
Instrumentista. Violonista. Guitarrista. Professor de violão. Em 1951, casou-se com a cantora Adelaide Chiozzo, com quem viveu até o fim da vida e com quem teve uma filha. Sofrendo do Mal de Alzheimer, faleceu no Hospital Grafrée e Guinle, no bairro carioca da Tijuca, de complicações pulmonares e nos rins.
Fez parte do cast da Rádio Nacional, onde conheceu a cantora Adelaide Chiozzo. Tocou em várias orquestras regidas pelo maestro Isaac Karabtchewsky. No começo dos anos 1950, formou o grupo Carlos Mattos e Seu Conjunto e, com ele, em 1953, acompanhou Adelaide Chiozzo na gravação dos sambas “Mais uma bica no morro”, de Manoel Pinto, Heber Lobato e Airão, e “Meu lamento”, de Lourival Faissal, Sebastião Lima e Marinho Lima. Acompanhou Adelaide Chiozzo e Eliana na gravação da marcha “Queria ser patroa”, de Manoel Pinto e Aldari Almeida Airão, e, no samba “Com pandeiro na mão”, de Manoel Pinto, Jorge Gonçalves e D. Airão. Em 1954, teve a toada “Meu sabiá”, com A. Amaral, lançada por Adelaide Chiozzo, na gravadora Copacabana. Nesse ano, acompanhou, com seu conjunto, Adelaide Chiozzo e Eliana na gravação da valsa “Beijinho doce”, de Nhô Pai, e do baião “Cabeça inchada”, de Hervê Cordovil, ambos grandes sucessos. Em 1956,a rancheira “Menina não joga pedra”, com Luiz de Souza, foi registrada por Adelaide Chiozzo, na Copacabana. No ano, seguinte a toada “Nossa toada”, com Luis Carlos, foi lançada por Adelaide Chiozzo, também na Copacabana. No mesmo ano, “Nossa toada” foi gravada pelo cantor Francisco Carlos, no LP “Adorável como um sonho”, da RCA Victor. Em 1958, a valsa “Ele esqueceu”, com Luis Lemos, foi lançado em dueto por Adelaide Chiozzo e Silvinha Chiozzo, em disco Copacabana. No mesmo ano, no LP “Lar… Doce melodia”, que Adelaide Chiozzo lançou pela Copacabana, incluiu sua composição “Vá embora”, com Geraldo Cunha. Em 1966, a balada “Eterna paixão”, com Adelaide Chiozzo, foi gravada por José Ricardo, no LP “Lembra de mim”, da RCA Victor. No mesmo ano, “Pra que sonhar”, com Adelaide Chiozzo, foi gravada pela cantora Joelma em LP da Chantecler. Na década de 1970, apresentou-se com frequencia no Jequiá Esporte Clube, no bairro da Ilha do Governador, Rio de Janeiro, compondo um grupo do qual faziam parte ainda Hélio Beltrão, Ângelo Bevenuto e o compositor Leonel Azevedo. Em 1975, apresentou-se ao lado da mulher Adelaide Chiozzo no show “Cada um tem o acordeon que merece”, no Rio de Janeiro e em Niterói. Em 1976, sua gravação do bolero “Nós três”, de Garoto, Fafá Lemos, Chiquiinho do Acordeom e Badaró, acompanhando Adelaide Chiozzo, foi incluída no LP “40 anos da Rádio Nacional”, da gravadora Philips. No mesmo ano, sua composição “Não pense em me abandonar”, na interpretação da orquestra de Alexandre Gnattali, foi incluída no LP “Assim era a Atlântida”, da gravadora Philips. Em 1978, participou do 1º Festival Violão de Ouro, que resultou num LP com o mesmo título, lançado pela Som Livre, e no qual consta sua interpretação de “Asturias”, de J. Albeniz. Em 1979, foi escolhido como o melhor violonista do país. Na década de 1990, realizou diversos shows pelo Brasil, acompanhando a mulher Adelaide Chiozzo, E, ao lado dela, apresentou-se em mais de 900 cidades pelo país, muitos deles ainda nos anos 1950 e 1960 ao aldo da dupla Renato Murce e Eliana Macedo.