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Nome Artístico
Capinan
Nome verdadeiro
José Carlos Capinan
Data de nascimento
19/2/1941
Local de nascimento
Estação das Pedras, BA
Dados biográficos

Letrista. Poeta. Escritor. Publicitário. Jornalista. Médico.

Filho de Osmundo Capinan e Judite Bahiana Capinan com mais 12 irmãos.

Começou a escrever poesias aos 15 anos.

Em 1960, mudou-se para Salvador, iniciando o Curso de Direito na Universidade Federal da Bahia. Por essa época, estudando também teatro no Centro Popular de Cultura, ligado à UNE, conheceu Tom Zé, Caetano Veloso e Gilberto Gil, ambos cursando as faculdades de Filosofia e Administração de Empresas, respectivamente. Atuou na peça “Os fuzís da Senhora Cará”, de Brecht, dirigida por Álvaro Guimarães.

No ano de 1964, formou-se Artes Cênicas e Direito. Com o golpe militar, foi forçado a deixar Salvador, transferindo-se para São Paulo, indo trabalhar como redator publicitário na agência Alcântara Machado. Por essa época, conheceu Geraldo Vandré (que fazia jingles para a agência), além de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal (do Teatro de Arena) que o levaram para o meio musical de São Paulo. Logo depois foi apresentado a Edu Lobo.

Participou ativamente dos movimentos culturais da década de 1960: Centro Popular de Cultura (CPC), Feira da Música (Teatro Jovem, ao lado de Paulinho da Viola, Caetano Veloso, Torquato Neto e Gilberto Gil) e Tropicalismo, com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Os Mutantes, Nara Leão, Torquato Neto, Rogério Duarte, Rogério Duprat e Gal Costa.

Em 1965, foi coautor, com Caetano Veloso e Torquato Neto, do musical “Pois É”, com Gilberto Gil, Maria Bethânia e Vinicius de Moraes, no Teatro Opinião, no Rio de Janeiro. Compôs com Caetano Veloso a trilha sonora do filme “Viramundo”, de Geraldo Sarno, que contou também com a música-título “Viramundo”, esta, composta em parceria com Gilberto Gil. No ano seguinte, em 1966, publicou o livro de poemas “Inquisitorial”. Em seguida, voltou a Salvador, onde cursou Medicina, profissão que chegou a exercer por algum tempo. No ano posterior, em 1967, com Torquato Neto, escreveu o programa de televisão “Vida, Paixão e Banana do Tropicalismo”, interpretado por Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa, sob a direção de José Celso Martinez Corrêa.

Na década de 1970, foi coeditor ao lado de Abel Silva, da “Revista Anima”.

Em 1973, dirigiu e produziu o show de Gal Costa e Jards Macalé, no teatro Oficina, em São Paulo, e o espetáculo “Luiz Gonzaga, o Rei do Baião”, no teatro Teresa Raquel, no Rio de Janeiro.

No ano de 1976 publicou poemas na antologia “26 poetas hoje”, organizada por Heloísa Buarque de Hollanda. No ano seguinte, lançou pela editora Macunaíma “Ciclo de navegação Bahia e gente”.

Em 1982 formou-se em Medicina, pela UFBA. Dois anos depois, estruturou a TV Educativa da Bahia, criando diversos programas para seu lançamento e em 1985 atuou como diretor da emissora.

Em 1986 foi nomeado Secretário Municipal da Cultura, de Camaçari (BA), passando a integrar o Conselho Nacional de Direito Autoral, do Ministério da Cultura (MinC), participando também de comissões de Divulgação Autoral

De 1987 a 1989, atuou como Secretário da Cultura do Estado da Bahia, e como presidente dos “Fóruns Nacional de Secretários da Cultura e Estadual de Cultura”. Neste mesmo ano editou os livros “Confissões de Narciso”, pela Editora Civilização Brasileira e “Balança Mas Hai Kai”, pela Editora BDA.

Em 1990, a convite da produtora Marina Barreto e da idealizadora e diretora Solange Kafuri, participou do projeto “Poeta, Mostra a Tua Cara”, tendo como convidados especiais Gilberto Gil, Paulinho da Viola e Geraldo Azevedo, no Rio Jazz Club, na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro.

No ano de 1995, relançou do pela Editora Civilização Brasileira, “Inquisitorial”, com orelhas escritas por Ênio Silveira e ensaio crítico introdutório de José Guilherme Merquior, escrito em 1968 e publicado no livro “A astúcia da mímese” em 1969. No ano seguinte, em 1996, publicou “Uma canção de amor às árvores desesperadas”, livro de poemas. Neste mesmo ano, de 1996, apresentou-se no projeto “Fala, Poeta”, acompanhado pelo grupo Confraria da Bazófia, em Salvador, Bahia.

Publicou também “Signo de Navegação Bahia e Gente” e “Estrela do Norte, Adeus”.

Em 2021, aos 80 anos, Capinan entrou na justiça para garantir o custeio do tratamento de hemodiálise que fazia três vezes por semana pelo plano de saúde. O plano já não havia cumprido uma primeira decisão a favor do poeta.

 

Dados artísticos

No ano de 1963, escreveu e estreou o musical “Bumba-meu-boi”, com trilha sonora composta em parceria com Tom Zé, evento estreado na sede do CPC (Centro Popular de Cultura de Salvador) e que percorreu vários estados do Nordeste do país.

Em 1965, reencontrou Gilberto Gil em São Paulo e compôs “Ladainha”, que foi a sua primeira música gravada. No ano seguinte, em 1966, sua composição “Ladainha” (c/ Gilberto Gil) foi incluída no lado B do compacto que trazia no lado A “A banda”, de Chico Buarque (que havia vencido o “Festival de Música Popular Brasileira”, da TV Record naquele ano). Ainda em 1966, compôs com Paulinho da Viola “Canção para Maria”, interpretada por Jair Rodrigues e classifica em 3º lugar no “II Festival da Música Popular”, da TV Record de São Paulo. Em outubro de 1967, venceu o “III Festival da Música Popular Brasileira”, da TV Record com a música “Ponteio”, em parceria com Edu Lobo, ganhando o “Prêmio Sabiá de Ouro”, no Teatro Paramount. A música foi interpretada por Edu Lobo, Marília Medalha e o grupo Momento Quatro. Neste mesmo ano, no LP “Edu & Bethânia”, foi incluída outra composição de sua autoria, “Cirandeiro” (c/ Edu Lobo). Ainda neste mesmo ano, Edu Lobo interpretou “Corrida de jangada” e “Rosinha”, ambas, parceria da dupla Edu e Capinan. Neste mesmo ano de 1967, Gilberto Gil incluiu em seu disco “Louvação”, pela gravadora Philips, duas parcerias de ambos: “Água de meninos” e “Viramundo”.

No ano de 1968, Caetano Veloso incluiu em seu LP, pela Philips, as composições “Clarisse” (c/ Caetano Veloso) e “Soy loco por ti, América” (c/ Gilberto Gil). Neste mesmo ano, foi lançado o disco do Movimento Tropicalista, do qual fazia parte. No LP “Tropicália ou Panis et Circencis”, Gilberto Gil interpretou “Miserere nobis” (c/ Gilberto Gil). Ainda em 1968, Elis Regina regravou “Corrida de jangada” (c/ Edu Lobo) e “Viramundo” (c/ Gilberto Gil). No ano seguinte, concorreu ao “IV Festival Internacional da Canção”, da TV Globo do Rio de Janeiro com a música “Gothan City”, em parceria com Jards Macalé, que a apresentou. Neste mesmo ano, Gal Costa interpretou “Pulsares e quasares” (c/ Jards Macalé).

Em 1969, no LP “Elizete e Zimbo Trio balançam a Sucata”, foi incluída de sua autoria “Ponteio”, com Edu Lobo. Ainda na década de 1960 participou do filme “Brasil Ano 2000”, de Walter Lima Júnior. Dirigiu o filme “Missa do Vaqueiro”, com José Avelar.

Compôs com Paulinho da Viola “Coração imprudente” e “Orgulho”, ambas incluídas no disco “Dança da solidão”, pela Odeon. Ainda em 1969, Elis Regina e Toots Thielemans regravaram “Corrida de jangada”, também incluída no LP “Elis Regina in London” deste mesmo ano.

No ano de 1972, Jards Macalé incluiu quatro parcerias de ambos em seu disco: “Farinha do desprezo”, “78 rotações”, “Meu amor me agarra & geme & treme & chora & mata” e “Movimento dos barcos”. No ano seguinte, “Come se fosse” (c/ Fagner) foi gravada no LP “Manera Fru Fru, manera”, primeiro disco do cantor. No segundo disco de Fagner, “Ave noturna”, lançado pela gravadora Continental em 1975, foi incluída “Última mentira”, outra parceria com Fagner.

Compôs com Paulinho da Viola “Coração imprudente” e “Orgulho”, ambas incluídas no disco “Dança da solidão”, de Paulinho da Viola, lançado pela Odeon.

Em 1976, Edu Lobo incluiu várias parcerias de ambos no disco “Limite das águas”: “Negro negro”, “Limite das águas”, “Repente” e “Considerando”. Terezinha de Jesus em 1979 regravou, de sua autoria, “Coração imprudente” (c/ Paulinho da Viola) e ainda “Não posso crer”, em parceria com Mirabô Dantas. Neste mesmo ano, Marlui Miranda, no disco “Olho d água”, interpretou “Pitanga”, parceria de ambos.

Em 1980, “Acalanto”, em parceria com Mirabô Dantas, foi incluída no disco “Caso de amor”, de Terezinha de Jesus. Ainda neste ano, Amelinha interpretou “Gemedeira” (c/ Robertinho de Recife), tornando-se um grande sucesso, e Alcyvando Luz, no disco “Fala moço”, incluiu “Caipira”, parceria de ambos. Ainda em parceria com Alcyvando Luz compôs o jingle (de muito sucesso) “Verde que te quero verde”.

No ano de 1981Geraldo Azevedo gravou, com sucesso, “Moça bonita”, parceria de ambos, incluída na trilha sonora do seriado “Terras do Sem-Fim”, da Rede Globo.

Em 1983 Paulinho da Viola interpretou “Mais que a lei da gravidade” e “Prisma luminoso”, parceria com Capinam. Esta última, deu título ao disco do compositor. Neste mesmo ano, Clarisse incluiu em seu LP a música “Filhos de verão”, pela gravadora EMI, parceria com Sueli Costa. Ainda em 1983, Ederaldo Gentil, no disco “Identidade”, gravou “Luandê”, parceria de ambos. No ano seguinte, João Bosco gravou no disco “Gagabirô” duas parcerias com Capinam: “Imã dos ais” e “Papel marchê” (esta última obteve um grande sucesso não apenas na voz de João Bosco, mas também na interpretação de Zizi Possi), e neste mesmo ano “Nega Dina” (c/ Moraes Moreira) foi gravada por Zezé Motta.

Em 1984, seu parceiro Gereba o convidou a participar do disco “Te esperei”. Neste LP, Capinam registrou com sua voz o poema “Te esperei”, de sua autoria.  Ainda nesse disco, Gereba interpretou “Baião de nós”, “La nave vá”, “Pro Gereba e os onze”, todas em parceria com Capinam. No ano seguinte, outro parceiro, desta vez Gonzaguinha, o convidou para uma participação especial no disco “Olho de lince – Trabalho de parto”, no qual interpretaram “Janeiro ainda – Possibilidades”, parceria de ambos.

Em 1986, “Pirata azul” (c/ João Bosco) foi lançada no disco “Ai, Ai, Ai de mim”, pela CBS, e Selma Reis gravou diversas composições de sua autoria: “Todos queremos” (c/ Geraldo Azevedo); “La nave va” (c/ Gereba); “Garrafas vazias” (c/ Sueli Costa); “Santa menina sensual do metrô” (c/ Gereba e Kapenga) e “Libido”, em parceria com Gereba. Neste mesmo ano, sua composição “Valsa derradeira” (c/ Gereba) foi incluída no LP “Luz e esplendor” de Elizete Cardoso, lançado pela gravadora Arca Som.

No ano de 1988, em comemoração aos 21 anos do movimento tropicalista, e em sua homenagem, foi lançado o LP “O viramundo – 21 anos de Tropicalismo”. No disco foram compiladas algumas de suas composições mais conhecidas: “Soy loco por ti America ” (c/ Gilberto Gil), “Papel machê” (c/ João Bosco), “Te esperei” (c/ Gereba), “Gemedeira” (c/ Robertinho de Recife), “Gotham City” (c/ Jards Macalé), “Ponteio” (c/ Edu Lobo), “Um dueto” (c/ Francis Hime), “Coração imprudente” (c/ Paulinho da Viola), “Xote dos poetas” (c/ Zé Ramalho) e ainda “Te esperei”, poema  que havia gravado em disco anterior do parceiro Gereba.

Uma de suas composições mais conhecidas é “Moça bonita”, que o próprio parceiro Geraldo Azevedo regravou diversas vezes, inclusive no disco “Cantoria 2”, de Elomar, Geraldo Azevedo, Vital Faria e Xangai.

Entre seus intérpretes destaca-se Simone Guimarães, em “Cirandeiro” (c/ Edu Lobo).

Em 1991 o parceiro Gereba ganhou com a composição “Três por acaso”, parceria de ambos, o primeiro lugar o festival “IX FAMPOP”, da cidade de Avaré, em São Paulo.

Em 1995, Moraes Moreira, em seu disco “Acústico”, interpretou “Cidadão” (c/ Moraes Moreira). Neste mesmo ano, foi lançado pela gravadora Lumiar o “Songbook de Edu Lobo”. No álbum duplo foram incluídas várias parcerias da dupla (Edu e Capinam), interpretadas por nomes importantes da MPB: João Bosco “Corrida de jangada”, Geraldo Azevedo e Marcus Pereira “Viola fora de moda”, Leny Andrade “Considerando” e  Alceu Valença, em “Ponteio”. No ano seguinte, no CD “Dom de passarinho”, de Edil Pacheco, lançado pela gravadora Velas, foi incluída “Paz de Xangô” (c/ Edil Pacheco).

Em 1997, no disco “Tropicália – 30 anos” (Natasha Records) a banda Araketu interpretou “Soy loco por ti, América”.

No ano de 1999, no disco “Pérola fina”, CD em homenagem à obra de Ederaldo Gentil, foi incluída uma regravação de “Luandê”  (c/ Ederaldo Gentil).

Em 2000, compôs, juntamente com Fernando Cerqueira e Paulo Dourado, a ópera “Rei Brasil 500 Anos”, uma crítica às comemorações dos 500 anos do Brasil. Ainda neste ano, compôs com Tom Zé “Perisseia” e, com Sueli Costa, “Jardim”.

Em 2002 Célia gravou de sua autoria “Vuelve mi luz”, parceria com Sueli Costa. Neste mesmo ano, ao lado de Chico Buarque, Abel Silva, Antônio Cícero, Paulinho Lima, Ana Terra, Alcione, Leila Coelho Frota, Adélia Prado, Afonso Romano de SantAnna, Ritchie, Ronaldo Bastos, Fernando Brant, Gabriel, O Pensador, Elisa Lucinda e Murilo Antunes, entre outros, num total de 149 pessoas, participou do álbum com quatro CDs em homenagem ao poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade. O álbum intitulado “Reunião – O Brasil dizendo Drummond” foi lançado pelo selo Luz da Cidade. Neste mesmo ano, foi lançado o livro ” Velhas Histórias, memórias futuras” (Editora Uerj) de Eduardo Granja Coutinho, no qual o autor faz várias referências ao poeta. Zeca Baleiro incluiu “Eu despedi o meu patrão” (parceria de ambos) no CD “PetShopMundoCão”, e a cantora Teresa Cristina interpretou “Mais que a lei da gravidade” e “Coração imprudente”, parcerias suas com Paulinho da Viola incluídas no disco “A música de Paulinho da Viola”. Ainda em 2002, Lucinha Lins interpretou “Mar de Espanha” e “Vuelve mi luz”, ambas, em parceria com Sueli Costa no CD “Canção brasileira”, disco em homenagem à obra de Sueli Costa. Neste mesmo ano de 2002 foi lançado o livro “Driblando a censura – De como o cutelo vil incidiu na cultura”, de Ricardo Cravo Albin, no qual constou o relato de uma composição de sua autoria proibida pela censura e liberada logo depois pelo Conselho Superior de Censura. Sua composição em questão foi “Triângulo das Bermudas” (c/ Carlos Pita). O Conselho Superior de Censura tinha como função provocar a  transição de um Estado de Exceção para um Estado de Direito, atuando incisivamente, entre os anos de 1979/1989, na liberação de músicas, livros, peças, novelas, caso especial, filmes e outras obras intelectuais proibidas pelo regime militar. Ainda em 2002 a cantora Fernanda Cunha incluiu a composição “Cruel beleza” (c/ Lisieux Costa) no CD “O tempo e o lugar”.

Em 2003, Edil Pacheco, no CD “O samba me pegou”, incluiu uma parceria de ambos, “Meu coração sabe gostar”. Neste mesmo ano, Zé Renato no disco “Minha praia”, incluiu “Algum lugar” (Zé Renato e Capinan). Maria Bethânia no disco “Brasilierinho” interpretou de sua autorua “Yáyá Massemba” (c/ Roberto Mendes).

No ano de 2004 participou do especial do programa de debates “Nomes do Nordeste”, do Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza. Acompanhado pelo violonista Roberto Mendes, narrou sua trajetória

de vida e cantou alguns de seus maiores sucessos em escritos em parceria com Edu Lobo, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Paulinho da Viola, João Bosco,

Francis Hime, Moraes Moreira, Raimundo Fagner, Zeca Baleiro, Geraldo Azevedo, Nonato Luiz, Jards Macalé, Robertinho do Recife e Gereba, entre outros, tendo composiçoe gravadas por quase todos os intérpretes da MPB, entre os quais Maria Bethânia, Beth Carvalho, Zélia Duncan, Fagner, Zeca Baleior e Cássia Eller.

Em 2005 Lisieux Costa gravou “Cruel beleza” e “Cognac e batom”, parcerias de ambos. No ano seguinte, em 2006, “Esse pobre brasileiro”, uma de suas parcerias inéditas com Maurício Tapajós, foi interpretada por Zélia Duncan no CD póstumo “Sobras repletas”, de Maurício Tapajós.

No ano de 2013  suas composições “Cirandeiro” (com participação especial de Maria Bethânia) e “Ponteio”, (com participação especial de Bena Lobo) foram regravadas por Edu Lobo, sendo incluídas no CD “Edu Lobo 70 anos”, lançado pela gravadora Biscoito Fino.

Em 2017 Edu Lobo, Romero Lubambo e Mauro Senise lançaram, pela gravadora Biscoito Fino, o CD “Dos navegantes”, no qual foi regravada “Considerando”, parceria com Edu Lobo.

No ano de 2021 foi publicado o ensaio “Festa, trabalho e pão”, do jornalista Hugo Sukman, no livro “Cadernos de Música”, dos editores Sérgio Cohn, Leonardo Lichote e Paulo Almeida, publicação dedicada aos 80 anos do poeta. O lançamento ocorreu em uma live-show em comemoração aos 80 anos de Capinan, na qual o poeta falou sobre sua obra e sua vida e narrou acerca do surgimento de suas principais composições. O evento intitulado “Palco Aberto Boca de Brasa” contou com mediação e apresentação do jornalista Leonardo Lichote e foi transmitido pelo canal do YouTube do Museu Nacional de Cultura Afro-brasileira, contando com as participações musicais de Jards Macalé, Roberto Mendes, Geraldo Azevedo e Gereba, alguns de seus parceiros, além de depoimentos gravados por Gilberto Gil, Tom Zé, Paulinho Boca de Cantor e Teresa Cristina. O poeta fechou a live com um verso de sua autoria: “A poesia é uma lucidez embriagada.”

Discografias
2021 PODCAST Capinan 80 anos: Vida e Poesia

Rádio FAP

2021 PODCAST Compositor baiano José Carlos Capinan Completa 80 Anos

CBN Programa Sala de Música

2021 PLAYLIST POEMAS DE Torquato Neto, Waly Salomão, Antonio Cícero, Capinan, Chacal
2021 PODCAST Programa Multicultura: Capinan 80 anos

Rádio Educadora FM - Bahia

2002 Selo Luz da Cidade CD Reunião - O Brasil dizendo Drummond

(vários)

2002 Selo Luz da Cidade CD Reunião-O Brasil dizendo Drummond

(vários)

1988 SBK/CBS LP O viramundo - 21 anos de tropicalismo

(vários)

1985 EMI/Odeon LP Olho de lince- trabalho de parto

(partipação)

1984 Independente LP Te esperei

(participação)

Obras
78 rotações (c/ Jards Macalé)
A abóboda da vida (c/ Gilberto Gil)
A arte de não morrer (c/ Jards Macalé)
Acalanto (c/ Mirabô Dantas)
Algum lugar (c/ Zé Renato)
Baião de nós (c/ Gereba)
Blues (c/ Joyce)
Bonina (c/ Caetano Veloso)
Caipira (c/ Alcyvando Luz)
Canção de Maria (c/ Paulinho da Viola)
Chorinho de mágoa (c/ Edu Lobo)
Cidadão (c/ Moraes Moreira)
Cirandeiro (c/ Edu Lobo)
Clarisse (c/ Caetano Veloso)
Como se fosse (c/ Fagner)
Conhaque e batom (c/ Lisieux Costa)
Considerando (c/ Edu Lobo)
Coração imprudente (c/ Paulinho da Viola)
Corrida de jangada (c/ Edu Lobo)
Cruel beleza (c/ Lisieux Costa)
Dois tempos (c/ Edu Lobo)
Esse pobre brasileiro (c/ Maurício Tapajós)
Farinha do desprezo (c/ Jards Macalé)
Filhos de verão (c/ Sueli Costa)
Flor da memória (c/ Roberto Mendes)
For All Para Todos (c/ Geraldo Azevedo)
Garrafas vazias (c/ Sueli Costa)
Gemedeira (c/ Robertinho de Recife)
Gotham City (c/ Jards Macalé)
Janeiro ainda - Possibilidades (c/ Gonzaguinha)
Jardim (c/ Suely Costa)
La lune de Gorée (c/ Gilberto Gil)
La nave va (c/ Gereba)
Ladainha (c/ Gilberto Gil)
Libido (c/ Gereba)
Limite das águas (c/ Edu Lobo)
Luandê (c/ Ederaldo Gentil)
Mais que a Lei da Gravidade (c/ Paulinho da Viola)
Maria, Maria (c/ Caetano Veloso)
Meu amor me agarra & geme & treme & chora & mata (c/ Jards Macalé)
Meu coração sabe gostar (Edil Pacheco)
Miserere nobis (c/ Gilberto Gil)
Modulo lunar (c/ Jards Macalé)
Movimento dos barcos (c/ Jards Macalé)
Moça bonita (c/ Geraldo Azevedo)
Mulher (c/ Fagner)
Natureza morta (c/ Fagner)
Nega Dina (c/ Moraes Moreira)
Negro, negro (c/ Edu Lobo)
Noiva brasileira (c/ Roberto Mendes)
Não posso crer (c/ Mirabô Dantas)
O Homem de Neandertal (c/ Gilberto Gil e Walter Lima Júnior)
O acaso não tem pressa (c/ Paulinho da Viola)
O tempo e o rio (c/ Edu Lobo)
Orgulho (c/ Paulinho da Viola)
Pacto de sangue (c/ Jards Macalé)
Panorama pandemia (c/ Paulinho Boca de Cantor)
Papel marchê (c/ João Bosco)
Pavor dos paraísos (c/ Fagner)
Paz de Xangô (c/ Edil Pacheco)
Perisséia (c/ Tom Zé)
Pirata azul (c/ João Bosco)
Pitanga (c/ Marlui Miranda)
Pomba Gira (c/ Alcyvando Luz)
Ponteio (c/ Edu Lobo)
Preparando um luminoso (c/ Joyce)
Prisma luminoso (c/ Paulinho da Viola)
Pro Gereba e os onze (c/ Gereba)
Pula, pula (c/ Jards Macalé)
Pulsares e quasares (c/ Jards Macalé)
Qual o assunto que mais lhe interessa? (c/ Roberto Mendes)
Rancho de Ano Novo (c/ Edu Lobo)
Repente (c/ Edu Lobo)
Rosinha (c/ Edu Lobo)
Salve a terra (c/ Edu Lobo)
Santa menina sensual do metrô (c/ Gereba e Kapenga)
Show de me esqueci (c/ Gilberto Gil)
Sofrer (c/ Paulino da Viola)
Soy loco por ti, América (c/ Gilberto Gil)
Te esperei (c/ Gereba)
Tema de Rita (c/ Alcyvando Luz)
Tigre de papel (c/ Jards Macalé)
Todo medo é morrer (c/ Alcyvando Luz)
Todos queremos (c/ Geraldo Azevedo)
Triângulo das Bermudas (c/ Carlos Pita)
Três por acaso autor (c/ Gereba)
Um dueto (c/ Francis Hime)
Valsa derradeira (c/ Gereba)
Verde que quero verde (c/ Alcyvando Luz)
Vinhos finos e cristais (c/ Paulinho da Viola)
Viola fora de moda (c/ Edu Lobo)
Viramundo (c/ Gilberto Gil)
Viver de amor (c/ Paulinho da Viola)
Vuelve mi luz (c/ Sueli Costa)
Xote dos poetas (c/ Zé Ramalho)
Yáyá Massemba (c/ Roberto Mendes)
Água de meninos (c/ Gilberto Gil)
Ímã dos ais (c/ João Bosco)
Última mentira (c/ Fagner)
Shows
Show de lançamento do livro "Uma canção de amor às árvores desesperadas". Teatro da Umes, SP,
Show de lançamento do livro "Uma canção de amor às árvores desesperadas". Vilaggio Café, SP.
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

ALBIN, Ricardo Cravo. Driblando a censura – De como o cutelo vil incidiu na cultura. Rio de Janeiro: Editora Gryphus, 2002.

ALBIN, Ricardo Cravo. MPB, a história de um século. Rio de Janeiro: Atração Produção Ilimitada/MEC/Funarte, 1997.

ALBIN, Ricardo Cravo. O livro de ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.

AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.

BARBOSA, Airton Lima. Que caminhos seguir na música popular brasileira – debate com Caetano Veloso e Nara Leão. Revista Civilização Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1966.

CABRAL, Sérgio. Elisete Cardoso – Uma vida. Rio de Janeiro: Lumiar Editora, S/D.

CALADO, Carlos. Tropicália – A história de uma revolução musical. São Paulo: Editora 34, 1997.

CAPINAM, José Carlos & SILVA, Abel. Revista Anima. Rio de Janeiro: Editora Macunaíma, 1977.

CHAVES, Xico e CYNTRÃO, Sylvia. Da Pauliceia à Centopeia Desvairada – as Vanguardas e a MPB. Rio de Janeiro: Elo Editora, 1999.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.

COUTINHO, Eduardo Granja. Velhas histórias, memórias futuras. Rio de Janeiro: Editora Uerj, 2002.

CYNTRÃO, Sylvia Helena. (Org.) A Forma da festa -Tropicalismo: explosão e seus estilhaços. Destrito Federal: Editora Universidade de Brasília, 1999.

DUARTE, Paulo Sergio, e NAVES, Santuza Cambraia. Do samba-canção à Tropicália. Rio de Janeiro: Faperj/Relume Dumará, 2003.

FAVARETTO, Celso. Alegoria, alegria. São Paulo: Editora Kairós, 1980.

HOLLANDA, Heloísa Buarque. 26 poetas hoje. Rio de Janeiro: Editora Labor, 1976.

MARCONDES, Marcos Antônio. (Ed.). Enciclopédia da música Brasileira – erudita, folclórica e popular. 3. ed. São Paulo: Arte Editora/Itaú Cultural/Publifolha, 1998.

MARCONDES, Marcos Antônio. (Ed.). Enciclopédia da música brasileira – erudita, folclórica e popular. 1 v. São Paulo: Arte Editora/Itaú Cultural, 1977.

MERQUIOR, José Guilherme. A astúcia da Mímese. 1969.

MESSEDER, Carlos Alberto & HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Poesia jovem – anos 70. Literatura comentada. Rio de Janeiro: Editora Abril Cultural, 1982.

NAVES, Santuza Cambraia. Da bossa nova à tropicália. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

NETO, Torquato. Os últimos dias de Paupéria – do lado de dentro. Rio de Janeiro: Editora Max Limonad, 1982.

NETO, Torquato. Os últimos dias de paupéria. Rio de Janeiro: Editora Eldorado, 1973.

Nova história da música popular brasileira. São Paulo: Editora Abril Cultural, 1976.

PASCHOAL, Marcio. Pisa na fulô mas não maltrata o carcará. Vida e obra do compositor João do Vale, o poeta do povo. Rio de Janeiro: Lumiar Editora, 2000.

PERRONE, Charles A . Letras e letras da música popular brasileira (Trad. de José Luiz Paulo Machado). Rio de Janeiro: Elo Editora e Distribuidora Ltda, 1988.

SCHEVERRIA, Regina. Furacão Elis. São Paulo: Editora Globo, 1994.

SEVERIANO, Jairo e MELLO. Zuza Homem de. A canção no tempo vol. 2. São Paulo: Editora 34, 1998.