
Compositor. Maestro. Jurista. Jornalista. Poeta. Letrista. Cronista. Cantor e Músico.
De família de músicos, sua mãe era exímia pianista e seu pai, médico, tocava violoncelo. Seus pais faziam saraus e reunia em casa músicos, intelectuais, poetas, artistas plásticos e escritores.
Em 1945 formou-se em Direito pela Universidade Federal da Bahia.
No ano de 1955 formou-se em Filosofia pela Universidade Católica de Salvador. Estudou violino no Instituto de Música da Bahia e logo depois vários outros instrumentos.
Multiinstrumentista, tocava violino, piano, violão, órgão, escaleta, bandolim, entre outros.
Como cronista, manteve colunas diárias e semanais no Jornal da Bahia e no jornal A Tarde (Crônicas de Viagens), (Crônicas da Segunda-Feira) e (Mais Dias Menos Dias, título sugerido pelo amigo Stanislau Ponte Preta). Publicou o livro de crônicas “Mais dias menos dias” que contou com prefácio de Jorge Amado.
Em 1966 escreveu e dirigiu a peça “Flor dos Vinicius de Mello de Moraes Também”, apresentada no Teatro Vila Velha. Salvador.
Lecionou Filosofia, Sociologia, Direito do Trabalho (Universidade de Brasília). Membro de várias organizações: Academia Brasileira de Letras Jurídicas e Academia Nacional do Direito do Trabalho, entre outras. Recebeu diversas condecorações, inclusive do governo francês. Foi presidente do Teatro Vila Velha, levando para apresentações no teatro artistas internacionais como Henry Mancini e Quincy Jones.
Foi amigo do saxofonista americano Charlie Bird, que gostava de vê-lo cantar.
Foi presidente da Associação Atlética da Bahia, levando para apresentações renomados amigos como Vinicius de Moraes, João Gilberto, Silvinha Telles, Nara Leão, Quarteto Em Cy, Carlos Lyra, Elis Regina, entre outros.
Exerceu a presidência do Clube de Cinema da Bahia. Poliglota, dominava várias línguas: inglês, italiano, espanhol e francês.
Manteve correspondência sobre música com Carlos Drummond de Andrade (seu parceiro em “Cantiguinha”). Foi Juiz do Tribunal Regional do Trabalho e Ministro do Tribunal Superior do Trabalho. Juiz do Tribunal Administrativo da Organização dos Estados Americanos (OEA), com sede em Washington DC (EUA) até 1988, ano em que faleceu vítima de uma infecção hospitalar contraída no Hospital Espanhol. Jorge Amado referindo-se a ele escreveu “O numeroso Coqueijo”.
Em 1962 compôs “A cidade”, tema de abertura do programa “Música e Poesia”, da TV Itapuã, em Salvador. Quando era jurado do programa “Escada Para o Sucesso”, de Flávio Cavalcante, conheceu as irmãs Cynara e Cybele, que junto com outras duas Cyva e Cylene formaram o grupo que ele chamava de “As Meninas”. Carlos Coqueijo apresentou-as a Vinicius de Moraes, que logo tornou-se padrinho artístico do quarteto, inclusive, sugerindo o nome “Quarteto em Cy”.
Em 1965 Agostinho dos Santos gravou de sua autoria “Doente”, parceria com N. N (autor da letra, até hoje é desconhecido). Neste mesmo ano compôs com Carlos Lacerda o tema de abertura do “I Festival Nacional da Música Popular, da TV Excelsior”, de São Paulo.
Em 1966 “É preciso perdoar” (c/ Alcyvando Luz) interpretada pelo conjunto MPB4 foi classificada em 4º lugar no “1º Festival Internacional da Canção” (FIC), sendo gravada pelo conjunto no LP do festival, produzido pela Secretaria de Turismo do Estado da Guanabara. Neste ano o Quarteto em Cy interpretou “Segredinho” (c/ Maria Eugênia Nery), o grupo MPB4 regravou “É preciso perdoar” em compacto simples pela gravadora Elenco. No ano seguinte, em 1967, Alcyvando Luz interpretou “Aioká” (Alcyvando Luz e Carlos Coqueijo) no “II Festival Internacional da Canção” (FIC), no Rio de Janeiro; Quarteto em Cy gravou “Sou de Oxalá” (c/ Alcyvando Luz) no LP do “II Festival da Canção Popular” e “Aioká” em disco do quarteto pela gravadora Elenco. No mesmo disco do “II Festival da Canção Popular”, pela gravadora Codil, seu parceiro Alcyvando Luz interpretou “O sim pelo não” (Carlos Coqueijo e Alcyvando Luz). Neste ano de 1967, Gaya e Sua Orquestra, no disco “O grande festival”, incluiu “É preciso perdoar”; o grupo MPB4 regravou “É preciso perdoar” (c/ Alcyvando Luz) no LP pela Elenco e “O sim pelo não”. Por essa época, Agostinho dos Santos, no disco “Música Nossa”, também regravou “O sim pelo não”.
Em 1968 João Gilberto regravou “É preciso perdoar”; Quarteto em Cy, no disco “4/4 avec le Quarteto em Cy”, regravou “Aioká”; MPB4 regravou “O sim pelo não”; o conjunto Agora X Quatro interpretou “Maria é só você” no LP do “III Festival da Canção Popular”, pela gravadora Philips, sendo esta música regravada neste mesmo ano por Maria Creuza e incluída no disco do “III Festival Internacional da Canção – volume II”.
Em 1969 Clara Nunes classificou em 8º lugar no “IV Festival Internacional da Canção” a composição “Ave Maria do retirante” (Carlos Coqueijo e Alcyvando Luz) e a gravou no LP do festival. Neste mesmo ano, Maysa regravou “Ave Maria do retirante”. Compôs “Caminho da Grande Chance” para a bertura do programa homônimo da TV Itapuã.
Em 1970 Celeste gravou “Cantiguinha”, parceria com Carlos Drummond de Andrade que deu título ao disco da cantora. Neste mesmo ano sua composição “Amor pra ficar” (c/ Alcyvando Luz) foi defendida pelo parceiro no “V Festival Internacional da Canção” (FIC).
No ano de 1974 Luiz Vieira regravou “Ave Maria do retirante” e o grupo Quinteto Violado, no LP “A feira”, também regravou esta composição.
Em 1976 “É preciso perdoar” foi interpretada por João Gilberto, Stan Getz e Miucha no LP “The best of two world”, da gravadora Columbia, nos Estados Unidos. No ano seguinte, Fafá de Belém regravou “Ave Maria do retirante” no LP “Água”.
Em 1980 Alcyvando Luz, no LP “Fala moço”, incluiu “Tempo de amor” , parceria de ambos. Ainda na década de 1980 o grupo Raio de Sol regravou “Ave Maria do retirante”.
No ano de 1988 João Gilberto regravou “É preciso perdoar”.
No ano de 1990 Arto Lindsay e Peter Scherer interpertaram “É preciso perdoar” no disco “Ambitions lovers”.
Em 1995 o Quarteto em Cy regravou “Segredinho” (c/ Maria Eugênia Nery). No ano seguinte Caetano Veloso e Cesária Évora interpretaram “É preciso perdoar” no CD “Redht + Rio”, disco em benefício da luta contra a AIDS no mundo. A música ganharia mais duas regravações: em 1998 por Cláudia Dulth e em 1999 por Isabella Paz.