
Compositor. Violeiro. Radialista.
Apesar de autor da toada que deu nome a duas duplas sertanejas, uma nos anos 1950 e outra, mais famosa, a partir dos anos 1970, Chitãozinho e Xororó, morreu esquecido em um hospital.
Em 1939, fez sua primeira composição aos 16 anos, em parceira com Serrinha. A composição chamou-se “Chitãozinho e Xororó”, que se imortalizaria na música popular, sendo regravada mais de 40 vezes e tendo dado nome a uma das mais famosas duplas sertanejas do país. Dentre suas composições destacaram-se os sucessos “Sinhazinha”, feita em parceria com Índio Vago, “Bate na viola”, “Samba de roda” e “Onde canta o chororó”. Foi radialista em São Paulo. Produziu por 17 anos o programa “Viola, minha viola”, na TV Cultura em São Paulo.
Em fins de 1960, participou do Festival da Viola, promovido pela TV Tupi, com a toada “A saudade continua”, parceria com Índio Vago e gravada na Copababana por Maracá, Dorinho e Nardelli. Participou do primeiro disco de Chitãozinho e Xororó fazendo imitação de animais. Morreu pobre e em precárias condições financeiras, razão pela qual não pôde tratar com eficácia de duas pneumonias e de dois derrames.
Em 2002, teve as composições “Não sei o que é que eu tenho”, parceria com Aleixinho, e “Viola sem defeito” gravadas pelas Irmãs Galvão pelo selo Chantecler.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
LUNA, Paulo. “Dos braços dessa viola à dissonância de uma guitarra: A tensão entre tradição e modernidade na música caipira e sertaneja”. Dissertação de Mestrado, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2005.
MUGNAINI JR, Ayrton. Enciclopédia das músicas sertanejas. São paulo: Letras e Letras, 2001.