Trompetista. Compositor. Regente.
Foi aprendiz dos Meninos Desvalidos de Vila Isabel, onde tomou parte da Banda. Conta-se que em uma apresentação do grupo no Palácio Guanabara, a Princesa Isabel que estava presente ficou encantada com o solo de trompete executado por Albertino, mandando-o vir à sua presença. Ao notar que o músico tinha um olho vazado, ordenou que lhe colocassem um olho de vidro. Casou-se com Eulália da Conceição Pimentel, com quem teve um filho.
Músico prestigiado em seu tempo, integrou diversas bandas. Ingressou finalmente na Banda do Corpo de Bombeiros, atuando sob a regência do compositor Anacleto de Medeiros, como primeiro trompete. Foi professor, e continuador do trabalho de Anacleto de Medeiros comandando a banda após a morte deste. Deixou diversas composições que ainda hoje estão presentes no repertório dos chorões dentre as quais destaca-se a polca “Coralina” . Várias de suas composições foram gravadas por diferentes grupos e bandas nos primeiros anos do século XX,, entre as quais, a polca “Fantasia do luar”, pela Banda do Corpo de Bombeiros, o dobrado “Memórias de Anacleto”, pela Banda da Casa Edson, o choro “Faiscando” e o lundu “Pernóstico”, pelo Grupo dos Jacarés, a polca “Carnavalesca”, pela Banda da Casa Edson e as polcas “Albertina” e “Fantasia do luar”, pela Banda Columbia.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.