
Compositor. Instrumentista.
Nasceu cego. Aos oito anos de idade mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ingressou no Instituto Benjamim Constant, para cegos. Educou-se através do Sistema Braille, através do qual também estudou música. Ingressou na banda do instituto.
Em 1913, voltou a Porto Alegre capacitado a executar acordeon, piano e bateria. Pouco depois, passou a dirigir a Banda Municipal de Porto Alegre. Entre suas composições, estão a “Rapsódia 1835” e a canção “Minuano”. Em 1933, fez parte da orquestra que tocava no Café Central em Porto Alegre, tocando piano e acordeom. Por volta de 1935, participou da Orquestra do pianista gaúcho Paulo Coelho, que atuava no Café Florida. Na época, era conhecido como “Pau-pra-toda-Obra”, devido à sua versatilidade musical uma vez que além de tocar piano e acordeom também tocava diferentes instrumentos de percussão. Sua obra sofreu um duro revés, que impede uma maior apreciação de seu trabalho, uma vez que quase toda ela foi destruída por dois graves incidentes: a enchente que quase fez submergir a cidade de Porto Alegre, em 1941, e o incêndio da Rádio Farroupilha, provocado por populares revoltados com a morte do então presidente Getúlio Vargas.