
Compositor.
Nasceu em Trabiju (SP) quando o município ainda era distrito e por esse motivo foi registrado em Boa Esperança do Sul.
Em 1951 mudou-se para Araraquara, indo definitivamente para São Paulo em 1956.
Em 20/01/2016, faleceu de infarto, em Santo André (SP).
Em seu repertório predominam ritmos como canções rancheiras, tangos, rasqueados e guarânias.
Suas composições foram gravadas por diversos intérpretes, entre os quais Tião Carreiro e Pardinho, Zilo e Zalo, Zico e Zeca, Campanha e Cuiabano, Tibagi e Miltinho, Sulino e Marroeiro, Chitãozinho e Xororó, Chico Rey e Paraná e Sérgio Reis, entre outros.
Teve sua primeira composição gravada em 1953, “Pião vira-mundo”, moda campeira composta com Campanha e gravada pela dupla Campanha e Cuiabano.
Em 1957, teve sua música “Alma Inocente” gravada por Zilo e Zalo, “Mulher de Ninguém” e “Flor da Lama” gravadas por Paiozinho e Zé Tapera, e “Taça da Dor” gravada por Pedro Bento e Zé da Estrada. Essas foram as primeiras de suas composições que se tornariam clássicos do cancioneiro sertanejo.
Em 1958 compôs com Zalo o cateretê “A volta do seresteiro”, gravado pela dupla Zilo e Zalo no primeiro disco gravado por essa dupla.
No mesmo ano, o trio Nenete, Dorinho e Nardeli lançou sua música “Dia de Finados”. Em 1959, compôs com Paiolzinho a guarânia “Flor da lama”, gravada por Zé Tapera e Paiolzinho, e com Nízio compôs a rancheira “Abismo da dor”, gravada por Pedro Bento e Zé da Estrada.
Em 1960, compôs, com Zalo, o tango “Alma inocente” e a canção rancheira “Última noite”, gravadas por Zilo e Zalo.
No mesmo ano, compôs, com Tião Carreiro, o tango “Alma de boêmio”, gravado por Tião Carreiro e Pardinho, e com Teddy Vieira a guarânia “Sonhos de amor”, gravada por Tibagi e Miltinho.
Em 1961, teve gravadas, entre outras, as composições “Amargura”, canção rancheira, em parceria com Miltinho e Zeza Dias e gravada por Tibagi e Miltinho, “Sentenciado”, corrido em parceria com Nízio e gravado por Leôncio e Leonel e “Confissão de boêmio”, corrido feito em parceria com Sereno e gravado pelo Trio Aliança. Ainda nesse ano, fez sucesso com o tango “Taça da saudade”, com Miltinho gravado pela dupla Tibagi e Miltinho.
Em 1962, teve diversas composições gravadas pela dupla Zilo e Zalo, entre as quais “Remorso”, canção rancheira feita com Jeca Mineiro, “Meu regresso”, tango com Antônio Mariani e “Serenata do adeus”, toada com Nascim Filho.
Em 1963, Caçula e Marinheiro gravaram a canção rancheira “Meu crescimento”, de parceria com Sebastião Aurélio, e Zilo e Zalo gravaram o “Tango da traição”, de parceria com Zalo.
Em 1964, Silveira e Barrinha lançaram a valsa “Rainha do meu coração”, de parceria com Barrinha, e Zilo e Zalo gravaram de sua parceria com Zalo o carrilhão “Aliança abençoada”.
Em 1981, a dupla Joquim & Manuel lançou sua composição “Boate azul” (c/ Tomás). A música fora composta em 1963, para a dupla Zilo & Zalo, mas foi censurada e pela ditaduta militar em seguida, ficando guardada durante anos.
A canção tornou-se um dos maiores clássicos da música sertaneja, regravada mais de mil vezes em cerca de oitenta idiomas diferentes, em países, além do Brasil, da América Latina, América do Norte e Europa. No país, foi gravada por nomes como Bruno e Marrone, Matogrosso e Mathias, César Menotti e Fabiano, Galvão e Gallati, Marcelo Costa, Manoelito Nunes e Nazaré, Almir Rogério, Paulo Morais, Marcelo Costa, Ricardo Braga e Reginaldo Rossi.
Em 1986, Chitãozinho e Xororó gravaram dele e Luiz de Castro, “O dinheiro compra tudo”. Em 1988, Lourenço e Lourival “Cachorro amigo”, gravaram dele e Luiz de Castro, e “Toalha de mesa”.
No mesmo ano, Gian e Giovani gravaram “Espuma de cerveja”, dele e Toni Gomide.
Em 1991, o Trio Parada Dura lançou “Palavra de honra”, dele, Ronaldo Adriano e Rosa Quadros, e “Vestido branco”, dele, Ronaldo Adriano e Mangabinha.
Em 1993, teve a música “Negócio de sócio”, com José Felipe, gravada por Sérgio Reis na BMG.
Em 1999, teve as músicas “A marca da traição”, com Zalo; “Violão amigo”, “O silêncio do seresteiro” e “Mulher inocente”, com Zilo; “O mesmo amigo”, com Rocha Menezes; “Meu regresso”, com Antonio Marani, e “Sombra do passado”, relançadas no CD “Raízes sertanejas” com os sucesso da dupla Zilo e Zalo, da gravadora EMI.
Em 2001, sua composição “Aproveita Minha Gente”, com Ronaldo Adriano, foi destaque na voz da dupla Chico Rey e Paraná.
Em 2007, teve sua música “Chora coração”, parceria com Ronaldo Adriano, gravada pela dupla Muniz Teixeira e Joãozinho no CD “Homenagem a Ronaldo Adriano”, lançado pelo selo Arte Brasil.
Em 2009, teve sua música “Rival” (c/ Muniz Teixeira e Ronaldo Adriano) gravada por Ronaldo Adriano no CD “O porta-voz do romantismo”, lançado pelo selo Arte Brasil.
Em 2013, quando sua música “Boate azul” (c/ Thomaz), uma das mais executadas do mundo sertanejo na contemporaneidade, completou 50 anos, recebeu diversas homenagens, entre elas a condecoração como Cidadão Benemérito Trabijuense, pela câmara municipal da cidade de Trabiju (SP).
Durante a carreira, teve mais de mil músicas gravadas, sendo cerca de 80 delas só pela dupla Zilo & Zalo.
Suas composições foram gravadas por diversos intérpretes, entre os quais Zilo e Zalo, Zico e Zeca, Campanha e Cuiabano, Tibagi e Miltinho, Sulino e Marrueiro, Chitãozinho e Xororó, Chico Rey e Paraná, Sérgio Reis, Gian e Giovani, Teodoro e Sampaio, Grupo Tradição, Grupo Dois a Um, Juliano Cézar, Joaquim e Manoel, Bruno e Marrone, Matogrosso e Mathias, César Menotti e Fabiano, Galvão e Gallati, Marcelo Costa, Manoelito Nunes e Nazaré, Almir Rogério, Paulo Morais, Marcelo Costa, Ricardo Braga, Reginaldo Rossi, Pedro Bento e Zé da Estrada, Sulino e Marrueiro, Paiozinho e Zé Tapera, Duo Airam, Cauby Peixoto, Tião Carreiro e Pardinho, Tibagi e Miltinho, Roberto e Meirinho, Trio Parada Dura, Duo Ciriema, Cezar e Paulinho, Ronaldo Adriano, Beth Guzzo, Lourenço e Lourival, Irmãs Barbosa e Michel Teló.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.