
Cantor.
Iniciou a carreira artística em meados dos anos 1920. Atuou como crooner da Orquestra Típica Pixinguinha-Donga. Gravou seu primeiro disco pela Odeon em 1928, cantando o samba “Vem meu bem”, de Lauro dos Santos e, em dueto com H. Chaves, os sambas “Teus ciúmes”, de Pixinguinha e “Seu Mané Luiz”, de Donga, e a canção “Bem-te-vi”, de Casemiro Rocha. No mesmo ano, lançou os sambas “Corrente no pé”, de Donga; “Tu queres nota”, de Francisco Rocha e “Quem foi que disse”, de Pixinguinha e, com H. Chaves, o jongo “Sai Exu”, de Donga. Ainda em 1928, gravou uma série de discos na Parlophon com a Orquestra Típica Pixinguinha-Donga interpretando os sambas “Mulher boêmia”, de Pixinguinha e Lamartine Babo; “Não te quero mal”; “Não te quero mais” e “Candomblé”, de Dario Ferreira; “Promessa”, de Pixinguinha e “Ranchinho desfeito”, de Donga; a toada “O boiadeiro” e o samba “Vem meu bem”, de Paulo F. dos Santos e o cateretê “O ema…o ema”, de Dario Ferreira.
Em 1929, gravou na Odeon os sambas “Não sou mais trouxa”, de Pedro Cabral, e “Esta nega qué casá”, de José Napolitano Moringa. Nesse ano, gravou na Parlophon com a Simão Nacional Orquestra a marcha “Sou da fuzarca”, de Vantuil de Carvalho, e com a Orquestra Típica Pixinguinha-Donga a marcha “Onde está o meu benzinho”, de Ari Kerner e “Jurema”, de Donga e os sambas “Por causa dela”, de Carlos de Medeiros; “Teus olhos”, de Francisco da Rocha; “Mulher interesseira”, de Raul Silva e “Abandono”, de Heitor dos Prazeres”. Gravou ainda a toada “Zeca Ivo”, homenagem de Lamartine Babo ao compositor gaúcho Zeca Ivo e o samba “Por teus carinhos”, de Paulo F. dos Santos, sendo acompanhando pela Hotel Itajubá Orquestra.
Gravou com aconpanhamento da Simão Nacional Orquestra em 1930, na Parlophon, os sambas “Eu quero uma coisa de você”, de Américo de Carvalho; “Fui culpado”, de Alcebíades Barcelos, e “Foi na Penha”, de Edgard Wanderley e as marchas “Zé Bocó”, de J. Fonseca Costa; “Corina”, de Marques da Gama e “Serei feliz”, de Lolô Uerba. No ano seguinte, gravou com o violonista A . F. Conceição o fado “Canção transmontana”, de A . F. Conceição.
Em 1932, gravou na Columbia com acompanhamento de Conjunto Típico a rancheira “Nhá Ritinha”, de Henrique Vogeler, e a canção “Jura de cabocla”, de Cândido das Neves. Gravou vinte discos pelas gravadoras Odeon e Parlophon. Teve em 2000 sua interpretação do samba “Teus olhos”, de Francisco Antônio da Rocha relançado pelo selo Revivendo no CD “Músicas brasileiras – volume 6”. Em 2012, sua gravação para a canção “Jura de cabocla”, de Cândido das Neves, originalmente lançada em 1932, foi relançada pelo selo Revivendo, no CD “Cândido das Neves – Índio”.
(Com H. Chaves)
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.