
Cantor.
Passou a infância em Petrópolis, RJ. Ainda estudante do Colégio Werneck, naquela cidade, organizou um grupo vocal. Depois que terminou seu curso científico, ingressou na carreira artística. Em fins da década de 1950, trocou a carreira de cantor pelo comércio exterior, indo para Madri, Espanha, trabalhar em um escritório brasileiro.
Começou como crooner no Hotel Quitandinha, em Petrópolis, RJ, interpretando músicas brasileiras e internacionais. Depois, por intermédio de César de Alencar, passou a atuar na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Participou dos programas “Gente Nova”, de Celso Guimarães, “Programa César de Alencar”, “Um milhão de melodias” e “Orquestra melódica”. Integrou a orquestra de Ferreira Filho como crooner. Gravou em 1952 o primeiro disco em 78 rpm pela Sinter com “Abraça-me”, um samba de Luís Bittencourt e “Depois do amor”, bolero de José Maria de Abreu e Osvaldo Santiago. Participou como ator, no mesmo ano, nos filmes “Barnabé, tu és meu” e “Carnaval Atlântida”, ambos do diretor José Carlos Burle que o lançou como galã do cinema nacional. Em 1953, gravou a marcha “Tomara que caia”, de Pedro Caetano e Carlos Barroso e o samba “Vai saudade”, de Humberto Teixeira e Felícia de Godoy. Transferiu-se para a gravadora Continental por intermédio de Bené Nunes, onde gravou com sucesso, no ano de 1954, o fox “Oh”, de Byron Gray e Arnold Johnson, com versão de Haroldo Barbosa que ficou meses a fio como um dos discos mais vendidos do ano.
No mesmo período, gravou o samba “Podem falar”, de Antônio Maria e Ismael Neto, a cançoneta “Coisas de Paris”, de Haroldo Barbosa e o fox-trot “Zum-zum-zum”, de Lúcio Alves. No ano seguinte, lançou a marcha “Tira a boca do caminho”, de Mário Lago e Chocolate. Gravou também o fox-polca “A casa do Nicola”, de João de Barro e o samba canção “O que é amar”, de Johnny Alf.
Em 1956 gravou com Emilinha Borba, com arranjos de João de Barro, o fox-marcha “Bate o bife”. No mesmo ano, gravou os sambas “Só errando o português”, de Lúcio Alves e “Sonho desfeito”, de Armando Cavalcânti, Antônio Carlos Jobim e Paulo Soledade. Em 1957 gravou os sambas “Vamos beber”, de Paquito, Nelson Boexi e Romeu Gentil e “Não me jogue fora”, de Aldacir Louro e Avaré, a “Toada do burrinho”, de Catulo de Paula e Hermenegildo Francisco e a valsa “Mulher ideal”, de Klécius Caldas e Armando Cavalcânti.
Em 1958 lançou o bolero “vencida”, do maestro Eduardo Patané e os sambas canção “Eu não existo sem você”, de Antônio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes e “Canção para ninar gente grande”, de Antônio Maria e Evado Gouveia. Em 1959 gravou “Mais um samba popular”, de Ataulfo Alves e “Manhã de carnaval”, de Luiz Bonfá e Antônio Maria. Em 1959, participou atuando e cantando do filme “Mulheres à vista”, com direção de J. B. Tanko. Em 1960 gravou o clássico samba “Mulher de 30”, de Luiz Antônio. Em 1961, lançou seu último disco, interpretando a marcha “Passarela”, de Jota Jr. E Castelo e o samba “Lá vem Mangueira”, de Paquito, Romeu Gentil e Paulo Gracindo. Pouco depois desse carnaval, abandonou a carreira artística e passou a residir na cidade de Madrid, onde passou a trabalhar em um escritório brasileiro de comércio exterior. Em 2005, participou dos festejos pelos 70 anos da Rádio Nacional, atuando ao lado de artistas como Marlene, Jorge Goulart, Ademilde Fonseca, e radialistas como Daisy Lúcidi e Gerdal dos Santos.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário biográfico da música popular. Rio de Janeiro: Editora: do autor, 1965.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.