
Cantor. Compositor. Ator. Rapper.
Nasceu em São Gonçalo, município da cidade de Niterói.
Como ator fez participação no longa-metragem “Feliz Natal”, de Selton Mello.
Em 2007 atuou no “L.A.P.A.”, de Emílio Domingos e Cavi Borges. Em 75 minutos a fita documentou a atuação de rappers em um dos principais pontos da boemia carioca, o bairro da Lapa, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Dentre os artistas participantes estão B Negão, Marcelo D2, Aori, MC Marechal, MC Chapadão (de Irajá), MC Funkeiro (de São Gonçalo), Iky, Macarrão, Buiú da 12, Airão Crespo, Gil, Kelson e Sheep. Neste mesmo ano o filme recebeu “Menção Honrosa” na “Mostra Internacional do Filme Etnográfico”. No ano seguinte, em 2008, o filme ganhou o prêmio de “Melhor Longa” no “Cameramundo – Independent Film Festival” e foi tema de debate com as participações dos MCs Marechal, Fankeiro e Chapadão, após exibição, no Auditório Oi Futuro, no evento “Encontros O Globo”.
Em 2011 foi finalizado um documentário sobre sua vida e obra, intitulado “Mr. Niterói – A Lírica Bereta”, dirigido por Ton Gadioli.
No ano de 2012 internou-se em uma clínica de desintoxicação e reabilitação química, onde passou cinco meses.
Começou a compor em 1986 após ouvir disco de Afrika Bambaataa e Beastie Boys, entre outros, que seu pai trazia de Nova York.
Apareceu inicialmente como cantor e compositor do grupo Speedfreaks, a convite do rapper Speed (Cláudio Márcio de Souza Santos nascido em 1972 e assassinado em março de 2010), seu incentivador no início da carreira artística. Até então, queria se skatista de profissão e não artista. Com o falecimento do rapper Skunk, um dos criadores da banda carioca Planet Hemp, foi chamado para substituí-lo no grupo, passando a atuar ao lado de Marcelo D2 e B Negão no ano de 1995.
Pela banda também passaram outros integrantes, tais como Bacalhau, Zé Gonzáles, Jackson, Formigão, Rafael, Ganjaman, Pedrinho, Carlos Rasta, Seu Jorge e Apollo. Neste mesmo ano de 1995 participou do primeiro disco da banda “Usuário”.
No ano de 1997, integrando a banda Planet Hemp, lançou os discos “Os cães ladram mas a caravana não para” e “Queimando tudo/1997” e o CD “A invasão do sagaz homem fumaça”, no ano 2000.
No ano de 2001 Marcelo D2 e Bruno Levinson produziram o CD “Marcelo D2 apresenta Hip hop Rio”, do qual participou ao lado de B Negão, Mahal, 3Pretos, Inumanos, Speed, Negativa, Núcleo Sucata Sound, Artigo 331, Esquadrão Zona Norte e o próprio Marcelo D2 na faixa “A maldição do samba”. Neste mesmo ano passou a integrar a banda Reggae B, ao lado de Bi Ribeiro, Ronaldo Silva, Jean Pierre, João Fera, Cláudio Menezes, Marlon Sette, Bidu Cordeiro e Valnei Ainê. Com esse grupo apresentou-se na casa de show ATL Hall, no Rio de Janeiro, na abertura do show do grupo Wailers e no ano seguinte, em 2002, o grupo Reggae B montou a série de show “Reggae B e convidados”, na casa de show Ballroom, também no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano de 2002, ainda como integrante do Planet Hemp, lançou o CD “Planet Hemp – MTV ao vivo”
Com o encerramento das atividades do grupo, começou carreira solo no ano de 2004.
No ano de 2005 lançou o disco “Babylon by gus volume 1 – O ano do macaco”. Neste mesmo ano, ainda integrando a banda Reggae B, apresentou-se no Circo-Voador, no Rio de Janeiro.
No ano de 2012, fez show na casa de show Parada da Lapa. Neste mesmo ano postou na internet sua composição “Pra quem a carapuça servir”, alcançando quase 20 mil audições em poucos dias. Anda em 2012 recusou-se a participar do retorno da banda Planet Hemp em sua turnê nacional. No ano seguinte, em 2013, retornou as palcos em show solo no evento “Festa Luv 4 Anos”, na Gare Estação Leopoldina, no centro do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano foi uma das atrações especiais do projeto “Sonoridades – Oi Futuro Ipanema”, idealizado e desenvolvido pelo produtor Nélson Motta, no qual apresentou composições inéditas e de seu segundo disco solo, entre as quais “Pra quem a carapuça caiba”, “Jah na contenção”, “Rolo compressor” e um reggae em parceria com DJ Zegon, de seu novo CD “No princípio era o Verbo”, finalizado neste mesmo ano. No show o rapper recebeu como convidados especiais Flora Matos, André Ramiro, Edi Rock e Gabriel, O Pensador.
Em 2015 lançou o segundo disco solo “Babylon by Gus vol. II – No princípio era o verbo”.
No ano de 2019 lançou o terceiro CD da carreira solo intitulado “Abaixo de zero: Hello hell”, coproduzido com o beatmaker Papatinho, rapper carioca do grupo ConeCrewDiretoria. No disco interpretou as faixas autorais “Área 51”, “Carta pra Amy”, “Vai baby”, “Take tem”, “Au revoir” , “Aniversário de sobriedade”, “Jamais serão” e “Capítulo zero”, além de “Que nem o meu cachorro”, que foi lançada em single e como primeiro clipe do trabalho, com cenas fortes e alocadas em uma clínica de reabilitação.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
CHAVES, Xico e CYNTRÃO, Sylvia. Da pauliceia à centopeia desvairada – as vanguardas e a MPB. Rio de Janeiro: Elo Editora, 1999.
LEVINSON, Bruno. Vamos fazer barulho! Uma radiografia de Marcelo D2. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações S/A, 2007.