3.001
Nome Artístico
Celso Blues Boy
Nome verdadeiro
Celso Ricardo Furtado de Carvalho
Data de nascimento
5/1/1956
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
6/8/2012
Local de morte
Joinville, SC
Dados biográficos

Instrumentista. Cantor. Compositor.
Nascido no Rio de Janeiro, morou em Blumenau, Santa Catarina, dos 6 aos 14 anos.
Começou a estudar guitarra com o pai, aos 14 anos de idade. Sua irmã, pianista, foi uma das primeiras pessoas para quem fez acompanhamento. Um de seus tios, grande conhecedor de rock e blues, foi quem o encaminhou para o rock e o blues.
Tocou em vários grupos e bailes em Blumenau, onde a família havia se instalado. Logo, contudo, abandora a família e passou a viajar pelo país.
Aos 17 anos, já acompanhava Raul Seixas (com quem atuou na faixa O diabo é o pai do rock) e a dupla Sá e Guarabira.
Retirou seu nome Blues Boy de B. B. King, por quem tem grande admiração: “Desde pequeno ouço B. B., que funciona para mim como um ponto de referência. Clapton, meu ídolo, entra como um ponto de equilíbrio e Hendrix como desabafo”.
Em 1996 transferiu-se para a cidade de Joinville, em Santa Catarina.

Dados artísticos

Influenciado por B. B. King e Eric Clapton, é considerado um dos melhores guitarristas de blues do Brasil.
Aos 19 anos, em 1976, fundou o grupo de blues-hard rock Legião Estrangeira e a banda Aero blues.
A partir da década de 1980 lançou-se em carreira solo apresentando-se na boate carioca Appalloosa, na rua Barata Ribeiro, em Copacabana.
No início da década de 1980, um aluno seu insistiu para que gravasse uma fita-demo e a levou à Rádio Fluminense (A Maldita). Logo, a emissora pôs sua música no ar, tornando-a um grande sucesso. Por essa época, começavam os shows de rock no Circo Voador, na Lapa, centro do Rio de Janeiro e também os show produzidos por Nelson Motta, “Noites Cariocas”, no Morro da Urca (Pão de Açúcar).
Sua primeira participação solo em gravação ocorreu em 1982, na coletânea lançada pela WEA “Rock voador”, somente com bandas que se apresentavam no Circo Voador do Rio de Janeiro.
Em 1984, participou da trilha sonora do filme “Bete Balanço”, também lançada em LP pela WEA. Neste mesmo ano, lançou pela gravadora Warner o disco “Som na guitarra”, do qual se destacaram as faixas “Blues motel” e “Aumenta que isso aí é rock and roll”, sua composição mais conhecida. Ainda deste LP, outras músicas obtiveram relativo sucesso, entre as quais “Rock fora da lei” e “O brilho da noite”, parceria com Geraldo Darbilly. No ano seguinte, ao lado de Barão Vermelho, Herman Torres, Robson Jorge e Lincoln Olivetti, Roupa Nova, José Renato, Fred Nascimento e Marisa Monte, entre outros, participou da trilha sonora do filme “Tropclip”, na qual interpretou de sua autoria “Tempos difíceis”. O filme foi estrelado por Tânia Nardini, Marcos Frota, Ticiana Studart e Carlos Loffler.
No ano de 1986, foi convidado pela revista “Roll” para entrevistar B.B. King, que por essa época apresentava-se no Brasil. B. B. King emprestou-lhe sua famosa guitarra Lucille, convidando-o para visitá-lo em Indianápolis.
Para seu quarto disco, fez eleições diretas no Circo Voador, pelas quais o público escolheu o repertório. Ainda na década de 1990, lançou a grife Blues Boy (óculos escuros e paletas para guitarra e baixo).
Em 1999, lançou o CD “Vagabundo errante”, na casa de espetáculos carioca Ballroom.
No ano de 2002 apresentou-se na Lona Cultural João Bosco, em Vista Alegre, subúrbio do Rio de Janeiro e na Lona Cultural Gilberto Gil, em Realengo, também no Rio de Janeiro.
Em 2003, apresentou-se no HardRockCafé, no Rio de Janeiro.
No ano de 2007 fez show no Circo Voador gravando as faixas para o CD e DVD “Quem foi que falou que acabou o rockn roll?”, nos quais compilou seus maiores sucessos: “Blues motel”, “Fumando na escuridão”, “Marginal”, “Aumenta que isso aí é rockn roll” e “Tempos difíceis”, além da faixa inédita que dá nome ao disco. O DVD e CD foram lançados em show na casa carioca Canecão no ano seguinte, em 2008.
Em 2011 lançou o último disco de carreira intitulado “Por um monte de cerveja”.

Discografias
2011 CD Por um monte de cerveja
2008 DVD 2008 Quem foi que falou que acabou o rock'n' roll? (ao vivo no Circo Voador)
2008 CD Quem foi que falou que acabou o rock'n' roll?
1999 CD Vagabundo errante
1998 CD Nuvens Negras Choram
1996 CD Indiana Blues
1991 CD Ao vivo - Celso Blues Boy
1989 LP Quando a noite cai
1988 LP Blues forever
1987 LP Celso Blues Boy 3
1986 Polygram LP Marginal blues
1985 Philips LP Tropclip

(vários)

1984 Philips/WEA LP Som na guitarra
1983 WEA Compacto simples Eu disse adeus/Caminhando
1983 WEA Compacto simples Fugindo de mim/Sinto tanta vontade
1982 Independente LP Rock voador

(vários)

Obras
Amor vazio
Aumenta que isso aí é rock and roll
Blues motel
Filhos da bomba
Fumando na escuridão
O brilho da noite (c/ Geraldo D'Arbilly)
Quem foi que falou que acabou o rock'n' roll?
Rock fora da lei
Tempos difíceis
Shows
Celso Blues Boy. Ballroom, RJ.
Celso Blues Boy. HardRockCafé, RJ.
Celso Blues Boy. Lona Cultural Gilberto Gil, RJ.
Celso Blues Boy. Lona Cultural João Bosco, RJ.
Circo Voador. RJ.
Show Quem foi que falou que acabou o rock'n' roll?. Canecão, RJ.
Vagabundo errante. Ballroom, RJ.
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.

MARCONDES, Marcos Antônio. (Ed.). Enciclopédia da música Brasileira – erudita, folclórica e popular. 3. ed. São Paulo: Arte Editora/Itaú Cultural/Publifolha, 1998.

MARCONDES, Marcos Antônio. (Ed.). Enciclopédia da música brasileira – erudita, folclórica e popular. 1 v. São Paulo: Arte Editora/Itaú Cultural, 1977.

MUGGIATI, Roberto. Blues – Da lama à fama. São Paulo: Coleção Ouvido Musical. Editora 34, S/D.