
Compositor. Teatrólogo. Pianista. Regente. Crítico.
Cursou composição com Amintore Galli (1845-1919) na Itália. Bacharelou-se em Direito e publicou o livro de poesias, “Vespertinas”.Colaborou e foi co-fundador de jornais.
Compôs as óperas “Moema”, “Jaci”, “Dor”, “Cleópatra”e a cantata “Brasil” (com versos de Olavo Bilac) , que ganhou o primeiro prêmio no Teatro Lírico por ocasião do IV Centenário da Descoberta do Brasil. Após mudança para o Rio de Janeiro, entusiasmou-se pelo teatro musicado e fundou em Niterói (RJ), o Clube de Amadores Teatrais.Em 1892, musicou “O tribofe”, de Artur Azevedo e dois anos depois, estreou sua revista “Itararé”. Em 1894, iniciou carreira de regente. Um ano depois, estreou, com êxito, outra revista sua, “Aquidabã”. Ainda musicou, de Artur Azevedo, “Fantasia”e com Nicolino Milano e Luís Moreira “A Capital Federal”. Em 1903, sua revista “Ti-tim-mirim”, estreou no Teatro Lucinda.Em 1908, regeu concertos sinfônicos durante a Exposição Nacional e foi regente em Portugal e quando retornou ao Brasil, continuou compondo. Fez sucesso com as composições “Mimosa” e “Carnaval do Amor” (ambas com texto de Leopoldo Fróes). Em 1931, compôs suas últimas obras” Montmartre” e o episódio “Jesus”. No final de sua vida trabalhou com Villa-Lobos no projeto de instituição do canto orfeônico nas escolas públicas do Rio de Janeiro. Dentre suas obras estão incluídas músicas dramáticas, orquestrais e de câmara.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.