1982 Ariola LP Saltibancos & Trapalhões

A capa interna contém as letras das músicas e a ficha técnica do disco. Encarte com jogos e brincadeiras da 'Turma do Lambe-Lambe. No verso, Lambelândia musical com letras.

1981 Polygram/ Ariola LP Almanaque

A capa interna contém as letras das músicas, fotos do intérprete e de estúdio.

1981 Ariola LP Almanaque - De Chico Buarque para amigos

A capa interna contém as letras das música, fotos do intérprete e fotos de estúdio. Disco promocional com distribuição para as rádios.

1981 Polygram/Philips LP Um operário em construção

Encarte com as letras das músicas.

1980 Compacto simples Show de 1º de Maio
1980 Philips/Polygram LP Vida

Na 1ª faixa do lado 2, participação vocal de Telma Costa.

1979 Gala LP O melhor de Chico Buarque de Hollanda
1979 Philips Compacto simples Ópera do Malandro

Disco promocional extraído do álbum duplo "Ópera do Malandro".

1979 Polygram/Philips LP Ópera do Malandro

Encarte com as letras das músicas.

1978 LP A grande música de Chico Buarque

Este disco pertence a coleção "A grande música do Brasil".

1978 Philips/Polygram LP Chico Buarque

Encarte com as letras das músicas e ficha técnica

1977 RGE LP Chico Buarque de Hollanda

Na contracapa texto de Renato Côrte Real.

1977 Phonogram/Philips Compacto simples Chico Buarque e Milton Nascimento
1977 Discos Marcus Pereira LP Morte e vida Severina

Na contracapa, textos de Zelito Viana e Roberto Moura.

1977 RCA Victor LP Os melhores momentos de Gota d' àgua
1977 Philips Os saltimbancos
1976 Abril Cultural 33/10 pol. Chico Buarque

Este disco faz parte da coleção "Nova História da Música Popular Brasileira". Acompanha fascículo com fotos, biografia e letras das músicas.

1976 Phonogram LP Meus caros amigos
1975 Fontana LP Arte de Chico Buarque
1975 Philips LP Chico Buarque e Maria Betânia

Gravado ao vivo no Canecão, Rio de Janeiro em junho de 1975.

1974 Philips LP Sinal fechado
1973 Philips LP Chicocanta - Calabar, o elogio da traição
1973 Discobertas LP Direitos humanos no banquete dos mendigos

Participação

1972 PHILIPS LP Caetano e Chico juntos e ao vivo

Gravado ao vivo no Teatro Castro Alves, Salvador, Bahia, nos dias 10 e 11 de Novembro.

1972 PHILIPS LP Quando o carnaval chegar

Trilha sonora do filme. Nara Leão, Chico Buarque e Maria Bethânia

1971 Elenco LP Chico Buarque de Hollanda
1971 PHILIPS/Phonogram LP Construção
1970 Compacto simples Apesar de você
1970 Abril Cultural 33/10 pol. Chico Buarque

Este disco faz parte da coleção "História da Música Popular Brasileira". Acompanha um fascículo com fotos, biografia e letras das músicas.

1970 Odeon/Philips Compacto simples Chico Buarque de Hollanda

Coleção René Haguenauer e Alcides da Costa Guimarães

1970 Philips LP Chico Buarque de Hollanda Nº 4

O texto de Cecilia Meirelles com música de Chico Buarque da faixa nº 6 do lado 2 faz parte do "Romanceiro da Inconfidência".

1970 Premier LP Grandes sucessos de Chico Buarque - Vol.2
1970 RGE LP Per un pugno di samba

Em italiano com arranjos de Ennio Morricone.

1969 RGE Compacto simples Cara a cara/ Ciao Ciao Addio
1969 RGE LP Grandes sucessos de Chico Buarque
1969 RGE Compacto simples Onde é que você estava/ Umas e outras
1969 Compacto simples Umas e outras
1968 RGE Compacto simples Benvinda
1968 RGE Compacto simples Bom tempo/Ela desatinou
1968 Phonogram/Philips Compacto simples Chico Buarque de Hollanda
1968 RGE LP Chico Buarque de Hollanda - Vol.3

Volume 3. No lado A faixa nº 4, Chico canta com Toquinho, faixa nº 6 Chico com MPB-4, no lado B, faixa nº 3, Chico canta com Cristina.

1968 RGE LP Chico Buarque de Hollanda na Itália
1968 RGE Compacto simples Sabiá/Retrato em branco e preto
1968 RGE Compacto simples Samba Erudito/ Praça Clóvis
1967 RGE Compacto simples Chico Buarque de Hollanda
1967 RCA/RGE Compacto simples Chico Buarque de Hollanda

O disco encontra-se sem a capa original.

1967 RGE LP Chico Buarque de Hollanda - Vol. 2

Na contracapa, texto de Chico Buarque. Participação de "Os 3 Morais" nas faixas nº 1 e nº 3 do lado A.

1967 RGE Chico Buarque de Hollanda vol. 2
1967 Compacto simples Tão bom que foi Natal
1966 RGE LP Chico Buarque de Hollanda

Na contracapa, texto de Chico Buarque.

1966 Philips LP Morte e vida Severina

A peça "Morte e vida Severina" recebeu o Grande Prêmio do Festival Mundial de Teatro Universitário de Nancy (FR), em 1966.

1966 Cáritas Compacto simples Morte e vida Severina

A peça recebeu o 1º prêmio do Festival Internacional de Teatro Universitário, realizado em Nancy - França.

1965 RGE Compacto simples Chico Buarque

Série "Bossa Nova"

196- RGE Compacto simples Chico Buarque de Hollanda - Odete Lara e MPB-4
Obras
A Rita
A Rosa
A banda
A bela e a fera (c/ Edu Lobo)
A cidade dos artistas (c/ Sérgio Bardotti e Luiz Enriquez)
A cidade ideal (c/ Enriquez e Bardotti)
A foto da capa
A galinha (c/ Enriquez e Bardotti)
A história de Lily Braun (c/ Edu Lobo)
A mais bonita
A moça do sonho (c/ Edu Lobo)
A mulher de cada porto
A noiva da cidade (c/ Francis Hime)
A ostra e o vento
A permuta dos santos (c/ Edu Lobo)
A pousada do bom barão (c/ Enriquez e Bardotti)
A televisão
A violeira (c/ Tom Jobim)
A volta do malandro
A voz do dono e o dono da voz
Abandono (c/ Edu Lobo)
Acalanto (c/ Edu Lobo)
Acalanto para Helena
Acorda amor (Leonel Paiva e Julinho da Adelaide)
Agora falando sério
Ai, se eles me pegam agora
Almanaque
Alumbramento (c/ Djavan)
Alô, liberdade (c/ Sérgio Bardotti e Luiz Enriquez)
Amando sobre jornais
Amanhã ninguém sabe
Amor barato (c/ Francis Hime)
Ana de Amsterdã (c/ Ruy Guerra)
Angélica (c/ Miltinho)
Ano Novo
Anos dourados (c/ Tom Jobim)
Apesar de você
Aquela mulher
As atrizes
As cartas
As minhas meninas
As vitrines
Assentamento
Atrás da porta (c/ Francis Hime)
Até o fim
Até pensei
Até segunda-feira
Baioque
Bancarrota blues (c/ Edu Lobo)
Bandolim
Barafunda
Basta um dia
Bastidores
Baticum (c/ Gilberto Gil)
Beatriz (c/ Edu Lobo)
Bem querer
Bem-vinda
Bicharia (c/ Enriquez e Bardotti)
Biscate
Boi voador não pode (c/ Ruy Guerra)
Bolero blues (c/ Jorge Helder)
Bolsa de amores
Bom conselho
Bom tempo
Brejo da cruz
Bye bye, Brasil (c/ Roberto Menescal)
Bárbara (c/ Ruy Guerra)
Cadê você (c/ João Donato)
Cala a boca Bárbara (c/ Ruy Guerra)
Cambaio (c/ Edu Lobo)
Canción por unidad latinoamericana (c/ Pablo Milanez)
Cantando no toró
Cantiga de acordar (c/ Edu Lobo)
Canção de Pedroca (c/ Francis Hime)
Canção dos olhos
Cara a cara
Carioca
Carolina
Carta do Tom (c/ Toquinho e Tom Jobim)
Caruso (versão para a canção Felicitá de Lucio Dalla)
Casa de João de Rosa (c/ Edu Lobo)
Caçada
Cecília (c/ Luiz Carlos Ramos)
Choro bandido (c/ Edu Lobo)
Chão de esmeraldas (c/ Hermínio Bello de Carvalho)
Ciao-ciao, addio (c/ Bardotti)
Ciranda da bailarina (c/ Edu Lobo)
Cobra de vidro (c/ Ruy Guerra)
Com açúcar e com afeto
Como um samba de adeus (c/ Caetano Veloso)
Construção
Cordão
Corrente Este é um samba que vai pra frente
Cotidiano
Cálice (c/ Gilberto Gil)
De todas as maneiras
De volta ao samba
Deixe a menina
Desafio do malandro
Desalento (c/ Vinicius de Moraes)
Desembolada (c/ Francis Hime)
Desencanto
Desencontro (c/ Toquinho)
Deus lhe pague
Dis-mois comment (versão de Eu te amo, parceria com Tom Jobim)
Doze anos
Dr. Getúlio (c/ Edu Lobo)
Dueto
Dura na queda Ela desatinou nº 2
E se (c/ Francis Hime)
Ela desatinou
Ela e sua janela
Ela faz cinema
Ela é dançarina
Embarcação (c/ Edu Lobo)
Embebedado (c/ José Miguel Wisnik)
Esconde-esconde (c/ Enriquez e Bardotti)
Essa moça tá diferente
Essa passou (c/ Carlos Lyra)
Essa pequena
Estamos aí (c/ Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Aloli)
Estação derradeira
Eu sou a árvore (versão para Y tu que me hás hecho? (El tronco del arbol), de Eusébio Delfin)
Eu te amo (c/ Tom Jobim)
Fado tropical (c/ Ruy Guerra)
Fantasia
Feijoada completa
Fica
Flor da idade
Folhetim
Fora da hora (c/ Dori Caymmi)
Forrobodó (c/ Edu Lobo)
Fortaleza (c/ Ruy Guerra)
Frevo diabo (c/ Edu Lobo)
Funeral de um lavrador (c/ João Cabral de Mello Neto)
Futuros amantes
Geni e o Zepelim
Gente humilde (c/ Garoto e Vinicius de Moraes)
Gota d'água
Grande Hotel (c/ Wilson das Neves)
Hino da repressão
Hino de Duran
História de uma gata (c/ Enriquez e Bardotti)
Hollywood
Homenagem ao malandro
Ilmo. Sr. Cyro Monteiro ou Receita pra virar casaca de neném
Imagina (c/ Tom Jobim)
Imagina só (c/ Silvio Rodrigues)
Injuriado
Introdução para a turma do funil no Baixo Leblon (c/ Tom Jobim)
Iolanda (c/ Pablo Milanés)
Iracema voou
Januária
Joana Francesa
Jorge maravilha (sob o pseudônimo de Julinho da Adelaide)
João e Maria (c/ Sivuca)
Juca
Já passou
Las muchachas de Copacabana
Leo (c/ Milton Nascimento)
Levantados do chão (c/ Milton Nascimento)
Leve (c/ Carlinhos Vergueiro)
Linha de montagem (c/ Novelli)
Logo eu?
Lola
Lua cheia (c/ Toquinho)
Ludo real (c/ Vinícius Cantuária)
Luisa (c/ Francis Hime)
Lábia (c/ Edu Lobo)
Madalena foi pro mar
Malandro quando morre
Mambembe
Mambordel
Maninha
Mano a mano (c/ João Bosco)
Mar e lua
Maravilha (c/ Francis Hime)
Marcha para um dia de sol
Meia-noite (c/ Edu Lobo)
Meio-dia, meia-lua Na ilha de Lia, no barco de Rosa (c/ Edu Lobo)
Meninos eu vi (c/ Tom Jobim)
Meu caro amigo (c/ Francis Hime)
Meu caro barão (c/ Sérgio Bardotti e Luiz Enriquez)
Meu namorado (c/ Edu Lobo)
Meu refrão
Mil perdões
Milagre brasileiro
Minha canção (c/ Enriquez e Bardotti)
Minha história (de Gesubambino e Dalla Pallotino - versão)
Morena de Angola
Morena dos olhos dágua
Morro Dois Irmãos
Moto-contínuo (c/ Edu Lobo)
Mulher, vou te dizer quanto te amo
Mulheres de Atenas (c/ Augusto Boal)
Murro em ponta de faca (c/ Augusto Boal)
Na carreira (c/ Edu Lobo)
Nego maluco (c/ Edu lobo)
Nicanor
Nina
Noite de verão (c/ Edu Lobo)
Noite dos Mascarados
Nosso bolero (c/ Carlinhos Vergueiro)
Novo amor
Não existe pecado ao sul do Equador/Boi voador não pode (c/ Ruy Guerra)
Não fala de Maria
Não sonho mais
O Rei de Ramos (c/ Dias Gomes e Francis Hime)
O casamento dos pequenos burgueses
O cio da terra (c/ Milton Nascimento)
O circo místico (c/ Edu Lobo)
O corsário do rei (c/ Edu Lobo)
O futebol
O jumento (c/ Enriquez e Bardotti)
O malandro (c/ Kurt Weill e Bertolt Brecht)
O malandro nº 2 (c/ Kurt Weill e Bertolt Brecht)
O meu amor
O meu guri
O que será (Abertura)
O que será (Á flor da terra)
O velho
O velho Francisco
O último blues
Ode aos ratos (c/ Edu Lobo)
Olha Maria (c/ Tom e Vinicius)
Olhos nos olhos
Olê, Olá
Onde é que você estava?
Opereta do casamento (c/ Edu Lobo)
Opereta do moribundo (c/ Edu Lobo)
Outra noite (c/ Luiz Cláudio Ramos)
Outros sonhos
Palavra de mulher
Paratodos
Paroara (c/ Fagner e Fausto Nilo)
Partido alto
Passaredo (c/ Francis Hime)
Pedaço de mim
Pedro Pedreiro
Pelas tabelas
Piano na Mangueira (c/ Tom Jobim)
Piruetas (c/ Sérgio Bardotti e Luiz Enriquez)
Pivete (c/ Francis Hime)
Pois é (c/ Antônio Carlos Jobim)
Porque era ela, porque era eu
Primeiro de maio (c/ Milton Nascimento)
Pássara (c/ Francis Hime)
Quadrilha (c/ Francis Hime)
Qualquer amor (c/ Francis Hime)
Qualquer canção
Quando o carnaval chegar
Quem te viu, quem te vê
Querido Diário
Realejo
Rebichada (c/ Sérgio Bardotti e Luiz Enriquez)
Renata Maria (c/ Ivan Lins)
Retrato em branco e preto (c/ Tom Jobim)
Rio 42
Roda gigante
Roda viva
Romance
Rosa-dos-ventos
Rubato c/ Jorge Helder
Sabiá (c/ Tom Jobim)
Salmo (c/ Edu Lobo)
Samba de Orly (c/ Vinícius e Toquinho)
Samba do grande amor
Samba e amor
Samba para Vinícius (c/ Toquinho)
Se eu fosse o teu patrão
Se eu soubesse
Sem açúcar
Sem fantasia
Sem você nº 2
Sempre
Sentimental
Será que Cristina volta?
Show bizz (c/ Edu Lobo)
Sinhazinha (Despedida)
Sinhazinha (Despertar)
Sinhá c/ João Bosco
Sob medida
Sobre todas as coisas (c/ Edu Lobo)
Sol e chuva (c/ Edu Lobo)
Soneto
Sonho de um carnaval
Sonho impossível (J. Darion e M. Leigh, versão: Chico Buarque e Ruy Guerra)
Sonhos sonhos são
Sou eu c/ Ivan Lins
Suburbano coração
Subúrbio
Supõe (c/ Silvio Rodrigues)
Sílvia (c/ Vinícius Cantuária)
Tablados (c/ Edu Lobo)
Tamandaré
Tango de Nancy (c/ Edu Lobo)
Tango do covil
Tanta saudade (c/ Djavan)
Tantas palavras (c/ Dominguinhos)
Tanto amar
Tanto mar
Tatuagem (c/ Ruy Guerra)
Tem mais samba
Tema de "Os Inconfidentes" (c/ Cecília Meirelles)
Tempo e artista
Teresa tristeza
Terezinha
Tipo um baião
Tira as mãos de mim (c/ Ruy Guerra)
Todo o sentimento (c/ Cristóvão Bastos)
Todos juntos (c/ Enriquez e Bardotti)
Todos os olhos te olham (c/ Pablo Milanês)
Tororó (c/ Edu Lobo)
Trapaças
Trocando em miúdos (c/ Francis Hime)
Um chorinho
Um dia de cão (c/ Enriquez e Bardotti)
Um tempo que passou (c/ Sergio Godinho)
Uma canção desnaturada
Uma canção inédita (c/ Edu Lobo)
Uma menina
Uma palavra
Umas e outras
Vai levando (c/ Caetano Veloso)
Vai passar (c/ Francis Hime)
Vai trabalhar, vagabundo
Valsa brasileira (c/ Edu Lobo)
Valsa dos clowns (c/ Edu Lobo)
Valsa-rancho (c/ Francis Hime)
Valsinha (c/ Vinícius de Moraes)
Vence na vida quem diz sim (c/ Ruy Guerra)
Veneta (c/ Edu Lobo)
Verdadeira embolada (c/ Edu Lobo)
Vida
Viver do amor
Você não ouviu
Você vai me seguir (c/ Ruy Guerra)
Você, você (c/ Guinga)
Xote da navegação (c/ Dominguinhos)
É tão simples
Ópera
Ópera
Shows
2011 Chico – Vivo Rio, Rio de Janeiro.
2002 Canecão. Rio de Janeiro.
As Cidades. Canecão. Rio de Janeiro.
Chico e Caetano. Teatro Castro Alves. Salvador.
Meu refrão. Rio de Janeiro.
Tempo e Contratempo. Chico Buarque e MPB-4. Teatro Casa Grande. Rio de Janeiro.
Vai Levando. Chico Buarque e Maria Bethânia. Canecão. Rio de Janeiro.
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.

AMARAL, Euclides. O Guitarrista Victor Biglione & a MPB. Rio de Janeiro: Edições Baleia Azul, 2009. 2ª ed. Esteio Editora, 2011. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

CARVALHO, Gilberto de. Chico Buarque, Análise Poético-musical. Rio de Janeiro: Editora CODECRI, 1982.

CHEDIAK, Almir. Songbook Chico Buarque (vol. 1). Rio de Janeiro: Lumiar Editora, 1999.

CHEDIAK, Almir. Songbook Chico Buarque (vol. 2). Rio de Janeiro: Lumiar Editora, 1999.

CHEDIAK, Almir. Songbook Chico Buarque (vol. 3). Rio de Janeiro: Lumiar Editora, 1999.

CHEDIAK, Almir. Songbook Chico Buarque (vol. 4). Rio de Janeiro: Lumiar Editora, 1999.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.

CÉSAR, Ligia Vieira. Poesia e Política nas Canções de Bob Dylan e Chico Buarque. São Paulo: Editora Estação Liberdade, 1993.

DINIZ, Júlio. “A voz e seu dono – poética e metapoética na canção de Chico Buarque de Hollanda”. In. FERNANDES, Rinaldo de (Org.). Chico Buarque do Brasil. Rio de Janeiro: Garamond / Biblioteca Nacional, 2004, pp. 259-271.

DINIZ, Júlio. “O compositor e a cidade”. In Letterature D’America, anno XXIV, n.102. Roma: Facoltá di Scienze Umanistiche dell’Universitá di Roma “La Sapienza” / Bulzoni Editore, 2004, pp. 149-168.

FERNANDES, Rinaldo. Chico Buarque do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Garamond, 2004.

FONTES, Maria Helena Sansão. Sem Fantasia – Masculino e Feminino em Chico Buarque. Rio de Janeiro: Graphia Editorial, 2003.

FUSCALDO, Chris. Discobiografia Mutante: Álbuns que revolucionaram a música brasileira. Rio de Janeiro: Editora Garota FM Books, 2018. 2ª ed. Idem, 2020.

LUNA, Paulo – No compasso da bola. Rio de Janeiro, Irmãos Vitale, 2011.

MENESES, Adélia Bezerra de. Desenho Mágico – Poesia e Política em Chico Buarque. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000.

MENESES, Adélia Bezerra de. Figuras do Feminino na Canção de Chico Buarque. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000.

NEPOMUCENO, Eric, WERNECK, Humberto e JOBIM, Tom. Chico Buarque – Letra e música. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

SILVA, Anazildo Vasconcelos da. A poética de Chico Buarque. Rio de Janeiro: Editora Sophos, 1974.

SILVA, Fernando de Barros. Chico Buarque na Coleção Folha explica. São Paulo: Publifolha, 2004.

TABORDA, Felipe (Org.). A Imagem do Som de Chico Buarque: 80 composições de Chico Buarque interpretadas por 80 artistas contemporâneos. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 1999.

URICH, Silvia e ECHEPARE, Roberto. Chico Buarque. Argentina: Gray Edciones, 1985.

ZAPPA, Regina. Chico Buarque Perfis do Rio. Rio de Janeiro: Editora Zumara, 1999.

ZAPPA, Regina. Para seguir minha jornada: Chico Buarque / texto Regina Zappa: organização Julio Silveira – Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 2011.