
Compositor.
O avô paterno foi fundador da Banda de Música Grêmio Lítero Musical Bonjardinense e tocava tuba, bombardino e trompa. Começou a compor ao terminar o curso secundário no colégio Padre Félix.
Trabalhou no IBC (Instituto Brasileiro do Café).
Em 1964, gravou pelo Selo Verdi o frevo “Além de mim”. Por essa época, Cyro Monteiro gravou o samba “Maria Luiza” (Bráulio de Castro e Inaldo Vilarim). Participou de diversos festivais: “Festival da Rede Globo”, classificando em 3º lugar a música “Cem anos de Monteiro Lobato – antes que acabem as flores” defendida pelo cantor Noite Ilustrada; “Festival da Record”, com a música “Recado de Adoniram para Arnesto”, interpretada por Fátima de Castro e Demônios da Garoa e o “Festival Canta Nordeste”, classificando em 5º lugar a música “Boi da alegria”, cantada por Ed Carlos.
Em outros festivais locais como “Frevança”, ganhou o 1º lugar com a música “Maracatu Quilombo” interpretada pela cantora Matilde.
Em cinco edições do “Festival Recifrevo” conseguiu boas colocações: 1º lugar com “Bloco para Getúlio Cavalcanti” com o Coral Recifrevo e 4º lugar com o mesmo coral, desta vez com a música “Moysés, o menino da sombrinha” e ainda com o coral, “Tire a jangada da frente”.
Em parceria com Fátima de Castro, classificou no “Recifrevo” a compoisção de sua autoria “Descompassado” e, no mesmo festival, “Faísca” (c/ Dimas Sedícia), gravada por Nonô Germano.
Dentre suas mais de 230 composições gravadas, destacam-se “Desafio”, com gravações de Alcione e também de Luiz Américo; “Porta é pra bater”, com Jair Rodrigues; “Bendito seja”, interpretada por Benito de Paula, e quatro sucessos na voz de Genival Lacerda: “O rádio”, “O disco”, “Rock do jegue” e “O gravador”. Outros intérpretes também fizeram sucesso com suas composições, como Wilson Simonal “A vida é pra cantar”, Nerino Silva “Tá vendo”, o grupo Demônios da Garoa “Véio Mestre”, o cantor Noite Ilustrada “A profecia”, Fafá de Belém “Meu bombom”, Maria Alcina “O aperto”, Nando Cordel “Meu bom bom”, Alcymar Monteiro “Feitiço de mulher” e Cristina Amaral e Flávio José “Eu sou o forró”.
Seus sambas “Herói sou eu” e “A malandragem entrou em greve” também alcançaram sucesso na interpretação do conjunto Originais do Samba, e “A vida é pra cantar”, gravada por Wilson Simonal.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.