4.002
Nome Artístico
Beth Ernest Dias
Nome verdadeiro
Beth Ernest Dias
Data de nascimento
Circa 1950
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Instrumentista. Flautista. Pesquisadora. Filha da pianista Odette Ernest Dias. Em 1979, passou a residir na cidade de Brasília, Graduou-se em flauta na Universidade de Brasília, Fez pós-graduação na Faculdade Carlos Gomes, em São Paulo. Estudou música com a mãe. Influenciada pelo choro, inspirou-se nas composições de Pixinguinha e Benedito Lacerda para estudar flauta. Teve aulas de flauta com o flautista Ary Ferreira, da Orquestra do Teatro Municipal. Foi professora da Escola de Música de Brasília.

Dados artísticos

Iniciou a carreira artística na década de 1970, e sempre esteve ligada ao choro. Integrou o regional A Fina Flor do Samba, criado para acompanhar a cantora Beth Carvalho. Em 1975, participou dedos eventos mais significativos do renascimento do choro no começo daquela década e que foram: o espetáculo de criação da SOMBRAS, o concerto de inauguração do Clube do Choro do Rio de Janeiro, no teatro Casa Grande, atuando ao lado do pianista Arthur Moreira Lima e do Conjunto Época de Ouro, e a semana Jacob do Bandolim, no Museu da Imagem e do Som. Na década de 1970, acompanhou a cantora Beth Carvalho em shows por todo o Brasil. Acompanhou também o saxofonista Paulo Moura. Em 1977, ainda como integrante do regional A Fina Flor do Samba, participou, ao lado de Macalé e Moreira da Silva, do primeiro elenco do Projeto Pixinguinha. No mesmo ano, ao lado de grandes nomes do choro, como Waldir Azevedo, Abel Ferreira, Copinha e Zé da Velha, participou do Choro na Praça, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, e, com o mesmo grupo de músicos, do concerto O Fino da Música, realizado no Anhembi, em São Paulo, contando ainda com as presenças do conjunto Atlântico e do Regional do Canhoto. Em 1978, com o patrocínio da Funarte, realizou com o Trio de Flautas uma turnê passando por dez capitais brasileiras. A partir de 1979, radicou-se em Brasília e passou a integrar a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro desde que a mesma foi fundada. Em 1994, comoFulbright Scholar, apresentou recitais  e ministrou masterclasses de música brasileira na BerkleeSchoolof Music, em Boston, E.U.A. Entre 1998 e 2000, foi consultora do Programa Apartes, da Capes. Em 1999, gravou com a pianista Francisca Aquino o CD “A Inúbia do Cabocolinho”, com obras de compositores brasileiros e portugueses do século XX, que foi selecionado para integrar o projeto Rumos Musicais – Tendências e Vertentes do Instituto Cultural Itaú. Em 2000, apresentou-se com a pianista Francisca Aquino em diversas cidades brasileiras e uma turnê nos Estados Unidos com o patrocínio da ComissãoFulbright. Em 2004, participou com Francisca Aquino do Festival Internacional de Flautistas realizado pela Associação Brasileira de Flautistas, em Salvador, Bahia. Em 2010, foi coordenadora de música erudita do projeto “A Música na linha do tempo”, que foi vencedor do Prêmio de Ocupação da Sala Funarte Cássia Eller em Brasília, pelo Edital Funarte. Em 2011, gravou com Francisca de Aquino um DVD para a série Sesc Instrumental, no Teatro Sesc Consolação, em São Paulo. Também com Francisca de Aquino participou do projeto Trilogia de Gênios com a realização de diversos recitais nas principais salas de concerto de Brasília. Em 2016, com o apoio do FAC – Fundo de Apoio à Cultura, dirigiu e coordenou o projeto “Sábado à tarde – Avena de Castro e a vida musical em Brasília nos anos 60” o que resultou em dois livros e dois CDs. O primeiro livro foi “Sábado à tarde – Avena de Castro, a cítara e o choro em Brasília”, que contou com o jornalista Severino Francisco escrevendo o primeiro capítulo , que apresentava fotos da época, uma lista de composições de Avena de Castro e uma discografia completa do citarista, além de contar histórias dos músicos que se reuniam no apartamento do jornalista Raimundo de Brito, para tocar choro, na SQS 105, em Brasília. O segundo livro chamou-se “Sábado à tarde – choros de Avena de Castro”, um álbum de partituras com 22 choros de autoria de Avena de Castro com melodias e cifras. Já os CDs levaram o título de “Sábado à tarde –  a cítara e os choros de Avena de Castro”. No primeiro CD, foram escolhidas 15 composições do citarista, sendo 8 regravações e 7 composições inéditas, Este CD contou com a participação especial do instrumentista Hamilton de Holanda, que em solo de dez cordas interpretou o choro “Evocação a Jacob”, composição mais famosa de Avena de Castro, e da flautista Dolores Tomé, filha do músico João Tomé, pioneiro da cidade e grande amigo de Avena de Castro. Já o CD dois apresentou restaurações de gravações inéditas de Avena de Castro em registros feitos por Jacob do Bandolim, em cópias originais cedidas pelo Instituto Jacob do Bandolim, e restaurações de gravações também inéditas feitas em Brasília por Paulo Roberto Yog Uchoa, em 1969 e que são os únicos registros do Regional Sinfônico de Brasília, RESINBRA.