1.001
Nome Artístico
Breno Ferreira
Nome verdadeiro
Breno Ferreira Hehl
Data de nascimento
18/10/1907
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
23/11/1966
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Cantor. Compositor.

Sua carreira artística ocorreu paralelamente ao curso de direito. Uma vez formado, abandonou a carreira artística. Destacou-se como pioneiro em cooperativismo no Brasil, assunto sobre o qual publicou alguns livros.

Dados artísticos

Foi um dos primeiros cantores a gravar na Victor, onde estreou em 1929 com a embolada “Forga nego”, de sua autoria, em disco que trazia na outra face a Orquestra Victor Brasileira. Em seguida gravou as emboladas “Gavião tá no á” e “Foi, num foi”, ambas de sua autoria. No mesmo período, gravou a toada “Cais dourado” e o samba “Virou bola”, ambos do compositor J. B. Silva o Sinhô.

Em 1930, gravou de Pixinguinha e Cândido das Neves, o samba “Foi moamba” e de Josué de Barros, a marcha “Adeus meu carnaval”. No mesmo ano, gravou com Sílvio Caldas o desafio “Tracuá me ferrô”, de Sátiro de Melo. Em 1931, gravou de sua autoria, a toada “Na minha choça” e os sambas “Olha a proa”, parceria com L. Paes de Andrade e “Samba de prata”.

Em 1932 passou a atuar na Columbia, onde estreou cantando a embolada “Sou de Pernambuco” e a toada “Caboclo triste”, ambos de sua autoria. No mesmo ano, fez sucesso com a embolada “Andorinha preta”, de sua autoria, composta sobre um motivo elaborado doze anos antes, e que seria regravado na década de 1960 pelo cantor norte americano Nat King Cole, acompanhado pelo Trio Irakitan, no Rio, quando obteve repercussão internacional. Gravou também algumas composições de Heitos dos Prazeres, como as rancheiras “Já é hora!” e “Coisa gozada”.

Em 1933 gravou de sua autoria, o samba “Bola errada” e as marchas “Hei de te ver”, de Jorge Murad e Pereira Filho e “Garota errada”, de Joubert de Carvalho e Luiz Martins. No mesmo ano, gravou dos compositores pernambucanos Nelson Ferreira e Capiba, respectivamente, a marcha nortista “Diarbuco oia a virada” e “Aguenta o rojão”.

Discografias
1933 Columbia 78 Anoitecer no sertão mineiro/Viola sem dono
1933 Columbia 78 Diarbuco oia a virada/Aguenta o rojão
1933 Columbia 78 Garota errada/Meu amor chegou
1933 Columbia 78 Hei de te ver/Bola errada
1932 Columbia 78 Caboclo triste/Sou de Pernambuco
1932 Columbia 78 Caçador oi.../Andorinha preta
1932 Columbia 78 Coisa gozada/Zefa
1932 Columbia 78 Já é hora!/Cafeína
1932 Columbia 78 Maiadô, maiadô!/Tia Chimba
1931 Victor 78 Na minha choça,/Você não me qué
1931 Victor 78 Olha a proa/Samba de prata
1930 Victor 78 Adeus meu carnaval
1930 Victor 78 Cadeirinha do Catete
1930 Victor 78 Catolé/Já está na hora de churrasquiá
1930 Victor 78 Foi moamba
1930 Victor 78 Isquipac, isquipu
1930 Victor 78 Mentiras/A pombinha avuô
1930 Victor 78 Meu gavião
1930 Victor 78 Papagaio sabido
1930 Victor 78 Tracuá me ferrô/Chô acauan
1929 Victor 78 Cais dourado
1929 Victor 78 Choradeira de Jeca
1929 Victor 78 Conseio de caboco
1929 Victor 78 Forga nego
1929 Victor 78 Gavião tá no á/Foi, num foi
1929 Victor 78 Meu roçado
1929 Victor 78 Virou bola
1929 Victor 78 Vou à macumba
Obras
A pombinha avuô
Andorinha preta
Bola errada
Caboclo triste
Foi, num foi
Forga nego
Gavião tá no á
Meu roçado
Na minha choça
Olha a proa (c/ L. Paes de Andrade)
Samba de prata
Sou de Pernambuco
Viola sem dono
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.

SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo. Volume 1. Editora: 34. São Paulo, 1997.

VASCONCELOS, Ary. Panorama da música popular brasileira. Martins: Rio de Janeiro, 1965.