1.001
Nome Artístico
Barrozo Neto
Nome verdadeiro
Joaquim Antonio Barrozo Netto
Data de nascimento
1881
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
1941
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Compositor. Instrumentista (Pianista). Usou o pseudônimo de William Gordon. De formação erudita, teve meteórica carreira como concertista de piano. Em 1906, ingressou por concurso no Instituto Nacional de Música como professor de piano destacando-se por sua didática pianística. Nas primeiras décadas do século XX formou com Humberto Milano (violino) e Alfredo Gomes (violoncelo), um trio que realizou concertos divulgando o repertório de música de câmara de compositores brasileiros. Foi escolhido como patrono da cadeira número 36 da Academia Brasileira de Música.

Dados artísticos

Em 1927, teve a canção “Cantiga”, com Luiz Guimarães, gravada na Odeon pela cantora Lulieta Teles de Menezes. No ano seguinte, duas modinhas foram registradas por Maria Emma na Odeon: “A canção da felicidade”, com Nosor Sanches, e “Canção da saudade”, em disco que teve seu acompanhamento ao piano. No mesmo ano, gravou na Odeon em interpretação ao piano duas obras de sua autoria, a “Berceuse”, em mi menor, e a peça característica “No ferreiro – sinos de aldeia”. Teve ainda em 1928, a modinha “Canção da felicidade” regravada na Odeon pelo cantor Gastão Formenti. Em 1929, a valsa lenta “Canção do amor” foi gravada por Gastão Formenti na Odeon, e a modinha “Canção da felicidade” foi registrada na Victor por Cândido Botelho. Também pela Victor o cantor Eurístenes Pinto gravou a “Canção de amor”. Em 1930, o maxixe “Candango”, parceria com Marcelo Tupinambá, foi gravado na Brunswick pela cantora Ana de Albuquerque Melo. Em 1932, motivado pelo trabalho desenvolvido por Heitor Villa-Lobos com o canto orfeônico nas escolas municipais do Rio de Janeiro, passou a desenvolver trabalho nesse sentido. Ficaram marcados os concertos realizados pelo “Coral Barrozo Netto” no Salão Leopoldo Miguez da Universidade do Brasil. Num desses concertos foi apresentada a “Suite Vozes da Floresta para côro, solistas e orquestra”. Em 1933, sua modinha “Canção da felicidade”, e a canção “Cantiga”, ambas com Nósor Sanches, foram gravadas por Bidu Saião na Victor. Em 1958, a “Canção da felicidade” e “Cantiga”, com Luis Guimarães, foram regravadas por Lenita Bruno no LP “Modinhas fora de moda”, lançado por ela no selo Festa. Em 1961, a “Canção da felicidade” deu título ao LP gravado por Vicente Celestino na RCA Victor no qual ele interpretou diversas modinhas entre as quais a “Canção da felicidade”. Em 1970, “Canção da Felicidade” ganhou nova gravação, dessa vez na voz de Inezita Barroso no LP “Modinhas” da gravadora Copacabana, sendo também incluída no LP “Uma voz e um violão em serenata – VOL. 4” lançado por Francisco Petrônio e Dilermando Reis pela Grand Prix/Continental. Em 1980, a canção “Tempos Idos” foi gravada pelo pianista Roberto Szidon no LP “Piano brasileiro 100 anos de sucesso” lançado pela Kuarup. No ano seguinte, a “Tarantella (Para canto e piano ou violino e piano)” foi gravada no disco “Brasil, piano e cordas – Roberto Szidon (Piano), Michel Bessler (Violino) e Márcio Mallard (Violoncelo) lançado pela Kuarup. Entre suas obras para piano destacam-se “Minha Terra”, “Cachimbando”, e “Choro e Galhofeira”.

Discografias
1928 Odeon 78 Berceuse/No ferreiro - sinos de aldeia
Obras
A canção da felicidade (c/ Nosor Sanches)
A um coração
Cachimbando
Cantiga (c/ Luiz Guimarães)
Canção da saudade
Canção do amor
Choro e Galhofeira
Coriscos
Danse des fantoches
Feux Follets
Minha terra
Movimento perpétuo
Olhos tristes
Rapsódia guerreira
Si eu morresse amanhã
Variações sobre um tema original