
Compositor. Cantor. Clarinetista.
Transferiu-se, ainda menino, com sua família para o Rio de Janeiro. Foi morar em Madureira, bairro carioca, reduto de sambistas com quem o jovem aprendeu a compor. Chegou a estudar clarineta em Viçosa, MG, para onde transferiu-se no início dos anos 1930.
Na pequena cidade mineira de Viçosa, integrou a banda local até voltar para o Rio de Janeiro, onde começou a participar de serestas tocando clarinete. Em 1934, alistou-se na Marinha e serviu no Estado do Rio Grande do Norte, onde organizou, no carnaval, uma bateria com os marinheiros, fazendo grande sucesso. Quando voltou ao Rio de Janeiro, participou de vários blocos carnavalescos em Madureira. Na mesma época, passou a freqüentar a Escola de Samba Prazer da Serrinha. Em 1947, com um grupo de sambistas daquela agremiação, fundou o G.R.E.S. Império Serrano, integrando mais tarde a sua Ala de Compositores. No início dos anos 1950, recebeu o apelido de Avarese do produtor e locutor Paulo Roberto, da Rádio Nacional. Passou a fazer shows e ter seus sambas gravados. Em 1957, Dilza Vieira gravou pela RCA Victor seu samba “Para matar saudade”. Em 1960 teve gravado por Alventino Chapéu de Couro na Discobras, o coco “300 mulé”, pela Lira do Zizico, a valsa “Vai da valsa”, parceria com Haroldo Barbosa e pelo Coro de Joab Teixeira, o samba “Vem devagarzinho”, parceria com Luiz Soto. Compôs para o carnaval de 1975, o samba-enredo do Império Serrano: “Záquia Jorge, vedete do subúrbio, estrela de Madureira”.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.