
Compositor. Violinista. Regente. Violonista.
Nasceu em Cachoeira, na Bahia, no dia 7 de dezembro de 1819. Iniciou seus estudos com José Pereira de Castro. Posteriormente estudou com o padre José Pinto de Oliveira. Alguns historiadores (inclusive Mário de Andrade, que chegou a suspeitar do equívoco atribuído ao musicólogo italiano V. Cernicchiaro ao traduzir erroneamente um texto de Guilherme de Melo) propagaram um erro, ao considerarem Aragão como sendo pai de um tal Cazuzinha, autor de modinhas e violonista. Na verdade os dois são a mesma pessoa. Além de violinista e regente, foi professor de piano. Morreu em Cachoeira no dia 13 de setembro de 1904.
Popular compositor de mais de cem modinhas (a maioria sem referência). Conhecido pelo pseudônimo de Cazuzinha. Em 20 de setembro de 1857, regeu a primeira orquestra filarmônica organizada em Cachoeira- a Orquestra Nossa Senhora da Ajuda. Sabe-se que foi vencedor de um concurso realizado em Salvador, onde participaram grandes artistas da época, regidos pelo Maestro Baccigaluppi. Compôs inúmeras modinhas homenageando os parentes e amigos dos “Voluntários da Pátria”, falecidos na Guerra do Paraguai. Encontram-se referências de que compôs ainda sete missas festivas, dois credos, vários hinos, árias, aberturas e marchas fúnebres, além de dobrados, valsas, polcas e quadrilhas. Supõe-se que, por ter sido compositor de tantas modinhas, tenha sido bom tocador de violão, como era comum aos modinheiros da época.Teve duas de suas obras gravadas depois de sua morte por Mário Pinheiro: “Anjos Baianos”, gravada em 1907 e “A Nebulosa”, gravada em 1909.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.