
Compositor. Cantor. Instrumentista.
Morou no morro do Salgueiro e foi lutador de boxe. Trabalhou como lustrador de móveis.
Frequentou importantes meios musicais como o Ponto Cém Réis em Vila Isabel onde conviveu com Noel Rosa. Braguinha e outros. Com data de nascimento desconhecida, morreu no Rio de Janeiro em 1932.
Embora de discreta popularidade, atuou ativamente nos anos 1910 e 1920. Um de seus maiores sucessos foi o samba “Vou à Penha rasgado”, interpretado na Festa da Penha na década de 1920. Em 1927, teve a canção “Canção antiga” gravada por Francisco Alves na Odeon. Em 1929, tocou tamborim na gravação do samba “Na pavuna”, de Almirante e Homero Dornelas feita por Almirante e o Bando de Tangarás, a primeira em que se utilizou instrumentos de percussão em gravações.
Em 1930, seu samba “Não quero amor nem carinho” foi gravado na Parlophon por João Gabriel de Faria. Em 1931, os sambas “Tu juraste…eu jurei” e “Vou à Penha rasgado”, parcerias com Braguinha foram gravados na Parlophon pelo Bando de Tangarás com vocais de João de Barro, o Braguinha. Nesse ano, gravou os sambas “Não quero” e “O amor é um buraco”, de sua autoria. No mesmo ano, gravou os sambas “Eu agora fiquei mal”, de Noel Rosa e Antenor Gargalhada e “Esquecer e perdoar”, de sua autoria e Noel Rosa. Teve ainda o samba “Já não posso mais”, com Almirante, Puruca e Noel Rosa gravado pelo Bando de Tangarás com vocal de Almirante. Em 1932, gravou na Columbia o samba “Não julgues que é dor”, de sua autoria e Elói do Amparo.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.
VASCONCELOS, Ary. Panorama da música popular brasileira. Sçao Paulo: Martins, 1965.