Instrumentista (flautista e saxofonista). Arranjador. Compositor. Professor de música.
Autodidata, domina todos os saxofones e todas as flautas, bem como instrumentos étnicos como o pife brasileiro, o shakuhachi japonês e a di-zi de origem chinesa.
Iniciou sua carreira artística em 1978, acompanhando Johnny Alf, Antonio Carlos & Jocafi e Maria Creuza, entre outros.
De 1981 a 1993, apresentou-se, como solista do grupo de Hermeto Pascoal, participando de festivais realizados em diversas cidades européias, como Montreal, Cannes, Hamburgo, Paris, Northsea, Vancouver, Pori, Copenhagen e Atenas (Friends of Music Hall).
A partir de 1993, começou a atuar como instrumentista em gravações de vários artistas, como Caetano Veloso, Paralamas do Sucesso, Edu Lobo, Lenine, Marcos Suzano, Paulinho Moska, Guinga, Rosa Passos, Gal Costa, Ivan Lins, Ithamara Koorax e Aldir Blanc, entre outros. Participou da gravação de trilhas sonoras compostas por Wagner Tiso (“A ostra e o vento”), Caetano Veloso (“Tieta do Agreste”), Edu Lobo (“Guerra de Canudos”) e Sergio Ricardo (“Mandacaru”). Ainda nesse ano, formou um duo com o violoncelista suíço Daniel Pezzotti, com o qual se apresentou no Brasil e no exterior, e com quem gravou o disco “Rainbow”, indicado para o Prêmio Sharp de 1995.
Em 1994, montou os grupos Coreto Urbano e Pife Muderno.
Lançou, em 1996 o CD “Carlos Malta e o Coreto Urbano”.
No ano seguinte, gravou o CD “O escultor do vento”, apontado pelo jornal “O Globo” como um dos melhores discos instrumentais do ano. O CD foi lançado nos Estados Unidos, no ano seguinte, com o nome de “Jeitinho brasileiro”.
Em 1997, participou, com o Coreto Urbano e o Pife Muderno, do Free Jazz Festival.
Lançou, em 1999, o CD “Carlos Malta e o Pife Muderno”.
Escreveu arranjos para apresentações da Orquestra Filarmônica do Espírito Santo, da Orquestra de Brasília e da Orquestra Petrobrás Pró-Música, e para os discos “Aquele frevo axé”, de Gal Costa, e “Suíte Leopoldina”, de Guinga. No último disco lançado pela Orquestra Petrobrás Pró-Música, foi gravada uma composição de sua autoria em homenagem a Armando Prazeres em três movimentos.
Participou, como professor convidado, dos seguintes festivais internacionais:
1993/1995/1996: Festival Internacional de Inverno de Ouro Preto;
1994/1997/1998/1999: Curso Internacional de Verão de Brasília;
19951996: Curso Internacional de Verão de Curitiba;
1998: Festival Internacional de Inverno de Domingos Martins;
1999: Workshops na França (Conservatório de Paris), Suíça, Holanda, Estados Unidos (Berklee College of Music e Universidade New Orleans).
Realizou oficinas de composição, arranjos e improvisação.
Em 2000, gravou os CDs “Pixinguinha Alma e Corpo” e “Pimenta”, esse último em tributo a Elis Regina.
Em 2002, lançou, com o Coreto Urbano, o CD “Tudo Coreto”.
Em 2005, apresentou-se com o Pife Muderno no Espaço Sesc, em Copacabana (RJ), tocando músicas do filme “Eu tu eles”, de Andrucha Waddington, pelo projeto “Cinema tocado”. Nesse mesmo ano, também ao lado do Pife Muderno, fez show no Rio Scenarium (RJ). Ainda em 2005, lançou o CD “Paru – Carlos Malta & Pife Muderno”. No repertório, as músicas “Paru (Toque de chegada)”, “O trem”, “Viva Seu João do Pife”, “Durval é o bicho”, “Tudo azul”, “Procura-se o Oficleide”, “Coisa dos Santos” e “Paru (Toque de despedida)”, todas de sua autoria, além de “Chiclete com banana” (Gordurinha e Almira Castilho), “Baião da Penha” (Guio de Morais e David Nasser), “Santo Antônio” (Hermeto Pascoal), “Esperando na janela” (Targino Gondim, Manuca Almeida e Raimundinho do Acordeom), “Qui nem jiló” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), “Gatas extraordinárias” (Caetano Veloso), “Sebastiana” (Rosil Cavalcanti) e “As pegadas do amor” (Gilberto Gil).
Lançou, em 2010, o CD “Tudo azul”, com suas composições “Cachimbo da paz” (c/ Daniel Grajew, Guy Sasso e Richard Montano), “Soul Sin/Sou Sim”, “Rainha do mar” e a faixa-título, além de “Manga”, “Pat” e “Zamba Jass”, todas de Daniel Grajew, “Reencontro” (Wimer Bottura), “Novinho em folha” (Paulo Costa) e “Santa Clara” (Mauro Casellatto). O disco foi produzido por Guy Sasso.
Em 2011, lançou o CD “Prana”, contendo exclusivamente temas de sua autoria: “Pra Ana 1”, “Pra Ana 2”, “Pra Ana 3”, “Prana 1”, “Prana 2”, “Prana 3”, “Prana 4”, “Prana 5”, “Prana 6” e “Prana 7”.
Lançou, em 2014, o CD duplo “Ao vivo na China – Carlos Malta & Pife Muderno”. O trabalho foi o resultado de um show apresentado no Teatro da Cidade Proibida, em Pequim, em 2011. Como comemoração aos 20 anos de carreira do grupo, o disco foi o primeiro registro em CD de um show.
Em 2018 foi convidado pelo projeto “Espaço Cinema” do Colégio Pedro II para apresentar o documentário “Xingu Cariri Caruaru Carioca”, onde registrou sua viagem musical no ano de 2014 para encontrar tocadores de pífanos. O filme foi dirigido por Beth Formaggini. O enredo retratou sua trajetória a partir do estado de Mato Grosso, onde encontrou tocadores de pífanos entre índios da tribo Ipatse Kuikuro, no Alto Xingu, passando pela região do Cariri no Ceará onde tocou no Crato com os irmãos Aniceto. Após esse encontro, visitou João do Pife e Marcos do Pife. Um dos momentos-chave do documentário foi seu encontro com Zabé da Loca, tocadora de pife que vivia no assentamento “Santa Catarina”, no sertão paraibano. Após a apresentação do filme declarou que sua intenção foi mostrar ao público o Brasil que freqüentou, exibindo a presença das flautas pelo país.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
KOIDIN, Julie. Os Sorrisos do Choro – Uma jornada musical através de caminhos cruzados. São Paulo: Global Choro Music, 2011.