
Cantora.
Desde pequena cantava em festas familiares incentivada pela família. Transferiu-se para o Rio de Janeiro aos 13 anos.
Aos cinco anos, já cantava em programas infantis na Rádio Canaan, de Vitória. Seu repertório incluía músicas de Ary Barroso. Participou de vários programas de calouros na Rádio Nacional e Cruzeiro do Sul, no Rio de Janeiro. No início da carreira, formou dupla com sua irmã, que ficou conhecida como Irmãs Braga. Aos 18 anos, passou a atuar como “crooner” do Conjunto Bandeirantes.
Em 1950, integrou o conjunto vocal As Três Marias, substituindo Regina Célia, com o qual gravou uma série de LPs só de baiões (Musidisc). Com As Três Marias, trabalhou na Rádio Tupi. Excursionou pelo Brasil com a orquestra de Ary Barroso na década de 1950.
Em 1952, participou com o grupo do filme “Era uma vez um vagabundo”, de Luís de Barros. Em 1953, saiu do grupo para uma carreira solo. Foi convidada por Sivan Castelo Neto para gravar vários “jingles” e assinou contrato, por um ano, com a Rádio Tupi. Gravou o primeiro disco pela etiqueta Mocambo em 1955, com os sambas canção “Não importa”, de Raimundo Froler e “Só resta a esperança”, de Braga Júnior. No mesmo ano, gravou mais quatro discos pela Mocambo interpretando, entre outras músicas, o samba-fox “Agora?” e o samba-canção “A carne”, ambas do compositor potiguar Hianto de Almeida e o samba “Você se enganou”, de Erasmo Silva e Jorge de Castro.
Em 1956, gravou pela Polydor o samba “Pra que falar”, de Nazareno de Brito e Fernando César e o fox “Zuque zuque”, de José Maria de Abreu e Luís Peixoto. No mesmo ano, deixou ainda registrados na Mocambo mais três discos interpretando, entre outras, o beguine “Horas esquecidas”, de Fernando César e Nazareno de Brito, o samba “Camaleão”, de Ary Barroso e a polquinha “Tá”, de Hianto de Almeida e Sebastião Barros. Ainda em 1956, participou das coletâneas “Show Polydor Vol. 1” da Polydor interpretando o fox “O passo do gato”, de Édson Borges e Henrique Simonetti, e “Campeões da popularidade” também da Polydor, com acompanhamento da Orquestra Polydor cantando o mambo “Mambo Bacan”,de F. Giordano e R. Vatro, com versão de Juraci Mendes. Em 1957, gravou, ainda na Polydor, o fox-trot “Viver é bom”, de Haroldo Eiras e Bruno Marnet e o samba-canção “Noite escura”, de V. de Andrade.
Gravou mais de dez discos, na Mocambo e Polydor e um LP solo intitulado “Eu, você e mais ninguém”, pela Polydor, no fim da década de 1950.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário Biográfico da música Popular. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1965.