
Cantora. Seus avós paternos eram italianos da região da Toscana e imigraram para o Brasil no começo do século XX indo alojar-se em Minas Gerais. Em 1938, mudou-se com a família para a cidade de Alfenas, MG. Começou a cantar ainda criança, na Rádio Cultura de Alfenas. Em 1949, mudou-se para São Paulo juntamente com a família. Aos 14 anos começou a estudar canto, no Conservatório Anchieta, com a professora Elvira Crimi, cantora lírica muito famosa na época.
Inicialmente, resolveu seguir a carreira de cantora lírica. Fez um teste para o Teatro Municipal de São Paulo e passou, indo cantar num coral de óperas, no qual ficou alguns meses, saindo em seguida. Em 1955, foi convidada por uma amiga para estudar música com o maestro Aldo Petriole. Pouco tempo depois, o maestro adoeceu e passou a dar as aulas na TV Tupi, onde trabalhava. Numa ocasião, estava cantando durante uma aula e foi ouvida pelo maestro George Henry que gostou muito de sua voz e a convidou para participar do Programa “Antártica no Mundo dos Sons”. Estreou profissionalmente cantando no programa Cardoso Silva, na Rádio 9 de Julho. Em seguida, participou de outros programas como os de Homero Silva, e dos Clube dos Artistas e Almoço com as Estrelas, de Airton e Lolita Rodrigues. Apresentou-se também no programa “Parada de vozes”, no qual, competindo com outros artistas, ganhou uma medalha de ouro. Trabalhou depois na Rádio Gazeta e, durante seis meses, na TV Paulista. Em seguida, por motivos pessoais, abandonou a carreira. Poucos meses depois, andando com a irmã pela Praça da Sé, em São Paulo, encontrou-se com o cantor e compositor Biá, da dupla Palmeira e Biá, a quem havia conhecido na TV Tupi. Ele as convidou a irem com ele à Rádio Record onde se dirigiram à sala dos maestros e as apresentou a Gabriel Migliori. Cantou para ele a música “Acareça-me” e ele chamou Blota Júnior, que também gostou muito de sua voz e a contratou para cantar no programa “Sucessos Arno”. Em 1958, participou, juntamente com as cantoras Elza Laranjeira, Neyde Fraga e Luely Figueiró, meses depois substituída por Dircinha Costa, do programa “Quando cantam as estrelas”, com regência do maestro Gabriel Migliori, na TV Record. Esse programa foi criado para substituir outro, intitulado “A Rainha canta”, apresentado por Angela Maria que teve de afastar-se por um tempo por motivo de uma operação. Mesmo com a volta de Angela Maria o programa permaneceu no ar por dois anos e meio. Ainda em 1958, foi eleita a “Princesa dos músicos de São Paulo”. Também em 1958, recebeu convite do selo Califórnia e gravou seu primeiro disco, interpretando, com acompanhamento de Alfredo Grossi e sua orquestra típica, o samba canção “Castigo”, de Dolores Duran, e o samba “Lamento”, de Djalma Ferreira e Luiz Antônio, que recebeu arranjos em ritmo de tango. Em seguida, viajou em excursão pelo interior do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais com a caravana Vigorelli e Probel, cujas apresentações eram feitas por Salomão Ésper ou César de Alencar. Nessa época apresentou-se no programa César de Alencar, na Rádio Nacional. Em 1959, gravou o slow fox “Tua”, de Malgoni e Paresi, em versão de Lourival Faissal, e o fox slow “O amor é como o vinho”, de N. Glanzberg e Constantin, em versão Ghiaroni. Em 1961, pela Continental, gravou o fox “A doce vida”, de Nino Tota e D. Verde, em versão de Juvenal Fernandes, e o rock balada “Fala-me de mim”, de Nino Rota e A. Amurri, e versão de Fred Jorge. Nesse ano, deixou o cast da TV Record. Em 1962, gravou o fox balada “Crepúsculo”, de Luester Martins e Valdir Santso, seu maior sucesso, e a tarantela “O badalar do relógio”, de José Martins. Nesse ano, foi convidada por Ribeiro Filho para atuar no programa “Canção em tom de saudade” apresentado por ele na TV Cultura. Ficou um ano nesse programa e, em seguida, ganhou um programa exclusivo, “Audições Nadir”, patrocinada por Nadir Figueiredo e dirigido por Ribeiro Filho. Em 1963, decidiu casar-se e abandonou a carreira artística.