
Instrumentista (pianista). Maestro. Compositor.
Iniciou sua formação musical com seu pai, Clóvis Cruz. Em 1956, lecionou canto orfeônico no Ginásio São Vicente de Paulo, em sua cidade natal. No ano seguinte, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ingressou nos seminários de música da Pró-Arte, tendo estudado com Hans Fraff (piano), Esther Scliar (teoria) e Roberto Schnorrenberg (harmonia).
Em 1958, trabalhou como pianista do Iate Clube do Rio de Janeiro, além de atuar como professor de piano e canto. Dois anos depois, foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga, como pianista da Orquestra do Maestro Peruzzi. Em 1962, atuou como pianista e diretor de orquestra, na Rádio Mauá. Formou, dois anos depois, o grupo musical Carlos Cruz e Seu Conjunto. Ainda em 1964, ingressou na TV Excelsior (RJ), onde assinou a produção e direção dos programas “Times Square”, “Noite de gala”, Espetáculos Tonelux”, “Adoráveis trapalhões”, “Essa gente inocente”, “My fair show” e “Um instante, maestro”. Cinco anos depois, trabalhou na TV Record/TV Excelsior (SP). Em 1970, foi responsável pela produção e direção musical dos programas “Flávio Cavalcanti” e “Cidinha livre” (TV Tupi). A partir desse ano, passou a estudar com Guerra Peixe (composição). Em 1973, assinou a produção e direção musical dos programas “Hebe Camargo”, “Alegríssimo” e “Os trapalhões” (TV Tupi). Três anos mais tarde, trabalhou como supervisor de produção e programação na Rádio Mauá/Rádio Ipanema (Radiobrás). Em 1977, exerceu o cargo de diretor musical da linha de shows da TV Tupi (SP e RJ), tendo sido responsável pela produção e direção musical dos programas “Flávio Cavalcanti” e “Conversa de botequim”. É autor do “Hino Oficial da Cidade de Vitória”, obra premiada, em 1979, em concurso promovido pela prefeitura local. No ano seguinte, trabalhou como diretor musical da TVS/SBT. Em 1981, atuou como diretor musical da linha de shows da TV Bandeirantes (SP). Venceu no ano seguinte o I Festival de Música Capixaba, com sua composição “Sonatina para piano”. De 1983 a 1999, exerceu o cargo de diretor musical da Rede Manchete de Televisão, onde produziu e dirigiu os programas “Bar Academia”, “Um toque de classe” e “Ela e ele”, entre outros. Sua obra “Intervalos” representou o Brasil no Festival Internacional da Ucrânia, em Kiev, em 1994. Nesse mesmo ano, publicou o livro “A heresia de pensar e de criticar”. Participou, como compositor, das trilhas sonoras das novelas “Marquesa de Santos”, “Dona Beija”, “Fronteira do desconhecido”, “Ilha das bruxas” e “A escrava Anastácia” (Rede Manchete), entre outras.
No campo da música popular, tem mais de 100 obras gravadas. Constam da relação dos intérpretes de suas canções artistas como Elza Soares, Marlene, Cauby Peixoto, Wilson Simonal, Eliana Pittman, Emílio Santiago e Angela Maria, entre outros. É autor de músicas de Carnaval como “Can-can no Carnaval” (marcha gravada por Emilinha Borba, contemplada com o primeiro lugar no Festival de Carnaval de 1966), “Mangueira minha alegria”, “Eu sou mais eu”, “O meu Carnaval que passou”, “Domingo de Carnaval” e “Naquele Carnaval”. Participou de várias bienais e tem muitas peças editadas e gravadas. Escreveu “Brasil: música na história”, uma coleção de cinqüenta peças progressivas para piano.