
Compositor. Instrumentista.
Aos 10 anos foi morar no Rio de Janeiro, no bairro de Cavalcanti.
Aos 16, tocava clarineta na escola onde estudava.
Em 1959, participou da fundação do Grêmio Recreativo e Escola de Samba Em Cima da Hora, integrando-se à Ala dos Compositores.
Na década de 1970 foi o primeiro ganhador do “Estandarte de Ouro” com o samba-enredo “Boi mandingueiro”, pela Escola de Samba Em cima da Hora.
Pertenceu também à Ala de Compositores da Escola de Samba Rosa de Ouro, de São Paulo, a qual desfilou com um samba-enredo de sua autoria, também gravado por Royce do Cavaco.
Foi sete vezes vencedor de sambas-enredos na Escola Em cima da Hora.
Em 1963 a Escola de Samba Em Cima da Hora desfilou com um samba-enredo de sua autoria, “Insurreição pernambucana”, em parceria com Zeca do Varejo, conseguindo o 24º lugar no Grupo 3. No ano seguinte, em 1964, a mesma escola alcançou o 11º lugar no mesmo grupo com outra composição de sua autoria, “Apoteose econômica e financeira do império”, também em parceria com Zeca do Varejo.
No ano de 1971 Clara Nunes gravou pela Odeon o seu maior sucesso “É baiana”, em parceria com Fabrício da Silva, Ênio Santos Ribeiro e Miguel Pancrâncio. No ano seguinte, a Escola de Samba Em Cima da Hora desfilou com um samba-enredo de sua autoria “Bahia, berço do Brasil” classificando-se em oitavo lugar do Grupo 1. Neste mesmo ano, lançou um compacto simples com dois sambas de sua autoria, “Cuidado Zé” e “Bahia, berço do Brasil”. O disco foi editado pelo Selo AESEG (Associação das Escolas de Samba do Estado da Guanabara) em conjunto com a gravadora Top Tap. Ainda neste ano de 1971 passou a fazer parte do grupo Os Cinco Só, ao lado de Wilson Moreira, Jair do Cavaquinho, Velha, Zito e Zuzuca do Salgueiro.
No ano de 1973 apresentou-se como cantor em shows no Teatro Opinião do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, seu samba-enredo “O saber poético da literatura de cordel” classificou em 6º lugar do Grupo I a escola do subúrbio carioca de Cavalcânti. No ano seguinte, em 1974, Zuzuca gravou de sua autoria “Decadência”, em parceria com Bezerra da Silva.
No ano 2000 participou de vários shows, os quais se destacam: “Encontro do samba”, na casa Rio Sampa, no Rio de Janeiro, ao lado de Zédi, Jorginho do Império, Comprido, entre outros; e Show de Réveillon, na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, juntamente com Zédi, Jorge Aragão, Noca da Portela e David Corrêa. Neste mesmo ano, Alcione interpretou sua composição “Ê, baiana” (c/ Miguel Pancrácio, Fabrício da Silva e Ênio Santos), no disco “Claridade”, feito em homenagem à Clara Nunes.
Em 2001 ao lado de Nei Lopes, Nelson Sargento, Dona Ivone Lara, Dauro do Salgueiro, Niltinho Tristeza, Casquinha, Zé Luiz, Nilton Campolino, Jair do Cavaquinho, Monarco, Elton Medeiros, Luiz Grande, Jurandir da Mangueira e Aluízio Machado, participou do show “Meninos do Rio”, apresentado no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, foi lançado o CD homônimo pelo selo Carioca Discos. Noano posterior, em 2002, organizou os encontros “Velha Guarda Samba Show” no velho sobrado Casa da Tia Eulália, no bairro de São Cristóvão, subúrbio do Rio de Janeiro, nos quais recebia vários convidados do samba, entre eles João da Valsa e Guaraci 7 Cordas.
No ano de 2006 completou 50 anos de samba e 70 ano s de idade. Na festa-show “Jubileu de Ouro – 50 anos de samba e 70 de idade – Baianinho e convidados”, na Quadra da Escola de Samba Em Cima da Hora, recebeu Trio Calafrio, Beth Carvalho, Jorginho do Império, Rubem Confete, Gabrielzinho de Irajá, Tia Surica e Dorina, entre outros amigos e artistas.
Lançado no ano de 2011 pelo Selo Discobertas, do pesquisador Marcelo Fróes em convênio com o Selo ICCA (Instituto Cultural Cravo Albin), o box “100 Anos de Música popular Brasileira” é integrado por quatro CDs duplos, contendo oito LPs remasterizados. Inicialmente os discos foram lançados no ano de 1975, em coleção produzida pelo crítico musical e radialista Ricardo Cravo Albin a partir de seus programas radiofônicos “MPB 100 AO VIVO”, com gravações ao vivo realizadas no auditório da Rádio MEC entre os anos de 1974 e 1975. Elza Soares participou do CD volume 8, no qual regravou “Ê baiana” (c/ Fabrício Silva, Santos Ribeiro e M. Pancrácio).
(vários)
Cuidado Zé
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
ARAÚJO, Hiram. Carnaval – Seis milênios de história. Rio de Janeiro: Editora Gryphus, 2000.
MARCONDES, Marcos Antônio. Enciclopédia da Música Brasileira – Erudita, Folclórica e Popular. São Paulo: Arte Editora/Itaú Cultural, 1977.
MARCONDES, Marcos Antônio. Enciclopédia da Música Brasileira – Erudita, folclórica e popular. São Paulo: Arte Editora/Itaú Cultural/Publifolha – 2ª edição, 1998.
SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo vol. 2. São Paulo: Editora 34, 1998.